29 de novembro de 2009

Eikbier Weizen

A empresa Rezende Carvalho Ind. Com. Bebidas Ltda, situada em Taboão da Serra/SP, produz as cervejas de nome Eikbier, vem do neerlandês “eik” (dialeto falado na bélgica), que significa carvalho, em uma direta alusão ao nome de família dos fundadores da cervejaria.
Atualmente a Eikbier produz artesanalmente quatro cervejas: Golden, Weizen, Red Ale e Porter. Todas são refermentadas e carbonatadas naturalmente na garrafa. No site da cervejaria, quando tratam dos cuidados no momento de servir as cervejas, são expressos em dizer que o fermento depositado no fundo das garrafas pode ou não ser servido. O que, diga-se de passagem, é uma grande verdade. Vai depender de como o degustador quer sua cerveja, mais turva com gosto mais acentuado do fermento, ou não. Seguem as impressões da versão de trigo da paulista Eikbier:

Eikbier Weizen
Deg. 18/11/2009
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (de 4 a 7 graus, pela cervejaria)
Cor – Alaranjado escuro/cor de mel, turva.
Espuma – Boa formação e boa/média duração.
Aroma – Doce, leve cravo, leve fermento, cítrico.
Sabor – Leve corpo e ótima carbonatação, frutado e cítrico, cravo, (laranja?), doce equilibrado.
Veredicto – Interessante cerveja de trigo artesanal. Encontrei características, como sabor de laranja, que não são comuns ao estilo. É bem leve e fácil de beber. Trata-se de uma nova cervejaria que está produzindo cervejas artesanais de boa qualidade. Vale experimentar. O problema é o custo benefício: uma Weihenstephan, uma das melhores weizen alemãs, pode ser encontrada por R$ 7,75. A Eikbier Weizen, por R$ 10,50.

25 de novembro de 2009

Gribousine Blonde

Já falei um pouquinho em post anterior sobre as Gribousine e as Abbaye de Malonne. Hoje trago todos os sentimentos da Gribousine Blonde, uma strong golden ale. Quer saber da bruxinha que compõe o rótulo da cerveja???? Leia o post do dia 17/11/2009. Seguem as impressões de mais uma boa cerveja belga:

Gribousine Blonde
Deg em 14/11/2009
Família – Ale.
Estilo – Strong Golden Ale
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (para cervejaria de 7 a 10 graus)
Cor – Alaranjada, turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege.
Aroma – Fermento, frutada/frutas cristalizadas, maçã, leve álcool, condimentos, doce evidente.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, leve álcool, sensação quente, cravo, (noz moscada?), laranja, pouco licorosa, leve amargor final de lúpulo com retrogosto levemente doce.
Veredicto – Típico exemplar do estilo strong golden ale, com aroma bastante frutado com destaques para a maçã e a laranja. O álcool é evidente mas não atrapalha a cerveja como um todo. De qualquer forma, existem outras do estilo melhores.

22 de novembro de 2009

Batemans XXXB (Triple XB)

A inglesa Batemans, localizada ao redor de um velho moinho de vento na cidade de Wainfleet, Lincolnshire, é uma cervejaria familiar e independente, fundada em 1874 pelo avô do atual diretor da empresa. Uma rusga na família quase causou o fechamento da Batemans nos anos 80. É conhecida por produzir boas e honestas ales. Em 2002 inaugurou uma nova sala de brassagem, continuando a fazer boas cervejas. Por hora, quatro versões da Batemans estão disponíveis no Brasil. Seguem as impressões, pra começar, da Batemans XXXB (Triple XB):

Batemans XXXB (Triple XB)
Deg em 17/10/2009
Família – Ale.
Estilo – ESB (Extra Special Bitter)
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Cobre. Turva no último copo remetendo a um marrom claro
Espuma – Média formação e média duração, bege/dourada.
Aroma – Frutada, doce, madeira, leve lúpulo, maltes
Sabor – Médio corpo, baixa carbonatação, doce, caramelo, (torrado??), madeira, médio amargor de lúpulo com final também agradavelmente amargo.
Veredicto – Autêntica ESB. O único detalhe que faria não classificá-la como tal, é o fato de ter médio e não alto, aroma e paladar de lúpulo. De resto, no que diz respeito a cor, teor alcoólico, corpo, sabor de madeira, caramelo, etc, tudo indica para o ESB . Esta cerveja foi medalha de ouro no Winner Internacional Beer Awards. Gostei das Batemans.

19 de novembro de 2009

Chimay Red/Bruin (Dubbel)

Já postei a versão tripel da cervejaria trapista belga, Chimay (lê-se “Ximé”). Hoje analisei a versão dubbel. Trata-se da Chimay Red, cujas impressões passo a expor, lembrando que um pouco sobre a cervejaria pode ser lido em post anterior:

Chimay Red/Bruin
Deg. em 06/11/2009
Família – Ale
Estilo – Dubbel (Authentic Trappist)
Teor de álcool – 7,0 %
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus. (pela cervejaria, 10º C a 12º C ou mais ou menos 8ºC, caso queira uma refrescância maior)
Cor – Marrom escuro avermelhado, turva
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Doce, toffee, leve torrado, maltes, cereja, ameixa, (fermento?), frutado.
Sabor – Médio corpo, média/baixa carbonatação, leve amargor, doce dos maltes, levíssimo torrado, frutas vermelhas/cereja, caramelo, final agradavelmente amargo e seco.
Veredicto – Muitos atirarão pedras, mas esta também não é uma das melhores dubbel que já degustei. Das trapistas é a última da lista. Exceção da cervejaria é a Chimay Blue, que é muito boa.

17 de novembro de 2009

Abbaye de Malonne Blonde

A Brasserie (Cervejaria) de Malonne que fica na pequena vila de Malonne na Bélgica foi fundada em 1998 e além de praticar vendas no atacado, distribui algumas marcas de cervejas belgas, como as trapistas Chimay e Achel.
A Malonne detém duas marcas de cerveja que são produzidas por outras cervejarias sob a sua licença, quais sejam, a Gribousine, nas versões Blonde de Malonne e Brune de Malonne (ambas disponíveis em nosso país) e a Abbaye de Malonne, nas versões Brune e Blonde (esta segunda também encontrada no Brasil). O nome Gribousine se deu por conta de uma moça de mesmo nome que viveu em Malonne e, por ser muito mau humorada, todos passaram a achar que ela fosse uma bruxa. A bruxinha voando sobre uma pá cervejeira para mistura de mosto compõe o rótulo das cervejas. Degustei as três cervejas da Malonne disponíveis e iniciarei a exposição de minhas impressões pela Abbaye de Malonne Blonde:

Abbaye de Malonne Blonde
Deg em 09/01/2009
Família – Ale.
Estilo – Blond Ale
Teor de álcool – 6,3%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Mel, levemente turva.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Malte, doce, leve laranja (cristalizada), fermento, levíssimo álcool.
Sabor – Corpo médio/ encorpada, boa carbonatação, leve álcool, leve amargor de lúpulo, frutada, quente, doce residual sem ser enjoativo.
Veredicto – Recomendo esta boa belguinha. É uma cerveja doce, mas não enjoativa. O melhor é o fato de ser uma cerveja com característica bastante artesanal, inclusive o rótulo remete a isso...

15 de novembro de 2009

Drácula's Stout

Com todo entusiasmo e alegria apresento aos colegas do Santa Cerveja !! um pão líquido especial. Sim, especial porque foi produzido por mim. Depois de algumas tentativas frustradas, consegui a receita de uma stout como sempre objetivei. Claro que não seria pretensioso ao ponto de avaliar minha própria cerveja. Desta forma, a missão ficou a cargo de Vivi Haicki, minha esposa. Seguem as impressões da Drácula’s Stout:

Drácula’s Stout
Deg. 14/11/2009
Família – Ale.
Estilo – Stout.
Teor de álcool – 4,0%
Temperatura de serviço – 4 a 7 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Boa formação e média duração, dourada.
Aroma – Maltes, torrado, café, lúpulo floral.
Sabor – Encorpada, baixa carbonatação, torrado, café, amargor do malte torrado, amargor final pronunciado.
Veredicto – (Comentário meu). Esta stout ficou boa, considerando que ainda sou iniciante na arte de fabricar cervejas!!! Pretendo fazer algumas correções, principalmente no que diz respeito ao amargor, que pode ser menos pronunciado e aumentar o teor alcoólico para uns 6,0%. No geral nota 3 de 5.

11 de novembro de 2009

Coopers Extra Strong Vintage Ale

Ainda faltava expressar meus sentimentos à respeito de uma especialíssima cerveja da boa cervejaria australiana Coopers. Estou falando da Coopers Extra Strong Vintage Ale, uma bela ale inglesa forte, que ao que tudo indica, deve melhorar com o tempo de guarda. Por isso dizemos que é uma “vintage”, cerveja que evolui com a guarda. Seguem as impressões desta ótima cerveja que passa pelos processos de fermentação e maturação prolongados:

Coopers Extra Strong Vintage Ale
Safra 2008
Deg. 07/11/2009
Família – Ale
Estilo – English Strong Ale/ Old Ale (vintage ale)
Teor de álcool – 7,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Um belo castanho, turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa e bege.
Aroma – Frutada, (madeira/vinho?), doce, leve lúpulo, mel.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, amargor do lúpulo marcante e agradável, doce equilibrado dos maltes, frutada, (nozes?)
Veredicto – Cerveja que não deixa transparecer o álcool que tem, apresentando ótimo drinkability. Todas as Coopers, com exceção da Pale Ale que é menos expressiva, que chegaram ao Brasil são boas. Acontece que esta é especial e diferenciada. O fabricante afirma que esta Coopers atinge seu “ápice” depois de dezoito meses de guarda. Tenho meus exemplares descansando para conferir mais pra frente... Santa Cerveja !!

8 de novembro de 2009

Chimay White (Tripel)

As cervejas produzidas na Abadia Notre-Dame de Scourmont, no sul da Bélgica, foram batizadas de Chimay, nome de uma pequena cidade belga próxima a abadia. Essas cervejas trapistas fazem parte de um seleto grupo de cervejas produzidas por apenas sete monastérios no mundo todo, que podem utilizar o selo de produtos autênticos trapistas. O monastério foi fundado em 1850 e produziu a primeira cerveja em 1864 (alguns autores indicam o início de produção em 1861 e outros ainda, em 1862) com a modernização das instalações na década de 90. Além das cervejas a abadia também produz quatro tipos e queijos muito famosos.
Quatro são as cervejas produzidas pela Chimay, sendo que uma delas, uma ale clara com apenas 4,5% de álcool, não é vendida, pois é consumida exclusivamente pelos monges.
As outras três versões são: a Chimay Red, uma dubbel, envasada em garrafas de 330 ml, com rótulo vermelho e em garrafas de 750 ml, arrolhadas, quando recebem o nome de Première; a Chimay White, uma tripel, também disponível na simpática garrafinha de 330 ml, com rótulo branco e em garrafas arrolhadas de 750 ml, com a denominação Cinq Cents (homenagem aos 500 anos da cidade de Chimay, completados em 1986, mesmo ano do início da produção do estilo); e a Chimay Blue, uma cerveja vintage, strong dark ale, encontrada nas pequenas garrafas de rótulo azul, nas de 750 ml com o nome de Grande Reserve e ainda em garrafas de 1500ml e 3000ml, com mesmo nome. Esta última é a versão safrada da Chimay. Degustei as três versões disponíveis, mas hoje trago as impressões da Chimay White, pra começar:

Chimay White (Tripel)
Deg. em 06/11/2009
Família – Ale
Estilo – Tripel (Authentic Trappist)
Teor de álcool – 8,0 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus. (6º C a 8º C pela cervejaria)
Cor – Alaranjada escura, turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Maltes, cítrica, maçã, leve álcool, doce.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, álcool evidente, maltes, levemente doce, pronunciado amargor final, retrogosto também amargo e seco.
Veredicto – Não é a melhor Chimay. Também não é minha tripel favorita. As versões para o estilo fabricadas pela La Trappe, Westmalle e Achel são melhores, mais intensas, mais marcantes...

5 de novembro de 2009

Bock Damm

Hoje posto a derradeira cerveja, pelo menos por hora, da espanhola Damm. Estou falando da Bock Damm cujas impressões passo a expor:

Bock Damm
Deg. 23/10/2009
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel (também classificada como Bock)
Teor de álcool – 5,4%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Marrom escuro avermelhado .
Espuma – Ótima formação e boa duração, dourada.
Aroma – Caramelo e doce.
Sabor – Médio corpo, baixa carbonatação, levíssimo torrado, levíssimo amargor, leve doce e final levemente amargo.
Veredicto – Cerveja pobre em aroma e sabor. É a pior cerveja da Damm. Inicialmente preparei-me para degustar uma bock (veja pelo copo utilzado), mas apresentou-se mais perecida com uma Escura de Munique, de média qualidade, diga-se de passagem.

1 de novembro de 2009

1795 Dark

A cervejaria mais antiga da cidade checa de Budweis é a Budweiser Bier Bürgerbräu, que foi fundada em 1795. Durante o regime comunista as cervejas produzidas pela referida cervejaria precisaram mudar de nome para Crystal e Samson. Os nomes originais foram retomados em 1991. Devido às disputas com a americana Anheuser-Busch e com a checa Budweiser Budvar, pelo nome do produto a companhia vende suas cervejas com o nome B.B. Bürgebräu nos Estados Unidos e B.B. Budweiser Bier na Europa. No Brasil podem ser encontradas as versões 1795 "clara" e 1795 Dark. Seguem as impressões da boa cerveja 1795 Dark:

1795 Dark
Deg. 25/10/2009
Família – Lager
Estilo – Dark American Lager.
Teor de álcool – 4,5%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro (lembra coca-cola).
Espuma – Média formação e duração, dourada.
Aroma – Doce evidente, torrado, toffee/caramelo, (chocolate???) .
Sabor – Médio/leve corpo e baixa carbonatação, doce pronunciado, leve torrado, caramelo, leve café, leve amargor final.
Veredicto – Considerando-se o estilo, pode-se dizer que é uma boa cerveja. É bastante doce (mas não só), lembrando as cervejas escuras normalmente encontrada nos bares. A carbonatação também é pouca o que intensifica o dulçor. Por ser uma lager, é bem aromática e até saborosa.