28 de dezembro de 2008

Eisenbahn Lust

Não haveria data mais apropriada para degustar esta cerveja que lembra os bons espumantes mas, que garanto, é cerveja (com malte, lúpulo e fermento), e excelente por sinal!! Realmente perfeita para grandes comemorações e festas de final de ano!!
A Lust é a primeira cerveja brasileira a ser produzida pelo método champenoise, processo utilizado na fabricação dos famosos champagnes franceses. Lust (desejo em alemão) é uma cerveja de alta fermentação, com alto teor alcoólico e bastante elegante.
A Eisenbahn inovou novamente por ser a terceira cervejaria no mundo a produzir esse tipo de cerveja. Seu processo de fabricação é bastante complexo. Inicialmente a Lust é produzida na cervejaria Eisenbahn com leveduras belgas utilizando o processo normal de fabricação de cervejas, resultando em uma “cerveja base” com 8,5% de teor alcoólico. Em seguida a cerveja é transportada para uma vinícola onde é envasada em garrafas de espumantes adicionando-se açúcar e novas leveduras, de vinho, passando por uma nova fermentação dentro da garrafa. A cerveja então, permanece por um mês nas caves da vinícola para que complete a segunda fermentação. Após a segunda fermentação a cerveja fica descansando por mais um mês para aprimoramento de seu sabor e aroma. Depois entra no processo de remuage (processo em que cada garrafa é colocada nos pupitres e girada 45 graus duas vezes ao dia com suaves inclinações, sendo que no final as garrafas ficam quase na vertical). Com o remuage a levedura se deposita no gargalo da garrafa que é congelado separando a levedura do líquido. A garrafa é, então, aberta e, com a alta pressão interna decorrente da fermentação a levedura é expulsa da garrafa, deixando o líquido límpido (processo denominado de Dégorgement). No final desse processo a Lust encontra-se com 11,5% de álcool. Por fim a rolha é colocada na garrafa ficando pronta para comercialização. Seguem impressões:

Eisenbahn Lust
deg. em 24/12/2008
Família – Ale
Estilo – Biere de Champagne (Biere Brut)
Teor de álcool – 11,5%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada
Espuma – Excelente formação e duração, firme e amarga
Aroma – Frutas cítricas/laranja, abacaxi, (pêssego?), doce, malte, leve lúpulo, especiarias. Lembra a Strong Golden Ale.
Sabor – Carbonatação “nervosa”, perlage fino e constante, corpo leve, álcool, malte, doce, cítrico de laranja, abacaxi, final seco e amargo. Também lembra a Strong Ale da Eisenbahn.
Veredicto – O que dizer desta cerveja ??!! Diferente de qualquer outra. É o tipo de cerveja que realmente se deve experimentar. Somente degustando para entender... Muito gostosa com nozes, amêndoas e avelãs. Ganhou medalha de prata no Australian International Beer Awards em março 2008.

23 de dezembro de 2008

Feliz Natal 2008 !!!

Antes de mais nada gostaria de externar meu agradecimento a minha mãe, Dona Regina, uma grande mulher que me deu condições pra hoje, poder estudar também as cervejas que tanto me realiza. Sem esquecer da minha esposa, Vivi, uma grande companheira que participa de todos meus sonhos! Amo vocês duas!
Este mês de dezembro o Santa Cerveja !! comemorou cinco meses de existência procurando sempre informar da melhor maneira possível sobre as melhores cervejas. O retorno dos amantes desta bebida maravilhosa tem sido gratificante!!!!! Adianto que ótimas novidades ocorrerão logo no início do ano, sempre com a liberdade de expor os meus sinceros sentimentos sobre as cervejas degustadas sem qualquer necessidade de agradar esse ou aquele fabricante, certo??!!.
Tenham um FELIZ NATAL, com um ano novo repleto de realizações e, claro, com boas cervejas!
M.Haicki (Equipe Santa Cerveja !!)

OBS: Postagem especial de Ano Novo, no dia 28/12/2008, última do ano!! Uma excelente cerveja nacional muito apropriada para as festas!!

21 de dezembro de 2008

Cervejas Especiais de Natal - 2008

O Natal, como sabemos, é uma comemoração cristã onde é celebrado o nascimento de Jesus Cristo. Porém, essa celebração contém diversos elementos de festividades pagãs, realizadas muito tempo antes do nascimento de Cristo, como a cerveja de Natal.
Os povos de determinadas regiões da Europa, como Alemanha e Bretanha, fabricavam sua própria cerveja e preparavam um lote especial para comemoração do Natal, com os melhores ingredientes que eram selecionados durante todo o ano.
Vejam que as cervejas, inicialmente, eram produzidas para comemorar o inverno e as divindades pagãs e com a disseminação do cristianismo os povos adaptaram sua tradição à nova religião.As cervejas de Natal costumam ser de alta fermentação, forte e com alta graduação alcoólica, perfeita para o inverno, que é a estação encontrada no hemisfério norte na época das festas.No Brasil, a antiga tradição das cervejas de Natal teve início com a produção da Eisenbahn Weihnachts Ale, do estilo amber ale, com produção em novembro e dezembro e da Baden Baden Christmas Beer, uma traditional ale. Hoje, as duas cervejarias fazem parte do Grupo Schincariol.
Seguem as impressões da Weihnachts Ale e da Christmas Beer, as nacionais especiais de Natal. Saúde!

Eisenbahn Weihnachts Ale 2008
Degustada em 20/12/2008
Família – Ale
Estilo – Belgian Pale Ale (Christmas Beer - BJCP)
Teor de álcool – 6,3%
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Acobreada.
Espuma – Ótima formação e boa duração, tipo chantili.
Aroma – Frutada, lúpulo, doce, especiarias, cítrico de lúpulo, (leve caramelo?)
Sabor – Médio corpo, boa carbonatação, doce inicial de malte seguido do amargor do lúpulo, frutado, especiarias, final doce/caramelo.
Veredicto – Boa!! Realmente indicada para harmonizar com pratos de natal!! Equilibrada. E nunca é demais lembrar, esta versão de natal da Eisenbahn também segue a Lei da Pureza Alemã de 1516.

Baden Baden Christmas Beer 2008
Degustada em 21/12/2008
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer (Christmas Beer - BJCP).
Teor de álcool – 5,5%
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Amarelo palha, levemente turva.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa, bege bem clara.
Aroma – Frutado, leve doce, (especiarias?), cítrico/laranja.
Sabor – Leve corpo, ótima carbonatação, frutado, doce, leve lúpulo, bastante adstringente, refrescante.
Veredicto – Corpo muito leve para uma ale. Com adição de malte de trigo, é suave e neutra. Lembra espumantes. Alguns inclusive a classificam como “beer champagne”, o que é um equívoco. Não acreditava, mas fiz o teste e posso afirmar, fica excelente com panetone, sim, eu disse panetone!! Experimente!

20 de dezembro de 2008

Santa Cerveja !! Especial de Natal

Não percam a postagem especial de Natal, amanhã, dia 21/12/2008. Duas cervejas brasileiras produzidas exclusivamente para as festas de final de ano, degustadas e analisadas pelo Santa Cerveja!!

Weihenstephaner HefeWeissbier Dunkel

Apresento hoje a versão Dunkel da cerveja de trigo da melhor cervejaria alemã, na minha opinião, em produção de cervejas weizen. Algumas informações da cervejaria encontram-se em posts anteriores. Seguem as impressões da Weissbier Dunkel:

Weihenstephaner HefeWeissbier Dunkel
Degustada em 18/12/2008
Família – Ale
Estilo – Weizenbier Dunkel
Teor de álcool – 5,3%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Castanho. Bonita cor.
Espuma – Ótima formação e duração, bege e densa.
Aroma – Banana pronunciado, cravo um pouco menos, doce, fermento.
Sabor – Médio corpo/encorpada, com boa carbonatação, refrescante, levíssimo amargor (malte), banana, cravo, doce, leve malte torrado.
Veredicto – Sou fã desta cervejaria!!! Já disse isso. Outra excelente cerveja Weihenstephan!! Gostosa e aromática na medida certa!!! Não deixem de experimentar!

17 de dezembro de 2008

Norteña

Cerveja uruguaia de razoável qualidade produzida pela FNC S/A, em Montevideo/ Uruguai e importada pela Ambev. Poucas nacionais produzidas em grande escala como Antarctica, Brahma, Primus e outras, ficam atrás dessa sul-americana com sotaque castelhano.
Às vezes vale a pena comprar pelo custo/benefício, considerando que as garrafas tem 960 ml. Porém, sempre irei preferir uma Bavária Premium, ou até uma Antarctica a esta cerveja uruguaia. As impressões:

Norteña
Família – Lager
Estilo – Pale lager
Teor e álcool – 5,0%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Lúpulo, cereais.
Sabor – Corpo médio/leve, boa carbonatação, agradavelmente amarga com final adstringente.
Veredicto – Boa cerveja pra jogar conversa fora numa mesa com os amigos! Nada mais que isso. Nem vamos falar da desproporcionalidade da garrafa em relação ao copo...

14 de dezembro de 2008

Weihenstephaner HefeWeissbier

Mais uma da Cervejaria Weihenstephan, fundada por monges Beneditinos e situada em Freising, cidade bávara perto de Munique, que produz oficialmente cervejas de trigo desde 1040, com indícios de produção datados de 720. Para a fabricação de suas delícias, conta com o maior Banco Genético de leveduras do mundo e com a proximidade de Hallertau, maior área de plantio de lúpulo do nosso planeta. Lembro que já comentei sobre esta cervejaria em post anterior quando tratei da Vitus, uma das melhores cervejas que já tomei. Seguem as impressões desta excelente, já antecipando o veredicto, clara de trigo alemã:

Weihenstephaner HefeWeissbier
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,4%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Mel, turva.
Espuma – Boa formação e duração.
Aroma – Banana (++), cravo (-), doce, leve fermento, frutado.
Sabor – Médio corpo com boa carbonatação, fermento, levemente doce, cravo e banana agradáveis, discreto amargor, adstringente.
Veredicto – Definitivamente sou fanzão dessa cervejaria. Como todas as cervejas Weihenstephan, esta também é “por demais de boa”!!!! Aromática e saborosa na medida certa. Esta realmente desce redondo... Meu bem surpreendeu-se!! A preferida da minha esposa era a Franziskaner, que também é uma cerveja muito caprichada, mas depois de degustar a “Sthephan”, sua antiga queridinha ficou com a prata!!!! Coisas de uma cervejaria com receitas produzidas desde 1040...

11 de dezembro de 2008

Duvel

Em 1871, Jan-Leonard Moortgat, filho de uma família de cervejeiros, fundou junto com sua esposa, a cervejaria Duvel Moortgat. Em 1918, Albert Moortgat, filho de Jan-Leonard, então proprietário da cervejaria belga de mesmo nome, decidiu fazer uma cerveja similar as pale ales trazidas pelas tropas inglesas durante a 1ª Guerra Mundial. Depois de muitas tentativas lançou em 1923, a Victory Ale, nome dado em comemoração ao final da Guerra. A cerveja passou a ser conhecida como Duvel após um amigo de Moortgat prová-la e dizer: “Da’s nen echten Duvel” (É um verdadeiro Diabo, em flamengo). Hoje a Duvel é uma das cervejas mais conhecidas do mundo e com certeza, uma das melhores. A Moortgat também produz as cervejas de abadia Maredsous e a Vedett. As impressões desta maravilhosa cerveja belga:

Duvel
("venc. 09/2010")
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale
Teor de álcool – 8,5%.
Temperatura de serviço – 6 a 10 graus.
Cor – Dourada. Quando servida corretamente, é levíssimamente turva (a menor quantidade de levedura deve ser misturada ao líquido, deixando inclusive, um pouco de cerveja no fundo da garrafa).
Espuma – Excelente formação e duração, incrivelmente firme e cremosa.
Aroma – Cítrico, lúpulo, especiarias (cravo), fermento, laranja.
Sabor – Cítrico (laranja), maçã, doce, médio corpo e média carbonatação, levíssimo amargor do lúpulo.
Veredicto – Com certeza é precursora do estilo Strong Golden Ale, um dos que mais me agrada. Excelente corpo, sabor, aroma e com um creme que encanta até aqueles que não bebem cerveja. A Duvel é famosa por seu potente aroma de lúpulo e apesar de bastante alcoólica é bem refrescante e fácil de beber. Deliciosa também com queijos azuis. Você não pode morrer sem experimentar esta maravilha!!!!!!

8 de dezembro de 2008

Colorado Appia

Outra interessante cerveja de Ribeirão Preto/SP, produzida pela Colorado. Hoje apresento as impressões de mais uma boa opção de trigo nacional, que segue a tradição da cervejaria em acrescentar ingredientes regionais brasileiros nas suas receitas. E mais uma vez a experiência resultou em uma bebida diferenciada e gostosa. Seguem as impressões da versão trigo da Colorado:

Colorado Appia
Família – Ale
Estilo – American Wheat (com adição de mel, que diga-se de passagem, é normalmente utilizado para a elaboração deste estilo).
Teor de álcool – 5,5 %
Temperatura de serviço – 4 graus
Cor – Mel/laranja escuro, turva
Espuma – Boa/média formação e média duração.
Aroma – Mel, leve banana +, leve cravo -, doce, (laranja?)
Sabor – Boa carbonatação, médio corpo/encorpada, mel, cítrico/laranja, levíssima banana, doce com amargor quase imperceptível.
Veredicto – Boa cerveja de trigo com o diferencial e presença marcante do mel de abelhas africanas e européias. Gostosinha... Não é a melhor da cervejaria, mas indico como uma interessante e refrescante cerveja.

5 de dezembro de 2008

Equívocos do Guia da Cerveja 2008

Quando soube da publicação do Guia de Cervejas 2008 pela Editora Casa Dois, fiz o pedido rapidinho do meu! Mas quando recebi, a decepção foi na mesma proporção da ansiedade em adquiri-lo. Muitos erros foram encontrados na revista e principalmente no Guia de degustação sensorial com cervejas avaliadas pelo mestre cervejeiro do Centro de Tecnologia em Alimentos e Bebidas do Senai de Vassouras/RJ, o Sr. Álvaro Dertinate Nogueira. Razão pela qual quero acreditar que os equívocos publicados foram erros de impressão da Editora.
O cuidado para publicação de títulos destinados a um público muito específico devem ser redobrados considerando que quase sempre os leitores não serão leigos.
A idéia e iniciativa de oferecer revistas e guias para o “assunto cerveja” deve ser respeitada e apoiada por todos nós que gostamos e lutamos pelo crescimento da cultura cervejeira no Brasil. Por isso, entendam esta crítica de forma construtiva com o objetivo de melhorar cada vez mais os futuros Guias que com certeza serão publicados.
Segue a relação de alguns equívocos encontrados:

1- Na página 48, do Guia, é afirmado que todas as cervejas Weihenstephan importadas para o Brasil são de trigo. Errado!! Nós temos disponível também a Tradition, uma cerveja da família Lager, e do estilo Munich Dunkel, portanto nada a ver com as de trigo;

No livrinho da “Degustação Sensorial” que acompanha o Guia:

2- A cerveja belga Duvel, aparece classificada como pilsen na página 20. Essa cerveja é o ícone do estilo Strong Golden Ale, cerveja forte, encorpada, de alta fermentação (Ale). Nada a ver com uma pilsen que é uma lager (baixa fermentação), mais leve e com teor alcoólico bem menor;

3- Stout Baden Baden classificada como barley wine na página 07. Na verdade trata-se de uma foreign extra stout;

4- Warsteiner Dunkel classificada como pilsen escura na página 47. Na verdade é uma Munich Dunkel que nada tem de pilsen a não ser o fato de pertencerem à mesma família (ambas são lager);

5- Backer Brown apontada como lager (baixa fermentação), quando na verdade é Ale (alta fermentação), página 06;

6- Backer Trigo com informação de 4,8% de teor alcoólico, quando possui 5,0%, página 06.

3 de dezembro de 2008

Coopers Best Extra Stout

A história da Cervejaria Coopers teve início em 1852, quando Thomas Cooper, um pastor metodista de Yorkshire, cidade do interior da Inglaterra, emigrou para a Austrália. Em 1962 foi fundada em Adelaide, uma cervejaria que futuramente seria a Coopers. Hoje ela é a maior cervejaria independente da Austrália. Suas cervejas seguem a lei da pureza alemã de 1516, somente utilizando-se de água, malte, lúpulo e fermento. Todas as cervejas são refermentadas na garrafa. Nove são as cervejas produzidas pela cervejaria Australiana: Birell, Coopers Premium Light, Extra Strong Vintage Ale, Coopers Premium Lager, Coopers Mild Ale, Dark Ale, Best Extra Stout, Original Pale Ale e Sparkling Ale, sendo que somente as três últimas são importadas pelo Brasil. Seguem as impressões da boa Stout:

Coopers Best Extra Stout
Família – Ale
Estilo – Foreign Extra Stout
Teor de álcool – 6,3%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Ótima formação e boa/média duração, bege e cremosa.
Aroma – Malte tostado, chocolate, café pronunciado, caramelo, (lúpulo?).
Sabor – Médio corpo/encorpada, média carbonatação, doce, maltes torrados, fermento, amargor do malte torrado com final também torrado.
Veredicto – Esta cerveja refermentada na garrafa é bastante peculiar. Não é tão encorpada como a Stout Baden e nem tão leve como a Guinness Draught. Muito boa cerveja, mas também muito cara considerando que existem outras opções tão boas quanto e mais em conta.

1 de dezembro de 2008

Traquair House Ale

A cervejaria escocesa Traquair House Brewery foi fundada em 1965 por Peter Maxwell Stuart. No local, já havia funcionado uma cervejaria no século 18, que atendia o consumo dos funcionários e proprietários das terras de uma fazenda. Os equipamentos foram restaurados por Peter para dar continuidade à produção. A cervejaria fica localizada ao lado de um prédio histórico, o Traquair House, construído em 1107, que já chegou a ser casa de caça dos Reis e Rainhas da Escócia e também refúgio de padres católicos na época da dinastia Stuart. A “estrela” da cervejaria é a House Ale, uma Strong Dark Ale puro malte, que sofre a fermentação primária em barris de carvalho. Mais três cervejas são produzidas pela Traquair, mas infelizmente não as encontramos no Brasil. São elas: The Lairds Liquor, Traquair Bear Ale e Traquair Jacobite Ale. Seguem as impressões desta bela cerveja de guarda que no caso específico “venceria” em 2016:

Traquair House Ale
("vencimento Dez/2016")
Degustada em 03/11/2008
Família – Ale
Estilo – Strong Scotch Ale (também classificada como strong dark ale)
Teor de álcool – 7,2%.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Castanho escuro.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Malte, doce, ameixa, carvalho, baunilha, bastante complexo.
Sabor – Encorpada, média/pouca carbonatação, doce do malte no início, ameixa, carvalho, com final levemente amargo e seco. Sabor também complexo.
Veredicto – Maravilhosa cerveja escocesa. Uma das melhores que já degustei. Algumas cervejas são tão complexas que ficam sem personalidade. Não é o caso da Traquair House, que faz da sua complexidade algo único. Esta cerveja "envelhece" sete dias em barris de carvalho (oak) o que com certeza lhe confere aroma e sabores muito especiais.

27 de novembro de 2008

Eisenbahn Pilsen

Mais uma Eisenbahn! Esta pilsen que não é exatamente uma pilsen, é uma refrescante cerveja feita pela excelente cervejaria de Blumenal/SC, que passa por um momento difícil com as enchentes que assolam toda a região sul do Brasil. Torcemos para que o tempo melhore logo!!Vale dizer que esta cerveja participou do European Beer Star 2008, um dos mais importantes concursos de cervejas do mundo, e ganhou medalha de broze na categoria Mild Beer. Lembro que a breve história da Eisenbahn pode ser lida em post anterior. As impressões desta "pilsen" foram as seguintes:

Eisenbahn Pilsen
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (também classificada como premium american lager e já vi até como classic german pilsner)
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Herbal, lúpulo (-), malte (+), cereais.
Sabor – Bastante carbonatada com corpo médio/leve, malte e lúpulo equilibrados, um pouco de doce com final adstringente.
Veredicto – Poderia ter um pouco mais de amargor. Como já disse, a Eisenbahn Natural é mais gostosa e mais “pilsen” embora também seja uma pale lager. Entendeu???

22 de novembro de 2008

Erdinger Weibbier

Mais uma Erdinger, e mais uma boa cerveja de trigo. Um pouco da história da cervejaria pode ser lida em post anterior. Seguem as impressões da clara de trigo não filtrada da alemã Erdinger:

Erdinger Weibbier
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,3%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Mel.
Espuma – Boa formação e boa duração.
Aroma – Banana, cravo, doce, frutado, leve fermento, (lúpulo?), aroma suave.
Sabor – Mesmas impressões do aroma com boa carbonatação e médio corpo/encorpada e sem o frutado e o lúpulo.
Veredicto – Não é a minha preferida da Erdinger, mas não é das piores com certeza.Já há algum tempo não degustava esta cerveja. Quando provei para postá-la, não convenceu!! É uma boa cerveja clara de trigo, nada mais. Prefiro a Franziscaner e mesmo a Eisenbahn. Sem sombra de dúvidas, a melhor cerveja da Erdinger é a Pikantus!! O chope da Erdinger Weibbier é melhor do que a versão engarrafada e gravem: Sempre gostei muito mais das cervejas do que dos chopes!!

18 de novembro de 2008

Backer Pilsen

Quando achei que havia degustado todas as Backer, descobri que foi lançada a Backer Medieval, uma blond ale, que com certeza deve ser uma bela cerveja. Por hora, vamos às impressões desta última Backer que encontrei, que não é exatamente uma pilsen como estampa em seu rótulo, lembrando que um pouco da história da cervejaria mineira pode ser lida em post anterior:

Backer Pilsen
Família – Lager
Estilo – Pale lager (também classificada como Standard American Lager)
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus
Cor – Dourada clara.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, cremosa.
Aroma – Bastante frutada (maçã), doce, maltes, levíssimo lúpulo.
Sabor – Refrescante, corpo leve, doce, malte, frutado, boa carbonatação, final doce e suave com lúpulo quase imperceptível.
Veredicto – Boa cerveja, mas muito doce para uma pilsen que se intitula ser!! A estrela da cervejaria Backer é realmente a Brown e quem sabe a nova Medieval. É importante dizer também que recentemente alguns estudiosos de cerveja "sub-dividiram" o estilo pale lager (ou Light Lager) em cinco novos estilos, dos quais dois são realmente diferenciados (Munich Helles e Dortmunder Export); um é o light propriamente dito (Lite American Lager); e outros dois que se confundem: premium american lager para as cervejas que utilizam até 25% de adjuntos sendo portanto, um pouco mais encorpadas e standard american lager para as cevejas com um pouco mais de corpo e álcool que as lite american lager. Não vejo razão para tanto e por este motivo continuo classificando as cervejas apenas como pale lager quando trata-se de uma premium ou standard american lager.

14 de novembro de 2008

Cervejas Urthel

As cervejas Urthel são produzidas desde 2000, pelo casal Hildegard e Bas van Ostaden, proprietários da Cervejaria Leyerth. Hildegard, a mestre cervejeira, formula as receitas e produz as cervejas, enquanto Bas, o artista, desenha os rótulos, embalagens e materiais de venda. Inicialmente as cervejas eram produzidas na própria casa dos Ostaden ,em Ruiselede, Flanders – Bélgica. Depois abriram sua própria cervejaria, a Leyerth, na mesma cidade e agora produzem suas cervejas em parceria à Cervejaria de Koningshoeven, na Holanda, onde fica também o monastério trapista responsável pela produção das cervejas La Trappe.
As figuras dos gnomos que simbolizam a cerveja, nasceram antes dela. Bas já desenhava os personagens Erthels e criava contos de fadas para os “tempos modernos” quando então decidiram combiná-los com a nova cerveja. E assim nasceu a Urthel. Curiosidade “meiga” é o brinde tradicional de Erthel, onde diz-se: PACHÉ, que significa apenas: desejo-lhe toda a sorte, amor, saúde e felicidade do mundo!!! Seria bom se existisse um único palavrão que incluísse todos os outros, né!!!??? rsrsrsrs
Ahhhh! E mais um ponto para estas cervejas por conta da brincadeira com seus nomes que remetem ao latim!! Seguem as impressões dessas maravilhosas cervejas holandesas com um toque belga, que passam por uma segunda fermentação na garrafa e que são importadas desde junho de 2007:

Urthel Samaranth (Quadrium)
degustada em 17/10/2008
Família – Ale
Estilo – Quadrupel (Belgian Quadrupel)
Teor de álcool – 11,5%.
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus.
Cor – Marrom avermelhado, levemente turva, com maior turbidez na terceira taça.
Espuma – Ótima formação e boa duração, dourada
Aroma – Doce, muito malte, álcool.
Sabor – Encorpada, robusta, pouca carbonatação, quente, álcool, (licorosa?), doce do malte intenso, levíssimo lúpulo.
Veredicto – Ótima cerveja para fãs do estilo. Não é o meu caso. Forte, com malte vigoroso e com personalidade como deve ser uma quadrupel, embora apresente notas de lúpulo e sensação seca, que não são comuns no estilo.


Urthel Hibernus Quentum (Tripel)
degustada em 18/10/2008
Família – Ale
Estilo – Tripel (Belgian Tripel)
Teor de álcool – 9,0%.
Temperatura de serviço – rótulo sugere 6 a 8 graus (melhor de 8 a 10 graus)
Cor – Dourada/laranja, com terceira taça apresentando média/baixa turbidez.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa.
Aroma – Cítrico, laranja, especiarias, doce do malte, leve álcool, (fermento?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, leve amargor de lúpulo, leve álcool, frutas cítricas/laranja, especiarias/(coentro?) – cravo.
Veredicto – Excelente tripel. Para o meu gosto é a segunda melhor cerveja produzida por essa cervejaria, ficando atrás somente da Hop-it.


Urthel Hop-it
degustada em 24/10/2008
Família – Ale
Estilo – “Belgian IPA” (Classificada também como Strong Golden Ale ou ainda Belgian Specialty Ale)
Teor de álcool – 9,5%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Laranja claro, límpida na primeira taça e turva na terceira.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa tipo chantili
Aroma – Cítrico, floral de lúpulo, malte, excelente aroma de lúpulos finos.
Sabor – Lúpulo acentuado, cítrico/laranja, médio corpo, média carbonatação, final seco e deliciosamente amargo dos lúpulos finos utilizados.
Veredicto – Cerveja com corpo agradável e lupulada de forma muito marcante. Para apreciadores de cerveja lupulada, como eu, é a indicação!! Não se percebe os 9,5% de álcool nem de longe... É a minha preferida da família Urthel seguida da Hibernus Quentum. O amargor desta cerveja não incomoda , muito pelo contrário, faz pensar em mais uma garrafa.


Urthel Parlus Magnificum (Donker)
degustada em 08/11/2008
Família – Ale
Estilo – Dubbel (Belgian Dubbel)
Teor de álcool – 7,5%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Marrom intenso, levemente turva na terceira taça.
Espuma – Boa formação e média duração, dourada.
Aroma – Queimado, doce, toffee, ameixa, levíssimo álcool, (fermento?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, leve doce, maltes torrados, leve amargor dos maltes torrados, chocolate, ameixa, final e residual seco
Veredicto – A primeira vez que tomei essa cerveja não gostei tanto. Mas, errei feio!! É uma ótima dubbel. Saborosa, aromática e “leve”. É fácil de beber e os 7,5% de álcool enganam. Todas as Urthel são muito boas. Recomendo as quatro para um contato inicial com essas cervejas holandesas, que poderiam ser belgas tranquilamente.

10 de novembro de 2008

Colorado Indica

Já degustei a saborosa Demoiselle, a cerveja tipo porter da Colorado. Hoje apreciei a Indica, uma índia pale ale. Esse estilo tradicional da escola inglesa foi desenvolvido na época do Império Britânico afim de ser enviada a Índia para consumo dos seus cidadãos e soldados. Para que a cerveja pudesse ser armazenada e conservada por mais tempo, devido a longa distância percorrida por embarcações da Inglaterra até a Índia, adicionava-se bastante lúpulo. E esta é a grande característica desse tipo de cerveja, o amargor intenso do lúpulo. Mas a brasileira Indica ainda tem um diferencial, a adição de rapadura!! Sim, eu disse rapadura!! Então você questionaria: Mas como ficou essa cerveja? A resposta é simples: Excelente, a ponto de receber elogios do maior conhecedor de cervejas do mundo, o saudoso Michael Jackson (recebeu três estrelas no seu Pocket Beer Guide). E mais, recebeu também o prêmio de TOP 50 das cervejas nacionais e importadas mais consumidas no Brasil, pela Revista Prazeres da Mesa/ Fevereiro 2008. Vamos às impressões:

Colorado Indica
Família – Ale
Estilo – IPA – Índia Pale Ale (com rapadura)
Teor e álcool – 7,0%
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus
Cor – Cobre.
Espuma – Boa formação e ótima duração, cremosa, bege bem clara.
Aroma – Doce, toffee, maltes, lúpulo, frutado, “garapa” (obviamente por conta da rapadura)
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce seguido de amargor mais pronunciado, caramelo, maltes, médio/alto amargor final do lúpulo.
Veredicto – Muito boa cerveja. Creme muito bom. Não fica tão alto, mas acompanha o líquido até o final do copo (com certeza a rapadura tem participação direta na espuma). Com ótimo corpo, bastante aromática e saborosa. Além de um belo rótulo!! Fácil, fácil de beber... Parabéns, Marcelo, proprietário da Colorado, Santa Cerveja !!

6 de novembro de 2008

Leffe Radieuse

Depois de degustadas a Leffe Blonde e a Brune para o Santa Cerveja !!, tive o prazer de experimentar a Leffe Radieuse. Infelizmente somente essas três versões estão disponíveis no Brasil, sendo que essa última não é encontrada facilmente. A Radieuse é uma cerveja bonita, com aroma diferenciado e corpo agradável. As impressões foram estas:

Leffe Radieuse
Família – Ale
Estilo – Abadia (Strong Dark Ale)
Teor de álcool – 8,2%.
Temperatura de serviço – No rótulo 5 graus. Pra mim, de 8 a 10 graus.
Cor – Cobre escuro/marrom avermelhado.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege e cremosa.
Aroma – Malte, frutas vermelhas (morango, cereja), cravo, condimentos/coentro.
Sabor – Médio corpo, alta/média carbonatação, malte, cravo, caramelo, menos doce que a Blonde, final levemente amargo e seco com residual adstringente e pouco amargo.
Veredicto – Boa cerveja! Das três versões da Leffe disponíveis no Brasil, não tenho como escolher a melhor! Todas são muito boas, cada uma com seu particular... A Radieuse talvez seja a mais “diferente” delas. É uma cerveja de coloração muito bonita com sabor carregado do malte e aroma agradável. Não deixe de experimentar!!

4 de novembro de 2008

Warsteiner Dunkel

Produzindo desde 1753, a Warsteiner nasceu em Warstein, um pequeno povoado localizado em Westfalia/Alemanha e foi inicialmente uma fábrica de cerveja local e de orientação artesanal. Hoje é em uma das maiores e mais modernas cervejarias em propriedade privada da Alemanha. A Warsteiner também possui instalações próprias na Argentina, facilitando a distribuição e diminuição de custos para toda a América Latina.Infelizmente, nem todas as cervejas produzidas pela Warsteiner estão disponíveis no Brasil que as importa desde 1993. Na verdade apenas três são encontradas: a Warsteiner Premium Verum, que é uma boa pilsen, Warsteiner Dunkel, uma Munich Dunkel e a Warsteiner Fresh, não alcoólica. Todas as cervejas seguem a lei de pureza alemã de 1516. Degustei a Dunkel e as impressões foram as seguintes:

Warsteiner Dunkel
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel
Teor e álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus
Cor – Cobre escuro.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Malte, caramelo, doce, queimado.
Sabor – Médio/leve corpo, média carbonatação, toffee (bala de caramelo), malte torrado, doce, com final amargo de lúpulo (e café?).
Veredicto – Boa cerveja como outras do estilo sendo bastante fácil de beber. Faz parte da minha lista de estilos que não aprecio muito, mas é a melhor para saborear depois da Weiheinstephaner Tradition.

1 de novembro de 2008

Petra Aurum e Schwarzbier

Quando recebi a notícia do lançamento de novas cervejas da Petrópolis, conforme comentei em post anterior, imaginei que degustaria boas bebidas, considerando o objetivo da Cervejaria em entrar no mercado premium. A primeira que provei, foi a Petra Bock, já analisada anteriormente e que não gostei. Hoje exponho as impressões da Petra Aurum (ouro, em latim) e Schwarzbier, que infelizmente não empolgaram. Mas lembrem-se, gosto é gosto e a iniciativa de fabricar cervejas para o seguimento premium merece nosso apoio.

Petra Aurum
Família – Lager.
Estilo – Pale lager (Também classificada como Premium American Lager) Teor de álcool – 6,2%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourado intenso.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Malte, leve lúpulo, doce.
Sabor – Médio corpo, bastante carbonatada, doce do malte pronunciado, levíssimo amargor.
Veredicto – As únicas virtudes dessa cerveja são a cor e a espuma. Não vale o valor cobrado, em média R$ 11,00. Consegui comprar por R$ 4,99, que é o preço justo pra essa cerveja que não é equilibrada. Se quiser tomar uma puro malte, prefira a Bavária Premium. Não segue a lei da pureza alemã de 1516, considerando que usa na sua fórmula antioxidante e estabilizante. Seu teor alcoólico está acima da média para o estilo, que é de 4% a 5%.


Petra Schwarzbier
Família – Lager.
Estilo – Schwarzbier.
Teor de álcool – 6,2%.
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege.
Aroma – Doce, toffee, queimado, leve lúpulo, (levíssimo café?), (cheiro de final de vinho na taça?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, doce, queimado, amargor do lúpulo e do malte torrado.
Veredicto – Esta cerveja também possui teor alcoólico acima da média para o estilo, que é de 3,8% a 5%. Não é muito saborosa e tem o mesmo preço da Aurum. Também não vale o preço praticado. Quando quiser tomar uma schwarzbier mais em conta e razoavelmente boa, peça a Bohemia escura.

30 de outubro de 2008

Bamberg Rauchbier

Em post anterior comentei um pouco sobre a história da cervejaria paulista Bamberg. Nessa ocasião informei da chegada de um mestre cervejeiro alemão, o Sr. Stefan Grauvogl, que iria participar da elaboração e produção de uma nova cerveja Bamberg. Ela foi produzida, maturada e está prontinha pra ser consumida. Trata-se de uma Rauchbier!!!! A segunda a ser produzida no Brasil por uma cervejaria brasileira que se tem notícia. Em alemão rauch significa fumaça, portanto, rauchbier é uma “cerveja de fumaça”, que tem esse nome por conta da utilização de maltes defumados em sua composição. Hoje declino minhas impressões sobre a Bamberg Rauchbier, a caçula da cervejaria de Votorantim. Seguem impressões:

Bamberg Rauchbier
Família – Lager
Estilo – Rauchbier
Teor de álcool – 4,8%.
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Marrom avermelhado
Espuma –Boa formação e duração, bege clara.
Aroma – Leve defumado, doce, maltes.
Sabor – Corpo médio/leve, média carbonatação, maltes, doce, leve amargor com final defumado.
Veredicto – Estilo originário da cidade de Bamberg, na Alemanha, que mantém a tradição ainda hoje, de secar e defumar os maltes utilizando um tipo de madeira específica da região. Pra mim, melhor que a Rauchbier da Eisenbahn (a outra nacional). A base desta cerveja bem como a da Eisenbahn é uma Schwarzbier mas o aroma e sabor defumados são mais intensos e agradáveis na versão de Votorantim/SP. Recomendo!!!

26 de outubro de 2008

Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel

Esta é a versão escura de trigo apresentada pela cervejaria alemã, Spaten-Franziskaner-Bräu. E como todas as outras cervejas produzidas por ela, diz a que veio! É uma das melhores cervejas de trigo escuras na minha opinião. Talvez não supere a Paulaner. Ainda tenho dúvidas. Mas a certeza que tenho diz respeito ao sabor e aroma agradáveis encontrados nesta cerveja, somados ao seu ótimo corpo.
Seguem impressões:

Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel
Família – Ale
Estilo – Weizenbier Dunkel
Teor e álcool – 5,2%
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus (melhor a 6 graus)
Cor – Castanho escuro/marrom.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege clara.
Aroma – Pouco cravo, mais banana, malte torrado, fermento.
Sabor – Corpo médio, boa carbonatação, cravo, fermento, maltes torrados, refrescante e adstringente com levíssimo amargor do malte torrado.
Veredicto – Embora não seja a minha preferida do estilo, é uma “muito boa cerveja”. Mais leve e mais refrescante que a maioria das cervejas de trigo escuras. Experimente!!!! Vale a pena!

24 de outubro de 2008

Cervejas Eggenberg - 2ª Parte

A Eggenberg Samichlaus Bier é considerada a lager mais alcóolica do mundo, com 14% de teor de álcool. É feita apenas uma vez por ano, no dia 6 de dezembro, dia de São Nicolau (em inglês Santa Claus, em alemão Samichlaus, ou seja, o nosso querido gordinho Papai Noel) e é maturada por 10 meses antes de ser engarrafada e comercializada. Estou com a safra de 2007, lembrando que agora também é possível encontrar a versão “clara” desta cerveja, a Samichlaus Helles. Já a Eggenberg Urbock 23º, que é uma das cinco cervejas da mais antiga cervejaria austríaca disponíveis no Brasil, é incomum para o estilo, principalmente pela cor (clara quando comparada com outras doppelbock ). A Urbock é conhecida como o conhaque das cervejas, devido a sua potência. Seguem as impressões dessas duas interessantes cervejas:

Eggenberg Samichlaus Bier
degustada em 23/10/2008
Família – Lager
Estilo – Strong Lager
Teor de álcool – 14,0%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus
Cor – Marrom avermelhado profundo, límpida
Espuma – Boa formação e média/pouca duração
Aroma – Frutado, ameixa, leve álcool, doce acentuado, maltes, nada de lúpulo, pimenta.
Sabor – Encorpada, média/pouca carbonatação, álcool e doce acentuados, malte, ameixa, (condimentos?), licoroso, com final doce e residual seco.
Veredicto – Todos estão apostando na evolução desta cerveja, acreditando que com o tempo ficará menos doce. É bastante provável, Vamos esperar!! Degustei a primeira garrafa em 26/06/2008 e, em comparação com esta, analisada em 23/10/2008, quatro meses depois, não houve diferença perceptível. Quem sabe daqui um ano alguma “transformação” ocorra...
Cerveja interessante até por conta de toda a história envolvida e do processo super-especial de sua fabricação.


Eggenberg Urbock 23º
degustada em 23/10/2008
Família – Lager
Estilo – Doppelbock
Teor de álcool – 9.6%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Dourada e límpida
Espuma –Boa formação e média duração, cremosa
Aroma – Muito malte, doce, cítrico, álcool maçante.
Sabor – Encorpada, pouca carbonatação, picante, maltes, doce, álcool evidenciado, cítrico/laranja, licoroso.
Veredicto – Ótima doppelbock para apreciadores do estilo. Embora seja muito clara por utilizar menos maltes torrados se comparada a outras do estilo, conserva o picante característico desse tipo de cerveja.

23 de outubro de 2008

Eisenbahn Kölsch

Mais uma Eisenbahn muito interessante. Essa cervejaria, que agora pertence ao grupo Schincariol vem produzindo cervejas de boa qualidade com toda certeza. Séculos de resistência em produzir cervejas lager na cidade alemã de Colônia, resultaram nesse estilo híbrido único, de Ale e Lager, a Kölsch. Sim , estilo híbrido, onde utiliza-se levedura de alta fermentação (Ale) em temperatura de maturação de leveduras de baixa fermentação (lager).
Seguem impressões:

Eisenbahn Kölsch
Família – Ale.
Estilo – Kölsch.
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Dourada.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Não é muito aromática, frutada com doce do malte.
Sabor – Boa carbonatação com corpo leve, doce, adstringente com final seco.
Veredicto – Muito interessante este estilo de cerveja. É fácil de beber! Na sua elaboração são utilizados quatro tipos de malte sendo um de trigo. Foi avaliada como a melhor cerveja Kölsch do mundo em 2008 na sua categoria. O concurso em questão é o World Beers Awards patrocinado pela Beer of the World.

17 de outubro de 2008

Jenlain nº Six

Desde o início de sua produção em 2000, até março de 2005, a Jenlain Six era conhecida como Jenlain Blonde. O nome Jenlain Blonde agora é usado para uma outra cerveja (já degustada pelo Santa Cerveja !!), que começou a ser produzida em março 2005.
Seguem as impressões:

Jenlain nº Six
Família – Lager.
Estilo – Pale Lager.
Teor de álcool – 6,0%.
Temperatura de serviço – 5 a 6 graus.
Cor – Levemente turva, laranja.
Espuma – Boa formação e média duração. Cremosa.
Aroma – Mel, cereais, lúpulo e cítrico, notas de malte.
Sabor – Cítrico, laranja, fermento, lúpulo, malte, boa carbonatação, médio corpo, final doce com conotação de mel e leve adstringência.
Veredicto – Cerveja que me agradou muito embora não seja um adorador do estilo pale lager. Bastante saborosa e aromática com corpo agradavelmente aveludado e com ótimo drinkability.

13 de outubro de 2008

Hoegaarden Witbier

Produzida na vila de Hoegaarden, no norte da Bélgica, é uma autêntica cerveja de trigo belga, também conhecida como White Beer ou Witbier. É uma cerveja ale o que significa dizer que é de alta fermentação. Essa cerveja, depois de engarrafada, não é pasteurizada e permanece em repouso por mais três semanas para que aconteça a segunda fermentação na garrafa conferindo-lhe aparência final turva, típica das cervejas de trigo. Mas diferentemente das Weiss alemãs, que seguem a lei da pureza, na produção das Witbier belgas são utilizados adjuntos bastante peculiares. No caso da Hoegaarden, sementes de coriandro ou coentro (especiaria originária do norte da África e Ásia) e raspas de casca de laranja. Seguem impressões:

Hoegaarden Witbier
Família – Ale
Estilo – Witbier
Teor e álcool – 4,9%
Temperatura de serviço – 4 graus
Cor – Amarelo pálido, turva.
Espuma – Cremosa tipo Chantili, média/pouca formação e boa duração.
Aroma – Cítrico suave, especiarias/cravo.
Sabor – Corpo médio, média/baixa carbonatação, cítrico com notas de laranja/limão, especiarias (cravo), final cítrico e refrescante.
Veredicto – Muito boa cerveja! Ótimo drinkability!! Perfeito exemplar de cerveja de trigo da escola belga sendo na verdade um expoente do estilo produzida desde 1445.

11 de outubro de 2008

8.6 Red

Duas holandesas que durante um tempo andaram sumidas por questões jurídicas estão de volta ao Brasil, desta vez com o nome de 8.6 e 8.6 Red. Antes comercializadas como Bavaria, nome da mais antiga cervejaria holandesa (Bavaria Holland Brewery), elas tiveram que ser retiradas do mercado, pois o nome aqui no Brasil é marca registrada de outra cervejaria, que diga-se de passagem, produz uma versão premium (Bavaria Premium), que é puro malte, e é muito boa. Pelo jeito os holandeses apreciam bastante o estilo malt liquor e o strong lager. Seguem impressões da 8.6 Red:

8.6 Red
Família – Lager
Estilo – Strong Lager
Teor de álcool – 7,9%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus
Cor – Rubi, avermelhado, levíssimamente turva.
Espuma – Ótima formação e duração, bege clara, cremosa.
Aroma – Malte, caramelo, doce, álcool.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, caramelo, álcool, licorosa, quente, suave amargor final com residual doce.
Veredicto – Gostosa cerveja de um estilo complicado! Normalmente acho ruim, mas essa me surpreendeu. Corpo agradável, muito aromática, mesmo sendo uma lager. Alguns profissionais do ramo talvez queiram me matar, mas ela até lembra a Jenlain Ambreé, mesmo sendo de famílias e estilos diferentes. A leve turbidez provavelmente seja por conta do trigo em sua composição.

8 de outubro de 2008

Bamberg Alt

O estilo Altbier ou Alt, que em alemão significa antigo/velho, é um estilo originário da cidade de Düsseldorf. As Alt são cervejas de alta fermentação, escuras de tom acobreado, com malte e amargor de lúpulo bastante presentes. Vale dizer que a versão para o estilo produzida pela Bamberg segue a lei da pureza de 1516, utilizando em sua elaboração apenas água, malte, malte torrado, lúpulo e fermento.
Seguem as impressões:

Bamberg Alt
Família – Ale
Estilo – Alt ou Altbier
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – âmbar/acobreado.
Espuma – Média formação e pouca duração.
Aroma – Frutada, lúpulo, malte, “herbal”?.
Sabor – Corpo médio, baixa carbonatação, leve doce do malte, caramelo, final com amargor do lúpulo pronunciado.
Veredicto – Não é um tipo de cerveja que me faz pensar em tomar outra. É a única cerveja desse estilo produzida no Brasil. Podemos encontrar também a Grolsch Amber Ale, da Holanda, mas a brasileira é de longe a mais gostosa.

7 de outubro de 2008

Franziskaner Hefe-Weissbier Hell

A Franziskaner Weissbier tem mais de 600 anos. Essa cerveja, que é obtida através de alta fermentação, já era consumida e apreciada pelos babilônios. Esse estilo se distingue pelo agradável nível de carbonatação e sabor, com residual refrescante. Pelo fato de conter menos lúpulo, as cervejas do tipo weiss proporcionam uma experiência gustativa mais suave. O processo de filtragem permite a presença de fermento após o envase, conferindo uma aparência turva à cerveja e promovendo a segunda fermentação na própria garrafa. O grande charme desta e outras cervejas de trigo é seu ritual de consumo. Depois de servir quase todo o seu conteúdo, em copo apropriado, deve-se fazer movimentos circulares com a garrafa para que a levedura, depositada ao fundo, se misture ao restante do líquido, quando então se serve o que restou, formando uma deliciosa espuma. A tradição alemã diz que o brinde com esse estilo de cerveja deve ser feito com a parte inferior do copo. As cervejas Franziscaner, produzidas pela cervejaria Spaten Franziskaner Bräu em Munique, na Alemanha, são disponibilizadas pela ImBev em três versões: Franziskaner Hefe-Weissbier Hell, Franziskaner Hefe-Weissbier Dunkel e Franziskaner Weissbier Kristallklar. Todas seguem a lei da pureza de 1516. As impressões da versão clara de trigo:

Franziskaner Hefe-Weissbier Hell
Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 5,0%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Laranja, cor de mel, turva.
Espuma – Ótima formação e duração, muito cremosa.
Aroma – Cravo, banana pronunciado, fermento.
Sabor – Banana, cravo pronunciado, boa carbonatação, encorpada, leve amargor com final adstringente.
Veredicto – Mais escura que as claras de trigo. Muito gostosa de beber. É a melhor clara de trigo depois da Weiheinstephan.

5 de outubro de 2008

Eisenbahn Weizenbier

Esta é a representante de trigo da Eisenbahn. Aliás, bela representante!! Cerveja muito bem elaborada e fácil de beber. Alguns profissionais classificam esta e outras cervejas de trigo não filtradas ou com processo de filtragem que permite a presença de fermento após o envase de hefe weizenbier, o que obviamente também é correto, pois hefe nada mais é do que levedura em alemão. Portanto significa dizer que é uma cerveja de trigo com a presença de levedura (fermento) na garrafa, aquela que agitamos com um pouco do líquido para formar o creme generoso característico dessas cervejas. As impressões:

Eisenbahn Weizenbier
Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 4 graus
Cor – Amarela, turva.
Espuma – Boa formação e média duração.
Aroma – Cravo, banana, suavemente perfumada, especiarias.
Sabor – Corpo médio, sabor suave de especiarias, com força no cravo, banana, cítrico e refrescante.
Veredicto – Muito boa essa brasileirinha! A melhor cerveja de trigo nacional na minha opinião!

3 de outubro de 2008

Jenlain Fraiche

Mais uma boa cerveja da família francesa Jenlain. Ainda não degustei cerveja ruim dessa marca. Todas são muito saborosas e parecem feitas com muito cuidado para agradar os apreciadores da bebida. Seguem as impressões da Jenlain Fraiche:

Jenlain Fraiche
Família – Lager.
Estilo – Pale Lager (alguns classificam como Standard American Lager)
Teor de álcool – 5,0%.
Temperatura de serviço – 5 a 6 graus.
Cor – Levemente turva pela presença de fermento, dourada, alaranjada.
Espuma – Ótima formação e duração. Espuma tipo chantily.
Aroma – Lúpulo, mato, doce do malte.
Sabor – Cítrico, doce, refrescante, muito carbonatada, amargor final, corpo médio.
Veredicto – Gostosa cerveja. Bem diferente de tudo que estamos acostumados a beber. Porém, a nº Six é mais interessante. Na sua composição utiliza-se também trigo.

1 de outubro de 2008

Eisenbahn Dunkel

Mais uma Eisenbahn degustada. Agora é a vez da premiadíssima Dunkel. Embora com este nome, trata-se de uma schwarzbier e não dunkel como veremos. Seguem as impressões:

Eisenbahn Dunkel
Família – Lager
Estilo – Schwarzbier
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Cobre escuro avermelhado para marrom
Espuma – Boa formação e média duração, dourada.
Aroma – Café, doce, malte torrado, queimado
Sabor – Café, malte torrado, doce, “bala de café”, médio corpo, bem carbonatada, amargor do malte torrado, (leve lúpulo?).
Veredicto – Cerveja nacional muito agradável. Preta como deve ser uma cerveja do referido estilo! De 0 a 5, nota 3!! Vale dizer que esta cerveja ganhou medalha de bronze no European Beer Star em novembro de 2007, medalha de prata no Australian International Beer Awards, em março de 2008 e bronze novamente na World Beer Cup, em abril do mesmo ano. Por isso sempre digo, gosto é gosto.

30 de setembro de 2008

Temperaturas de Serviço

Em tempo gostaria de esclarecer que as temperaturas de serviço que indico como ideais para consumo das cervejas postadas, nem sempre são aquelas indicadas pela própria cervejaria ou por outros cervejólogos ou mestres cervejeiros.
Quem estuda cerveja há algum tempo, sabe que para cada estilo existe uma temperatura específica de degustação que muitas vezes varia de um mínimo “x” a um máximo “y”.
Michael Jackson, não aquele que dá pulinhos e pensa que é lobisomem, mas o falecido (em 30/08/2007) beer hunter, sugere, por exemplo, a temperatura de 15 a 18 graus para degustar a belga Leffe Radieuse. Não devemos ser tão rigorosos, podendo bebê-la a 12 ou 13 graus, talvez até a 7 graus. Não seria justificado porém, consumi-la a uma temperatura de 4 graus. O importante é sempre degustar uma cerveja em temperatura que seja possível sentir todo o aroma e sabor que o estilo pode proporcionar. Nunca, nunca, estupidamente gelada!! Isso é totalmente reprovável, mesmo em se tratando de uma pilsen!!
Portanto, apreciem suas cervejas sempre observando as temperaturas razoáveis e em companhia de pessoas especiais. Desta forma sempre terão uma experiência prazerosa.
Abaixo segue tabela de Michael Jackson adaptada para o clima e gosto brasileiros, que pode ajudar na hora de degustar sua cerveja, mas lembre-se, serve apenas para nortear:

-de 2 a 4°C: Pale Lagers, cervejas de trigo claras, inclusive as belgas (estas a 4 graus), cervejas sem álcool e qualquer cerveja que tenha o objetivo de refrescar.
-de 5 a 7°C: Lambics de fruta e Gueuzes, Pale Ale, Helles, Vienna
-de 8 a (10º ou 12°C): Lagers Escuras, Amber Ale, Trigo Escuras, Porter, Stout, Strong Ales claras, Tripel, Dubbel e Bock.
-de 13 a 16°C: Quadrupel, Strong Ales Escuras, a maioria das cervejas especiais Belgas (incluindo as Trapistas), Eisbock e a Doppelbock.

29 de setembro de 2008

Baden Baden Weiss

Com a degustação desta cerveja de trigo da Baden Baden, fico aguardando apenas a cerveja de Natal para encerrar o ciclo de degustação dos produtos da cervejaria de Campos do Jordão. A Baden Baden já fabricava uma cerveja de trigo, estilo american wheat, a conhecida Celebration Verão. Em 2008 lançou a Weiss, cerveja mais próxima das de trigo alemãs. Esta cerveja, assim como a Baden Baden Tripel (sazonal), foram produzidas depois da aquisição da Baden pelo grupo Schincariol. Seguem as impressões:

Baden Baden Weiss
Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 5,2%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Laranja escuro/cor de mel, turva.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Pouco cravo, banana pronunciado, doce.
Sabor – Suave, banana, pouco cravo, boa carbonatação, corpo médio, com final levemente doce.
Veredicto – Mais gostosa que sua prima-irmã, a Celebration Verão. Mais escura e mais suave que a maioria das cervejas claras de trigo. Vale dizer que esta Baden Baden Weiss segue a lei de pureza alemã de 1516. Existem cervejas do estilo bem melhores e com preços mais razoáveis no mercado.

27 de setembro de 2008

Eisenbahn Strong Golden Ale

Hoje apresento a todos uma das melhores cervejas produzidas pela Eisenbahn: a Strong Golden Ale. É uma bela cerveja, bastante aromática e com sabor vibrante. O Thiago, um grande amigo, também advogado e também apreciador da boa cerveja, gostou muito desse estilo da escola belga. Um brinde ao Thiago e a sua esposa, Patrícia!
As impressões:

Eisenbahn Strong Golden Ale
Família – Ale.
Estilo – Strong Golden Ale.
Teor de álcool – 8,5%
Temperatura de serviço – 6 a 10 graus.
Cor – Laranja, média turbidez.
Espuma – Média formação e duração, cremosa e bege clara.
Aroma – Cítrico, fermento, malte, doce, (especiarias – cravo?).
Sabor – Frutas cítricas – laranja, doce do malte, leve álcool, bem carbonatada e encorpada, (cravo?).
Veredicto – Boa cerveja!! Muito saborosa e marcante, honrando o estilo. Boa pra acompanhar pratos condimentados.

26 de setembro de 2008

Cervejas Grimbergen

A pequena Abadia da cidade de Grimbergen em Flemish Brabant, região norte de Bruxelas/Bélgica, foi fundada em 1128 por Saint Norbert.
Destruída pelo fogo, foi reconstruída em 1629, quando adotou a fênix como símbolo, que pode ser vista nos vitrais da Abadia e nos rótulos das suas garrafas.
A Abadia foi saqueada depois da Revolução Francesa sendo restaurada em 1845. Novamente estabilizada, a comunidade monástica licenciou a cervejaria Janssens and Peeters para produzir em maior escala as cervejas Grimbergen.
Hoje as cervejas Grimbergen são produzidas pela cervejaria Alken-Maes.
Cinco são as cervejas produzidas pela Alken-Maes: Blonde, Double, Triple, Optimo Bruno e Cuvee L’Ermitage, cerveja de inverno com 7,5% de álcool e notas de chocolate. Todas estão disponíveis no Brasil. As impressões da Grimbergen Blonde e Double:

Grimbergen Blonde
Família – Ale
Estilo – Abadia (Blonde/Belgian Strong Ale)
Teor de álcool – 6,7%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Dourada/alaranjada, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração.
Aroma – Cítrico, fermento, pouco cravo/especiarias, pouco doce.
Sabor – Corpo médio, boa carbonatação, doce, maçã, final seco, com after taste, de baunilha e maça.
Veredicto – Fácil de beber. Três ou quatro garrafinhas descem tranqüilo junto com um bom papo, mas não é marcante. Não mostra os 6,7% de teor alcoólico que possui.Tem antioxidante e cereais não maltados. Também classificada como Strong Ale.


Grimbergen Double
Família – Ale
Estilo – Abadia (Dubbel)
Teor de álcool – 6,5%
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus
Cor – Marrom avermelhado.
Espuma – Ótima formação e duração, muito cremosa, bege.
Aroma – Fermento, torrado, notas de café, ameixa, doce do malte.
Sabor – Encorpada, média/baixa carbonatação, ameixa, caramelo, malte torrado.
Veredicto – Fácil de beber e não mostra seus 6,5% de álcool também. Gostosa e com mais personalidade que a Blonde. Tem corante caramelo e antioxidante.

23 de setembro de 2008

Eisenbahn Weizenbock

Weizenbock é um dos estilos que aprecio bastante. Seguem as impressões do referido estilo da Eisenbahn, lembrando que um pouco da história da cervejaria encontra-se no post anterior:

Eisenbahn Weizenbock
Família – Ale.
Estilo – Weizenbock.
Teor de álcool – 8,0%
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Castanho muito escuro/marrom.
Espuma – Boa formação e duração, bege.
Aroma – (Cravo, banana?), doce, malte caramelo, frutada.
Sabor – Bom corpo, boa carbonatação, doce do malte caramelado, leve amargor final e malte tostado.
Veredicto – Ótima bock de trigo nacional. Não é a toa que ganhou medalha de bronze no European Beer Star em 2007, um dos maiores e mais prestigiados concursos de cerveja do mundo, na Alemanha. Também participou do Australian International Beer Awards em março de 2008 ganhando medalha de prata.

18 de setembro de 2008

Jenlain Blonde

Existem cervejas que são únicas por serem muito boas ou ruins. Esta cerveja é verdadeiramente muito boa e foi eleita Sabor do Ano na França em 2006.
Quando tive o primeiro contato com as cervejas da Brasserie Duyck , que é a líder em vendas de cervejas especiais na França, produzindo cervejas somente com água, malte, lúpulo e levedura, sem aditivos ou conservantes fui, digamos assim, preconceituoso! Mas os produtos dessa cervejaria foram surpresas muito agradáveis.
Outras informações da Duyck podem ser lidas no post do dia 13/08/2008.
Seguem as impressões da Jenlain Blonde:

Jenlain Blonde
Família – Ale
Estilo – Biere de Garde
Teor de álcool – 7,5%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Laranja intenso, levemente turva pelo fermento.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Cítrico, doce do malte, licoroso, (álcool?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, cítrico (laranja), álcool persistente, cravo, fermento, doce do malte com final amargo.
Veredicto – Mais gostosa e menos doce que a Ambrée. As cervejas Jenlain são realmente muito boas. É importante dizer que as rolhas saem com muita facilidade, diferentemente de outras cervejas rolhadas que exigem um certo esforço. Alguns profissionais do ramo classificam essa cerveja como pale ale.

Cervejas Eisenbahn

Sob o comando de um mestre cervejeiro alemão com 30 anos de experiência, em julho de 2002 nasce a Cervejaria Sudbrack, em Blumenau/SC, com a marca Eisenbahn que significa ferrovia em alemão. Inicialmente produziu três estilos de chopp: Pilsen, de origem Tcheca; Dunkel, de origem alemã; e Pale Ale, de origem belga.
Em 2003 lança o Weizenbier, chopp de trigo originário da Alemanha e em seguida a Weihnachts Ale, uma cerveja sazonal produzida em comemoração ao Natal, tradição vinda também da Alemanha.
Em 2004 é produzida a primeira cerveja orgânica do Brasil, a Eisenbahn Natural e a Weizenbock, uma bock de trigo.
Em 2005 é lançada a Kölsch, cerveja originária da cidade de Colônia, também na Alemanha e a Rauchbier, primeira cerveja brasileira feita com maltes defumados.
Já em 2006 a Eisenbahn lança a Strong Golden Ale, de inspiração belga e a Eisenbahn Lust, cerveja produzida pelo mesmo método de fabricação dos champanhes franceses, sendo a terceira do estilo no mundo e a única no Brasil.
Em Julho de 2007 ao completar 5 anos de existência, lança a Eisenbahn 5, cerveja do estilo Vienna Red comemorativa do aniversário. E em dezembro, lança a Lust Prestige, uma versão mais aprimorada da Lust, que tem um ano de maturação ao invés de três meses.
Por fim, em 2008, já pertencendo ao grupo Schincariol, disponibiliza a cerveja Oktoberfest, uma märzen sazonal. Degustei todas elas e postarei hoje, a Eisenbahn Natural e a Rauchbier, que seguem a lei de pureza alemã como todas as Eisenbahn, com exceção da Lust e da Prestige. As impressões:

Eisenbahn Natural
Família – Lager
Estilo – Pale lager (produzida com ingredientes orgânicos).
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo/ouro.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Lúpulo, malte, cereais, doce.
Sabor – Média carbonatação, corpo médio, malte e lúpulo equilibrados com final levemente amargo.
Veredicto – Boa cerveja. Bastante saborosa sendo melhor que a própria pilsen da Eisenbahn, embora seja uma pale lager.

Eisenbahn Rauchbier
Família – Lager
Estilo – Rauchbier
Teor de álcool – 6,5%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Âmbar escuro
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa, bege.
Aroma – Bastante defumado, malte, doce.
Sabor – Média carbonatação com corpo médio/leve, defumado com amargor final.
Veredicto – Não há muito a dizer. É uma rauchbier, originária de Bamberg, na Alemanha, cerveja feita com maltes defumados. E o que se destaca é isso, o defumado!! Boa para harmonização com charutos e pratos também defumados.
OBS - Postado em 22/09/2008 (Erro do Blog)

17 de setembro de 2008

Baden Baden Tripel

Estou quase concluindo a degustação de todas as Baden Baden. Consegui duas garrafas da famigerada Baden Tripel de núneros 1.882 e 2.258 de 2.500 produzidas. A segunda com kit completo (cerveja + taça + caixa metálica). Já imaginava o que esperar desta cerveja. Não chegou a ser uma decepção, mas não empolgou! A garrafa 1.882 será degustada futuramente com o objetivo e esperança de que haja uma evolução pra melhor dessa cerveja, que foi uma grande “empreitada” da Schincariol.

A linda caixa metálica que acondiciona a também linda garrafa de cerâmica produzida pela Ceramarte de Rio Negrinho/SC, acompanhada da taça, nem tão bonita, que complementa o Kit.

As impressões:

Baden Baden Tripel
Garrafa nº 2.258 (degustada em 13/09/2008)

Família – Ale
Estilo - Tripel
Teor de álcool – 14,0%
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus
Cor – Rubi, avermelhada, límpida, bela cor.
Espuma – Média formação e média/pouca duração.
Aroma – Avelã, uva, doce, álcool, frutado.
Sabor – Quente, licorosa, corpo médio com média cabonatação, doce, frutada, álcool, uva, “vinho”, bastante complexa.
Veredicto – Cerveja nacional mais forte do mercado. Tripel ??? Não sei! Tripel porque passou por um processo de três fermentações ?? Não me fez lembrar de outra do estilo. Mas sabe-se também que este tema é polêmico. Já esperava que não seria tão maravilhosa... Sensorialmente não vale seu preço: em média R$ 140,00, em caixa metálica com copo e R$ 75,00 só a garrafa. Porém, a embalagem, garrafa e tampa (flip top), além do tempo de maturação (15 meses) e, principalmente, a iniciativa da Baden Baden depois de sua venda para a Schincariol, talvez justifique o preço.

16 de setembro de 2008

Erdinger Pikantus

Já comentei um pouco sobre a cervejaria Erdinger em post do dia 27/07/2008. Hoje apresento sua versão bock de trigo, a Erdinger Pikantus. É uma cerveja bem marcante pra pessoas que gostam da bebida. É forte e encorpada como exige o estilo. Aliás, trata-se de um estilo que aprecio bastante. Seguem as impressões desta weizenbock:

Erdinger Pikantus
Família – Ale
Estilo – Weizenbock
Teor de álcool – 7,3%
Temperatura de serviço – não menos que 6 graus
Cor – Castanho bastante escuro/marrom.
Espuma – Bastante cremosa com boa formação e ótima duração, bege.
Aroma – Malte torrado, ameixa, fermento, doce, caramelo.
Sabor – Malte torrado, ameixa seca, encorpada, doce, bem carbonatada, residual amargo leve.
Veredicto – Uma das melhores weizenbock que experimentei! Só fica atrás da Vitus! Como já disse, questão de gosto. Como todas as outras cervejas Erdinger, esta também segue a lei de pureza Alemã.

15 de setembro de 2008

Backer Brown aroma chocolate

Já foram degustados os estilos pale ale e trigo da Backer. Neste post avalio a Brown, que é uma cerveja de alta fermentação, ao contrário do que afirmam alguns profissionais em revistas especializadas. Um pouco da história da cervejaria Backer pode ser lida no post do dia 22/07/2008. As impressões da Brown aroma chocolate:

Backer Brown
Família – Ale
Estilo – Brown Ale
Teor de álcool – 4,8%.
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Marrom escuro.
Espuma – Boa formação e pouca duração, bege clara.
Aroma – Chocolate, doce, leve café.
Sabor – Corpo médio, gosto de chocolate inicial com suave café, média carbonatação.
Veredicto – Cerveja diferente. Para chegar no sabor bastante forte e notável de chocolate utiliza-se aroma natural de .... adivinhem???CHOCOLATE. É uma boa opção para acompanhar sobremesas à base de CHOCOLATE(lógico). Conheço algumas pessoas que ficaram surpresas depois de provar esta cerveja. Vale a pena experimentar!!!

11 de setembro de 2008

Hofbräu Original - HB

A cervejaria alemã Hofbräu pertence à prefeitura de Munique e nos seus mais de 400 anos de existência, sempre foi a cerveja oficial da Corte Real Bávara. Tem em Munique, a maior choperia do mundo, o Hofbräuhaus, que recebe em média 1,2 milhões visitantes por ano onde são servidos aproximadamente 5.000 litros de chope por dia.
A Hofbräu München, carinhosamente chamada HB foi fundada em 1589 por Wihelm V, Duque da Baviera. Desde então o consumo das cervejas produzidas só aumentou contribuindo para a mudança da fábrica de local seguida de uma grande reforma em 1896/97.
Bombardeada em 1944, na segunda guerra mundial, teve sua reconstrução iniciada logo após o final da guerra, em 1945, com a conclusão da cervejaria somente em 1958.
Uma moderna fábrica foi construída em Riem, inaugurada em 1988 com ampliação em 1995.
Essa histórica cervejaria exporta suas cervejas para o Brasil desde 2006. Bem no início era possível encontrar também suas versões de trigo e a munich dunkel. Hoje somente podemos apreciar a Original (clara de Munique) e a Oktoberfestbier (märzen). Todas seguem a lei de pureza alemã de 1516.
Degustei a Original e declino minhas impressões:

Hofbräu Original
Família – Lager
Estilo – Clara de Munique (Helles)
Teor de álcool – 5,1%
Temperatura de serviço – 3 a 4 graus.
Cor – Dourada clara.
Espuma – Ótima formação e boa duração.
Aroma – Lúpulo, frutado, pouco malte.
Sabor – Corpo médio, boa carbonatação, início amargo do lúpulo com final doce de malte, picante.
Veredicto – Muito boa cerveja para os apreciadores desse estilo! Vale a pena experimentar para perceber a diferença desta para uma pilsen.