29 de março de 2010

Westmalle Dubbel

Já falei um pouco sobre a cervejaria trapista Westmalle em 06/10/2009. Na mesma ocasião tratei da versão Tripel produzida por ela. Hoje passo as impressões da Westmalle Dubbel:

Westmalle Dubbel
Deg. 26/03/2010
Família – Ale
Estilo – Dubbel (Authentic Trappist)
Teor de álcool – 7,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.(o rótulo indica de 8 a 14 graus)
Cor – Castanho avermelhado, levemente turva.
Espuma – Ótima formação e duração.
Aroma – Baunilha, chocolate, torrado, frutas pretas, madeira, ameixa.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, baunilha, chocolate, frutas pretas, doce, (nozes?), toffee, sensação quente, levíssimo álcool, amargor final agradável .
Veredicto – O nome do estilo foi dado pela Westmalle para diferenciar da cerveja que os monges bebiam diariamente e que era mais fraca no que diz respeito ao álcool. Excelente Dubbel. A versão tripel já era boa e esta veio para enaltecer de vez a cervejaria trapista Westmalle. Bastante rica em aroma e sabor, principalmente remetendo à baunilha. Seu creme também é duradouro acompanhando o líquido até o último gole. Interessante drinkability. Santa Cerveja !!

25 de março de 2010

Dado Bier Lager

A Cervejaria Dado Bier iniciou suas atividades em Porto Alegre/RS em 1994. Foi considerada a primeira cervejaria a fabricar produtos artesanais seguindo a Reinheitsgebot, a lei de pureza da Baviera de 1516, que determinava que para fazer uma cerveja, somente poderiam ser utilizados água, malte, lúpulo e levedura. Ainda não havia postado nenhuma Dado Bier e seu portfolio é considerável. Fabrica as seguintes cervejas: Dado Bier Lager, Original, Weiss, Royal Black, Red Ale, Belgian Ale e Ilex (esta com adição de mate). Seguem as impressões da Dado Bier Lager:

Dado Bier Lager
Deg. 06/02/2010
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (também classificada como Premium American Lager)
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada.
Espuma – Média formação e pouca duração.
Aroma – Malte, leve lúpulo floral, pão.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, doce do malte, levíssimo amargor de lúpulo.
Veredicto – A Dado Lager tinha como objetivo lançar uma pale lager suave, para conseguir chegar a “massa” de consumidores de cerveja, acostumados com versões não tão especiais. O objetivo foi alcançado, sendo uma cerveja refrescante, com aroma e sabor leves de malte. É uma cerveja mais fácil de beber e não segue a lei de pureza que as outras Dado seguem.

21 de março de 2010

Wäls Quadruppel

E finalmente posto a versão quadrupel da cervejaria mineira Wäls. E assim como todas as outras versões produzidas pela cervejaria é uma delícia. Além de ser uma cerveja marcante, não só pelo teor de álcool, traz a inusitada maturação com chips de carvalho que foram embebidos em cachaça mineira, o que faz com que esta quadrupel tenha um charme e um diferencial das outras encontradas no mercado, que diga-se de passagem todas as outras são importadas. Outro detalhe importante é que esta cerveja passa pelo processo de dry hopping, agregando ainda mais singularidade a ela. Lembro sempre que um pouco da história da cervejaria pode ser lida em posts anteriores. Seguem as impressões da Wäls Quadruppel:

Wäls Quadruppel
Deg. 16/01/2010
Família – Ale
Estilo – Quadrupel (também classificada como strong dark ale)
Teor de álcool – 11%.
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus.
Cor – Marrom avermelhado/rubi, apresenta partículas em suspensão.
Espuma – Excelente formação e ótima duração, cremosa, bege.
Aroma – Doce, maltes, (chocolate?), álcool, frutas pretas/ameixa, frutas secas, toffee, madeira, fermento.
Sabor – Encorpada, baixa carbonatação, ameixa, doce, álcool, sensação quente, toffee, maltes, (chocolate??), agradável e equilibrado amargor final .
Veredicto – A Wäls conseguiu fazer uma outra cerveja tão boa quanto a sua Dubbel. Me surpreendeu positivamente. Mas é um exemplar pra quem já está acostumado com cervejas boas e especiais. Os chips de carvalho e a cachaça mineira utilizados nesta receita fazem a diferença. O álcool, que remete à cachaça, é muito bem inserido. Portanto, os desavisados que se cuidem... O creme da Wäls Quadruppel também é um fator muito positivo, denso e duradouro. Excelente cerveja. Santa Cerveja !!

18 de março de 2010

Gouden Carolus Classic

Mais uma Carolus, desta vez a clássica, um belo exemplar de strong dark ale. Um pouco sobre a cervejaria, em post anterior. Seguem as impressões da belga Gouden Carolus Classic:

Gouden Carolus Classic
Deg. 06/02/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus (cervejaria indica de 7 a 10 graus)
Cor – Marrom avermelhado
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, cremosa
Aroma – Madeira, torrado, nozes, frutas secas, doce, chocolate, frutas vermelhas.
Sabor – Encorpada, aveludada, média carbonatação, chocolate, doce, nozes, quase as mesmas sensações do aroma, tirando as frutas vermelhas, leve amargor final e achocolatada.
Veredicto – Complexa e excelente cerveja deste maravilhoso estilo. Mesmo complexa é a cerveja mais equilibrada que degustei. É possível sentir os vários sabores apresentados em perfeita harmonia. Nada sobrepõe nada!! Nem os 8,5% de álcool são percebidos de forma agressiva, pelo contrário está muito bem inserido em todo o contexto. A questão é como algo encorpado pode ser tão leve???? Estranho???? Pois experimente Carolus Classic, talvez você entenda. Santa Cerveja !!

14 de março de 2010

Sepultura 25th Weiss Anniversary Edition

Já era sabido que o Andreas, integrante do Sepultura, a maior banda de heavy metal do Brasil e uma das melhores do mundo, é fã de uma boa cerveja. O que ninguém esperava era que para comemorar os 25 anos de banda, o grupo decidisse lançar sua própria cerveja. Trata-se de uma weiss, ou cerveja de trigo, que é produzida pela Fábrica do Chopp, uma microcervejaria de São Paulo/SP. Pra mim, uma grata surpresa, já que sou fã do Sepultura.
As cervejas são vendidas em kits que contém duas garrafas de cerveja, um copo e sete porta copos, tudo personalizado com o símbolo da banda. Realmente, ¼ de século não é pra qualquer um... Seguem as impressões da Sepultura 25th Weiss Anniversary Edition:


.....................................................O Kit Sepultura Weiss

Sepultura 25th Weiss
Deg. 13/03/2010
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 4,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Laranja, turva, apresentou aspecto leitoso.
Espuma – Média formação e pouca duração.
Aroma – Banana mais intensa, pouco cravo, fermento, leve “azedo”.
Sabor – Médio/leve corpo e média/baixa carbonatação, fermento, banana, leve cravo e leve amargor.
Veredicto – O preço do Kit não justifica a cerveja. Bastante artesanal. Cerveja de trigo bem levinha em sabor e aroma mas falta carbonatação, pois apresenta pouco pro estilo. O aroma “azedo” também não é característico do estilo weiss.

8 de março de 2010

Paulaner Hefe-Weiβbier (Barrilete)

Depois de algum tempo sem falar da alemã Paulaner, trago uma versão em barrilete que com certeza me fará comprar outro. Seguem as impressões da Paulaner Hefe-Weiβbier em Barrilete:

Paulaner Hefe-Weiβbier (Barrilete)
Deg. 27/02/2010
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Cor de mel, alaranjada.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa.
Aroma – Doce, banana, levíssimo cravo, fermento, (torrado??).
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, banana, fermento, levemente amarga no final.
Veredicto – Muito bom exemplar de trigo alemão. Esta Paulaner em barril me pareceu mais cremosa do que as envasadas em garrafas. Com excelente creme, não desamparando a cerveja até o último gole.

4 de março de 2010

Gouden Carolus Triple

A história da famosa e tradicional cervejaria belga Het Anker (“A Âncora”, em holandês) tem início em 1369, porém a família Van Breedam assumiu o controle da fábrica em 1873, mantendo-se a frente dos negócios até os dias atuais. As receitas antigas ainda são a base das cervejas produzidas atualmente.
As quatro cervejas da linha Gouden Carolus estão disponíveis no Brasil, quais sejam, Gouden Carulos Classic, Ambrio, Tripel e Hopsinjoor. Também é possível encontrar a Cuvée Van de Keizer Blauw e a Rood, maravilhosas cervejas que tratarei em postagem futura, além da Margriet, uma cerveja especial que leva rosas em sua formulação. Também podem ser encontradas a Carolus Easter Beer e a Gouden Carolus Christimas. Começamos com as impressões da Gouden Carolus Triple:

Gouden Carolus Triple
Deg. 22/01/2010
Família – Ale
Estilo – Tripel
Teor de álcool – 9,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Alaranjada, levemente turva.
Espuma – Ótima formação e excelente duração, muito cremosa.
Aroma – Especiarias, cítrico, maçã, fermento, doce.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce inicial equilibrado, especiarias/ cravo, álcool, laranja, sensação quente, (fermento?), (coentro?), amargor final extremamente agradável.
Veredicto – Versão tripel da cervejaria, nesta postagem ainda com o rótulo antigo. Excelente cerveja. Uma das mais equilibradas que já degustei. Embora seja representante de um estilo marcante, consegue agregar suavidade com personalidade na medida exata. O álcool é extremamente bem inserido nesta cerveja. O creme desta tripel é fantástico, acompanhando a cerveja até o último gole. E o belgian lace??? Nota 10. Santa Cerveja !!

1 de março de 2010

Schmitt Sparkling Ale

Já havia falado um pouco sobre a boa cervejaria de Porto Alegre. E corri atrás da versão Sparkling, que não é fácil e achar, assim como a nova versão de trigo produzida pela Schmitt. Mas é aquela história, nós que adoramos cerveja vamos sempre dar um jeito de “caçar” as versões que nos interessam. Seguem as impressões da Schmitt Sparkling Ale:

Schmitt Sparkling Ale
Deg. 15/02/2010
Família – Ale
Estilo – American Pale Ale com mais carbonatação
Teor de álcool – 4,5
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus ( de 0 a 5 graus pela cervejaria)
Cor – Amarela, levemente turva.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa, branca.
Aroma – Fermento, pêra, abacaxi, nuances de temperos/ manjericão, vinho branco.
Sabor – Médio/leve corpo, alta e fina carbonatação, seca, abacaxi, cítrica, (alecrim?), levíssimo amargor final.
Veredicto – Muito boa cerveja. O objetivo de chegar a uma cerveja refrescante a bem “sparkling” foi alcançado. Ainda apresenta notas de temperos que dão um charme a esta ale de Porto Alegre. Não é complexa mas é bem “redondinha”, agradável.
Não quero deixar ninguém de cabelo em pé, mas esta versão da Schimtt me remeteu, vejam bem e cuidado com esta minha colocação, remeteu a cerveja DeuS, por conta dos temperos. Vale experimentá-la.