31 de março de 2012

Malheur Dark Brut

Com certeza, dos rótulos da belga Malheur, as versões clara e escura do estilo Brut, se destacam por serem produzidos através do método original champenoise, o mesmo utilizado para a produção de champagne. Estas cervejas são feitas na cervejaria, na Bélgica. Depois passam pela segunda fermentação e processo de rémuage em Epernay, na França. O processo todo leva de cinco a seis meses. Pra quem ainda não entendeu, são cervejas feitas se valendo do mesmo processo que a também belga DeuS e as brasileiras Lust e Lust Prestige utilizam. Consegui a versão escura, que tem como base a Malher 12, uma strong dark ale já degustada pelo Santa Cerveja !! Seguem as impressões da Malheur Dark Brut:

Malheur Dark Brut
Deg. 31/03/2012
Família – Ale
Estilo – Biere Brut/ Biere de Champagne.
Teor de álcool – 12,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Marrom, castanho escuro.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, perlage lembrando champagne.
Aroma – Àlcool, lúpulo moderado, frutada, frutas pretas, ameixa, torrado, caramelo, chocolate, picante.
Sabor – Médio/ leve corpo e boa carbonatação, álcool evidente, adocicada, frutada, boa acidez, sabor e amargor de lúpulo, moderadamente maltada, final de álcool e ácida.
Veredicto – Ótima cerveja de estilo caro e com muito a oferecer sensorialmente. A única escura das bierre brut disponíveis no mercado. O que chama a atenção nesta receita é que o aroma refrescante e o amargor de lúpulo se fazem até moderadamente presentes. Agradável, elegante, surpreende até o mais cético amante de vinhos! Ahhhh cerveja...não existe bebida melhor! Somado a tudo uma agradável doçura dos maltes. Vale demais experimentar este rótulo. Santa Cerveja!!

27 de março de 2012

Köstritzer Schwarzbier

A cerveja Köstritzer Schwarzbier foi considerada um alimento saudável por séculos. Fundada em 1543, a Köstritzer Schwarzbierbrauerei produzia a boa cerveja escura recomendada por médicos. Porém, a fábrica começou a produzir uma pils, para o mercado regional. Então rumores surgiram, o estilo schwarbier desapareceria, considerando o sucesso da pilsen. Mas o grupo Bitburger assumiu o controle da cervejaria em 1991 e agiu no sentido de divulgar o estilo de cerveja escuro. Até pouco tempo atrás a Köstritzer Schwarzbier correspondia a mais da metade de toda a produção do estilo na Alemanha. Seguem as impressões da Köstritzer Schwarzbier:

Köstritzer Schwarzbier
Deg. Quando degustei este rótulo, não registrava a data. Provavelmente em meados de outubro de 2008.
Família – Lager
Estilo – Schwarzbier
Teor de álcool – 4,8%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Marrom escuro, quase preta.
Espuma – Boa formação e boa/ média duração, bege escura.
Aroma – Chocolate, torrado, caramelo, adocicada, levíssimo lúpulo, café.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, amargor de malte torrado e lúpulo, adocicada, caramelo, café.
Veredicto – Não há como dizer que esta cerveja seja algo diferente de um ícone. Sem dúvida uma das melhores, senão a melhor cerveja do estilo. Excelente custo/ benefício, definitivamente recomendada. Santa Cerveja!! 

24 de março de 2012

Maisel's Weisse Original

Esperei mais desta versão da Maisel do que ela pode me oferecer. Mas, longe de ser ruim!!!! Cumpre seu papel provando definitivamente que a Alemanha é uma das tradicionais escolas cervejeiras. Seguem as impressões da Maisel’s Weisse Original:

Maisel’s Weisse Original
Deg. 20/03/2012
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool –  5,2 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Bastante alaranjada/âmbar, turva.
Espuma – Média formação e média duração, bege.
Aroma – Cravo intenso, picante, banana, doce, fermento.
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, banana, cravo, cítrico, fermento, adocicada, leve amargor.
Veredicto - O creme fica a desejar nesta versão que é mais intensa do que as outras do mesmo estilo encontradas no mercado. Estou falando da weizen tradicional mesmo, ou seja, mais alaranjada, com mais banana, mais cravo, mais corpo e sem adição de fermento de baixa para refermentação na garrafa. Isso mesmo, fermento lager para refermentar na garrafa. É o que acontece com as Erdinger, por exemplo (com exceção da versão Urweisse. Nesta Maisel faltou mesmo o creme mais bonitão!! Mas mesmo assim, vale a experiência.

21 de março de 2012

Maisel's Weisse Dunkel

Simplesmente a melhor escura de trigo alemã que já degustei. Sem, no entanto, menosprezar as outras do estilo que também são muito boas! Seguem as impressões da Maisel’s Weisse Dunkel:

Maisel’s Weisse Dunkel
Deg. 13/03/2012
Família – Ale
Estilo – Weizenbier Dunkel.
Teor de álcool – 5,2 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Castanho escuro/marrom, turva.
Espuma – Boa formação e  boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Leve defumado, caramelo, doce, frutada, banana caramelada, torrado, (nozes??), especiarias.
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, frutada, baunilha, doce equilibrado, caramelo, torrado, certa acidez, (castanhas?), (leve adstringência?).
Veredicto – Talvez, a melhor de trigo escura que tenha degustado até então!! São muito boas essas surpresas agradáveis. Diferente de outras do estilo por trazer sabor de baunilha, notas defumadas e de frutas secas. Supera as expectativas dos mais apaixonados pelo estilo. Santa Cerveja !! 

19 de março de 2012

Maisel's Weisse Hell

A Maisel, cervejaria alemã fundada em 1887, inicialmente produzia cerveja de baixa fermentação. Somente em 1955, a primeira receita de trigo, uma Kristall Weizen (clara e filtrada), conhecida como “Champagnerweizen”, passou a fazer parte dos rótulos produzidos pela Maisel. E foi justamente a cerveja de trigo que fez desta empresa, uma das mais conhecidas e tradicionais produtoras do estilo. Seguem as impressões da Maisel’s Weisse Hell:

Maisel’s Weisse Hell
Deg. 13/03/2012
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Âmbar/alaranjada, turva.
Espuma – Ótima formação e ótima/boa duração, bege claro, cremosa.
Aroma – Frutada, fermento evidente, banana, cravo, doce, cítrico.
Sabor – leve corpo e alta carbonatação, fermento e cravo evidentes, banana, frutada, doce, leve adstringência, boa acidez, retrogosto de fermento.
Veredicto – Acho bonita esta cor para cervejas de trigo. Ótimo creme e bem fácil de beber! Sem muito a dizer de uma boa pedida pra quem gosta de cervejas de trigo alemãs tradicionais.

15 de março de 2012

Mongozo Coconut

Mongozo é mais uma linha de cervejas comercializada pela belga Huyghe que apresenta uma gama de rótulos com sabores exóticos e também uma lager premium (a Premium Pilsener). Ingredientes como quinua e coco, são utilizados nas receitas e vou dizer, surpreendem positivamente. Existem cincosurpresas” disponíveis: Mango, Banana, Quinua (o grão de ouro dos Andes), Palmnut (uma castanha africana) e a Mongozo Coconut, da qual seguem as impressões:

Mongozo Coconut
Deg. 23/02/2012
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer (ou Specialty Beer).
Teor de álcool – 3,6 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo palha, turva.  .
Espuma – Boa formação e duração, branca, cremosa.
Aroma – Coco evidente, adocicada, maria mole.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, coco, doce, maria mole, levíssimo amargor, levíssima acidez, quinua, (provavelmente sugestionado).
Veredicto – Sabendo que a base da Mongozo Coconut é a Mongozo Quinua, não descarto a possibilidade de ter sido sugestionado quando percebi o referido grão. Além da quinua esta receita leva coco, açúcar, e obviamente água, malte, lúpulo e fermento. Bastante interessante este rótulo. Antes de prova-la pensava que o coco se apresentaria muito artificial, mas me equivoquei! É bem agradável! Porém trata-se de uma cerveja para ser degustada pura e simplesmente... ou harmonizando-a com maria mole, rsrsrsrs!!!

13 de março de 2012

Floris Kriek

Vejam a riqueza de sabores da linha Floris: Chocolat, Cactus (com laranja e tequila), Honey, Passion, Nink e Berry (várias frutas com evidência para pêssego e damasco), Mango, Framboise, Apple, Wit Blanche (a tradicional belga de trigo), Fraise (postada anteriormente) e uuffaaa!!! Seguem as impressões da Floris Kriek:

Floris Kriek
Deg. 23/02/2012
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer (wheat beer)
Teor de álcool – 3,6  %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Vermelho/ rubi, leve turbidez.
Espuma – Boa formação e média duração, rosada, cremosa.
Aroma – Cereja intenso, “gelatina de cereja”.
Sabor – Leve corpo, boa carbonatação, menos adocicada que a Fraise e mais ácida, refrescante, retrogosto bastante ácido, mas agradável.
Veredicto – A cor é muito bonita, e já te faz salivar! Aroma de cereja é intenso e agradável! Mais gostosa que a versão com morango. Outra boa opção para sobremesas de frutas ou com bolo de chocolate. Pelo que percebi até então, as Floris, são cervejas fáceis para “brincar com harmonização”. Apresenta um bom belgian lace.

11 de março de 2012

Floris Fraise

Em 15 de julho de 2010, falei um pouco da Huyghe, que na época, disponibilizava apenas três rótulos no Brasil. Agora, as versões da cervejaria belga com frutas, de abadia e de Natal podem ser encontradas. A linha Floris possui rótulos que levam frutas, chocolate e mel nas receitas. Tratam-se de cervejas de trigo belga onde o coentro e a casca de laranja acabam dando lugar a framboesas, morangos, cerejas etc. Pelo que observei até então, as Floris se valem de 25% de suco da fruta proposta. Seguem as impressões da Floris Fraise:

Floris Fraise
Deg. 23/02/2012
Família – Ale
Estilo – Fruit Beer (base wheat beer)
Teor de álcool – 3,6 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Castanho claro avermelhada, média turbidez.
Espuma – Média formação e duração, rosada.
Aroma – Morango evidente lembrando bala da fruta, “batom de morango” .
Sabor – Leve corpo, boa carbonatação, adocicada, frutada com morango obviamente em evidência, acidez leve/ moderada proveniente da fruta, bala de morango, refrescante.
Veredicto – A base das versões Floris, pelo que estudei até então, é uma wheat beer, ou simplesmente uma cerveja de trigo belga sem adição de coentro e de casca de laranja, que são substituídos, neste caso, pelo suco de morango. Agrada de verdade, porque os sabores e aromas de morango, embora evidentes, não são enjoativos. Refrescante! É uma boa opção para sobremesas com frutas vermelhas, chocolate e creme.

6 de março de 2012

Scotch Silly

Hoje, a “vedete” da belga Silly!!! Simplesmente deliciosa e especial! Seguem as impressões da Scotch Silly:

Scotch Silly
Deg. 10/02/2012
Família – Ale
Estilo – Strong scotch ale (tradicional)
Teor de álcool – 8 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom, turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, “bolhas grandes”.
Aroma – Frutado, frutas escuras, ameixa, castanhas, avelã, caramelo, levíssimo álcool.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, maltada, bastante frutada, ameixa, caramelo, açúcar mascavo, leve amargor de lúpulo, levíssimo álcool, final seco.
Veredicto – Excelente cerveja! Muito frutada no aroma e sabor, porém as frutas são mais facilmente definidas no aroma. Uma delícia e muito fácil de beber mesmo com toda informação que apresenta. O lúpulo é lembrado pelo amargor, diga-se leve. Doce, mas não enjoa. Alcoólica, mas não “entorta”. Arrematada com final agradavelmente amargo e seco. Preciso dizer mais alguma coisa? Preciso: Santa Cerveja!!

3 de março de 2012

La Divine

A Brasserie Silly, situada em uma cidadezinha de mesmo nome na Bélgica, existe desde 1850 (alguns autores citam o ano de 1885 como o do nascimento da cervejaria), que inicialmente foi batizada de Meynsbrughen (sobrenome da família fundadora da cervejaria). A antiga sala de brassagem da empresa foi substituída em 2000 por uma mais nova, mas de segunda mão. Hoje a Silly produz várias cervejas, mas sem dúvida, seu principal rótulo é a Scotch Silly, uma strong scotch ale magnífica. Porém, trago hoje, outro rótulo da cervejaria belga. Seguem as impressões da La Divine:

La Divine
Deg. 07/02/2012
Família – Ale.
Estilo – Specialty Beer.
Teor de álcool – 9,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (rótulo sugere mais ou menos 8 graus).
Cor – Âmbar escuro. Mais turva quando mais fria.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa, bege.
Aroma – Frutada, doce, caramelo, frutas secas, nozes evidente, castanhas, (figo rami ?), laranja cristalizada, levíssimo álcool.
Sabor – Médio corpo/ encorpada, média/ baixa carbonatação, frutada, ranso de nozes, doce, caramelo, amargor moderado, figo, certa acidez, álcool.
Veredicto – A taça oficial desta cerveja é muito parecida com a da Petrus. Foi a primeira cerveja degustada de 2012. Uma cerveja com 9,5% de álcool interessantemente bem inserido no conjunto. Com boa carga maltada no sabor, o lúpulo faz as vezes, também equilibrando este rótulo. Forte, cremosa, rica em aroma e sabor, mas tranquilinha para beber! E diga-se, degustei a La Divine quando o clima estava bastante quente! Santa Cerveja!!