31 de janeiro de 2011

1795

Já analisamos antes, em 01/11/2009, a boa versão escura da 1795, quando também falamos um pouco da histótia da cervejaria. Agora percebi que faltava apresentar a principal atração da tcheca Budweiser Bier Bürgerbräu. Estou falando da 1795.
Referência mundial em cervejas Lagers, Budweis é cidade de origem de excelentes cervejas do estilo pilsner há mais de 700 anos. Fabricada sob rigorosos e tradicionais processos, a cerveja 1795 utiliza até hoje a receita original, atingindo os mais elevados padrões estabelecidos pela D.O.C (Denominação de Origem Controlada) determinados pela União Européia, exclusivamente para cervejas produzidas na cidade de Budweis. Seguem as impressões da 1795:

1795
Deg.21/12/2010
Família – Lager
Estilo – Bohemian Pilsener.
Teor de álcool – 4,7 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada intensa, límpida.
Espuma – Boa/média formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Maltes, lúpulo, mel intenso, doce.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce com amargor médio de lúpulo final, adstringente.
Veredicto – Mais uma cerveja da “terra das pilsen”!! Outra Bohemian Pilsner com diacetil bem presente no aroma lembrando mel e não manteiga como é mais comum. Não é a melhor, mas também é boa e tem ótimo custo/benefício. Uma média de R$10,00 a garrafa.

28 de janeiro de 2011

Svyturys Maksimum

Fiquei devendo a última da Svyturys. Esta versão considerada pelo BJCP como sendo uma specialty beer é para alguns, inclusive pra mim, uma malt liquor. Por hora, termino com as lituanas disponíveis no Brasil, torcendo para que outras novidades desembarquem por aqui. Seguem as impressões da Svyturys Maksimum:

Svyturys Maksimum
Deg. 05/12/2010
Família – Lager
Estilo – Malt Liquor.
Teor de álcool – 7,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Amarela/ dourada, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Doce, leve cítrico, maltes, levíssimo lúpulo, (leve picante??).
Sabor – Médio/leve corpo e média/baixa carbonatação, doce, maltes, licorosa com equilíbrio, leve álcool, médio amargor final do lúpulo.
Veredicto – Mais aromática que saborosa. Trata-se de um estilo (não reconhecido pelo BJCP) que não me agrada. Mas dentro da proposta, é uma boa cerveja!!! Por sinal, o álcool que costuma ser evidente nas malt liquor, nesta versão é até discreto, embora com 7,5% de potência.

25 de janeiro de 2011

DAB Original

Cheguei a conclusão que meu arquivo de cervejas pra postar tá bem legal, considerando que as vezes me pego deixando escapar algumas. Mas sempre recupero!!! Em 1952, quando Rudolf Oetker adquiriu a Binding Brauerei AG, surgiu a idéia de formar um grupo que ajudasse a reerguer e proteger as cervejarias alemãs. Desde então a Radeberger Gruppe assumiu o controle de várias cervejarias do país, mantendo a individualidade e preservando as marcas e instalações de cada uma. Além da própria Radeberger, outras cervejarias como a DAB (Dortmunder a Actien Brauerei), Jever, Berliner Kindl, entre outras, fazem parte do grupo. Essa empresa é a líder no mercado alemão. Pra começar com as cervejas desse grande grupo cervejeiro, seguem as impressões da DAB Original:

DAB Original
Deg. 05/06/2010
Família – Lager
Estilo – Dortmunder/Export.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Lúpulo, cereais, maltes, doce, pão.
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, amargor do lúpulo menos intenso que o dulçor do malte que é mais evidente, agradável amargor final e ótimo drinkability.
Veredicto – Alguns rótulos destacam “Original”, outros “Export”, mas estamos falando da mesma DAB. Cerveja gostosa e fácil de beber. Você lembra do malte, este com mais ênfase, e do lúpulo (menos) sem que eles incomodem. Perfeita representante do estilo. Boa pedida para o verão!

22 de janeiro de 2011

Utenos Porter

A Utenos Porter chegou assustando muitos cervejeiros e inclusive fazendo alguns se enganarem ao ponto de dizer que esta versão da lituana Svyturys-Utenos não é uma porter. É sim!!! Trata-se de uma Baltic Porter, estilo tradicional dos países do Mar Báltico, entre eles, a Lituânia. Seguem as impressões da Utenos Porter:

Utenos Porter
Deg. 27/11/2010
Família – Lager
Estilo – Baltic Porter
Teor de álcool – 6,8 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Castanho escuro/marrom claro avermelhado, límpida.
Espuma – Boa formação e duração, bege, cremosa.
Aroma – caramelo, notas torradas, doce, álcool, notas de amêndoas e frutas secas.
Sabor – Médio/elevado corpo e baixa carbonatação, torrado, amargor do torrado, álcool, doce, caramelo, frutas secas, licorosa.
Veredicto – Cerveja que causa estranheza aos desavisados. A cor, que é bonita, não é de uma porter como todos estão acostumados, mas de uma baltic porter, que é mesmo assim, mais clara. As notas torradas, frutadas e de amêndoas, que aparecem “reluzentes”, são características do estilo proposto. Também é mais doce e alcoólica além de ser de baixa fermentação (uma lager). A cervejaria deveria ter sido mais enfática no momento da classificação e estampar no rótulo “Baltic Porter”, que é o que ela é!! Não me agrada!

19 de janeiro de 2011

Weltenburger Kloster Hefe-Weibbier Dunkel

Pra definir com as Weltenburger, gostaria de esclarecer algumas dúvidas. Vários cervejeiros me escreveram perguntando se as cervejas da Weltenburger são de Abadia conforme indica o rótulo. As cervejas produzidas na Alemanha na cervejaria do mosteiro, independentemente de ser uma blond, dubbel ou tripel (estilos comumente produzidos pelas abadias), ou ser uma pilsen, bock ou qualquer outro estilo, são de abadia. Depois da introdução, seguem as impressões da última Weltenburger produzida pela Petrópolis, a Weltenburger Kloster Hefe-Weibbier Dunkel:

Weltenburger Kloster Hefe-Weibbier Dunkel
Deg. 26/11/2010
Família – Ale
Estilo – Weizenbier Dunkel.
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Castanho intenso, turva.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa, bege.
Aroma – Caramelo, banana evidente, leve torrado, leve dulçor.
Sabor – Médio/leve corpo, boa carbonatação, doce agradável, leve amargor de malte torrado, refrescante, certa adstringência, final de banana e leve tostado.
Veredicto – Boa versão de trigo escura da alemã Weltenburger. É bem refrescante e tem notas de caramelo meio queimado, e isso dá um toque especial nesta weizen dunkel. De todas as cervejas Weltenburger produzidas pela Petrópolis, esta é a melhor. Está recomendada.

17 de janeiro de 2011

Svyturys Baltijos Dark Red

Volto com outra Svyturys. Agora com sua Dunkel. Seguem as impressões da Svyturys Baltijos Dark Red:

Svyturys Baltijos Dark Red
Deg. 13/11/2010
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel.
Teor de álcool – 5,8 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho alaranjado, límpida.
Espuma – Boa formação e duração, bege.
Aroma – Tostado, biscoito, caramelo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, predominância do malte, doce balanceado com amargor do lúpulo e tostado, caramelo.
Veredicto – O teor alcoólico desta versão está um pouco acima do que o determinado para o estilo. Tem 5,8%, quando deveria no máximo ter 5,0%. A cor que deveria variar do marrom claro ao escuro, também foge um pouco de uma Dunkel. Mas não é ruim, não! Para os amantes deste estilo, que não é o meu caso, indico para comparação com outras disponíveis no mercado.

15 de janeiro de 2011

Sou Sommelier de Cerveja

Hoje pude, finalmente, buscar em São Paulo meu certificado da ABS - Associação Brasileira de Sommelier e tive a oportunidade de um agrado, podendo tirar foto com meus dois professores, Kathia Zanatta e Alfredo Ferreira, que dispensam apresentação!!! Interrompendo a aula com todo cuidado, já que os dois estavam aprimorando os conhecimentos dos novos alunos (2ª Turma, que não eram poucos), fiz o "click". Isso é motivo de alegria pra todos nós que lutamos pela cultura cervejeira no Brasil. Abaixo, eu feliz com meus dois "gurus".

.......................................................Kathia, eu e Alfredo

14 de janeiro de 2011

Weltenburger Kloster Urtyp Hell

Esta versão da Weltenburger que apresento hoje me deixou um pouco na dúvida. Analisando a cerveja, me pareceu uma boa Helles, mas a cervejaria já tem a Barock Hell, que é do estilo. Pilsen como se lê no rótulo, nem pensar!! Passa longe!!! Mas é gostosinha de beber. Seguem as impressões da Weltenburger Kloster Urtyp Hell:

Weltenburger Kloster Urtyp Hell
Deg. 21/10/2010
Família – Lager
Estilo – Munich Helles.
Teor de álcool – 4,9 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarela clara, límpida.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Malte e lúpulos equilibrados, pão.
Sabor – Médio/leve corpo, boa carbonatação, maltes e lúpulos também em equilíbrio, refrescante, final doce/amargo suave.
Veredicto – Urtyp significa protótipo, mas não seria o protótipo do estilo a que remete. Pensando em se tratar de uma pilsen, servi em um copo pilsner, mas... Esta versão se parece mais com uma clara de Munique do que com uma pilsen como indica no rótulo. Porém, a cervejaria tem sua versão Munich Helles (a Barock Hell) e também sua pilsen (a Weltenburger Pils). Boa cerveja com bom drinkability que entendi como uma helles.

11 de janeiro de 2011

Svyturys Ekstra Draugth

Continuo firme apresentando as lituanas Svyturys. Seguem as impressões da Svyturys Ekstra Draugth:

Svyturys Ekstra Draugth
Deg. 05/11/2010
Família – Lager
Estilo – Dortmunder Export.
Teor de álcool – 5,2 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarela, límpida.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, bege bem clara.
Aroma – Malte mais destacado, leve lúpulo, cereais, (pão?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce do malte, levíssimo lúpulo, amargor final leve e de malte.
Veredicto – Esta versão da Svyturys não é pasteurizada. Arroz também faz parte desta receita. Cerveja trivial que faz jus ou estilo que representa. Indicada como uma curiosidade e mais nada.

8 de janeiro de 2011

Bamberg Helles

Tenho que fazer hoje, algo que não me agrada. Falar não tão bem de uma cerveja. Mas preciso ser sincero com os amigos cervejeiros que acompanham o Santa Cerveja !! Pois bem, as cervejas da Bamberg, de Votorantim/SP, sempre me agradaram. Mais ainda aquelas produzidas três anos atrás. Algumas mudanças ocorreram e a nova versão está no mercado. Seguem as impressões da Bamberg Helles, que segue a lei de pureza de 1516, como todas as outras cervejas produzidas pela paulista Bamberg:

Bamberg Helles
Deg. 26/11/2010
Família – Lager
Estilo – Munich Helles.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourado intenso, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração.
Aroma – Oxidação, e um pouco de mel (defeito sensorial). Isso encobre tudo o que poderia apresentar.
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, pão, maltes com leve amargor de lúpulo equilibrados, também oxidada.
Veredicto – Primeiro preciso falar dos rótulos novos da cervejaria que, com exceção da versão rauchbier (que obviamente se inspirou no rotulo da alemã Aecht Schlenkerla), são de gosto duvidoso. Mas o que importa mesmo é a cerveja, e isso a Bamberg faz bem. Porém, algumas mudanças ocorreram, com aumento de teor alcoólico de algumas versões e esta nova Helles apresentou problemas sensoriais graves. Não acredito que a oxidação se deu no processo de produção, mas sim por transporte e armazenamento inadequados. Precisarei de outra amostra.

5 de janeiro de 2011

Utenos Alus Premium Lager

Mais uma da lituana Svyturys-Utenos. Seguem as impressões da Utenos Alus Premium Lager:

Utenos Alus Premium Lager
Deg. 28/10/2010
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (Premium American Lager).
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarela, límpida.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Doce, maltes e lúpulo, tudo muito leve mesmo, (vegetal cozido??)
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, doce de malte, amargor presente menos intenso que o malte. Também leve e refrescante com final levemente seco e adocicado.
Veredicto – Nada mais do que qualquer outra do estilo. Boa, dentro dos padrões de uma pale lager. Apresentou provável leve aroma de vegetais cozidos, que para o estilo indicaria defeito sensorial.

2 de janeiro de 2011

Svyturys White Baltas

Inicio 2011 tratando de uma cervejaria lituana. Isso mesmo!!! A Svyturys-Utenos, como hoje é conhecida, é a cervejaria mais antiga da Lituânia, em atividade desde 1784, fundada pelo comerciante J. W. Reincke. Após sua destruição durante a Segunda Guerra Mundial retomou suas atividades em 1946. Inicialmente envasadas em tonéis de madeira e vendida para bares locais. Em 1950 foi instalado um sistema de engarrafamento ampliando sua distribuição. Atualmente a cervejaria integra a Baltic Beverages Holding, subsidiária da grande Carlsberg e da Scottish & Newcastle. Seis rótulos da cervejaria lituana estão disponíveis no Brasil. Começamos com as impressões da Svyturys White Baltas, uma boa weizenbier produzida por este país do leste europeu:

Svyturys White Baltas
Deg. 26/10/2010
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo-palha, turva.
Espuma – Boa formação e boa/ média duração, branca.
Aroma – Banana evidente, cravo, fermento, doce, cítrico.
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, cravo bem evidente com banana em segundo plano, adstringente, razoável toque de limão, cítrico, levíssimo amargor com noras de limão final.
Veredicto – Olha aí a Lituânia mostrando que também sabe fazer cervejas. Boa weizen que remete às witbier belgas por conta do limão/ cítrico e mesmo pela cor palha. È a primeira da cervejaria que degustei e a impressão foi muito boa. Vale a pena experimentar. Com bom custo/ benefício.