27 de novembro de 2008

Eisenbahn Pilsen

Mais uma Eisenbahn! Esta pilsen que não é exatamente uma pilsen, é uma refrescante cerveja feita pela excelente cervejaria de Blumenal/SC, que passa por um momento difícil com as enchentes que assolam toda a região sul do Brasil. Torcemos para que o tempo melhore logo!!Vale dizer que esta cerveja participou do European Beer Star 2008, um dos mais importantes concursos de cervejas do mundo, e ganhou medalha de broze na categoria Mild Beer. Lembro que a breve história da Eisenbahn pode ser lida em post anterior. As impressões desta "pilsen" foram as seguintes:

Eisenbahn Pilsen
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (também classificada como premium american lager e já vi até como classic german pilsner)
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Herbal, lúpulo (-), malte (+), cereais.
Sabor – Bastante carbonatada com corpo médio/leve, malte e lúpulo equilibrados, um pouco de doce com final adstringente.
Veredicto – Poderia ter um pouco mais de amargor. Como já disse, a Eisenbahn Natural é mais gostosa e mais “pilsen” embora também seja uma pale lager. Entendeu???

22 de novembro de 2008

Erdinger Weibbier

Mais uma Erdinger, e mais uma boa cerveja de trigo. Um pouco da história da cervejaria pode ser lida em post anterior. Seguem as impressões da clara de trigo não filtrada da alemã Erdinger:

Erdinger Weibbier
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,3%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Mel.
Espuma – Boa formação e boa duração.
Aroma – Banana, cravo, doce, frutado, leve fermento, (lúpulo?), aroma suave.
Sabor – Mesmas impressões do aroma com boa carbonatação e médio corpo/encorpada e sem o frutado e o lúpulo.
Veredicto – Não é a minha preferida da Erdinger, mas não é das piores com certeza.Já há algum tempo não degustava esta cerveja. Quando provei para postá-la, não convenceu!! É uma boa cerveja clara de trigo, nada mais. Prefiro a Franziscaner e mesmo a Eisenbahn. Sem sombra de dúvidas, a melhor cerveja da Erdinger é a Pikantus!! O chope da Erdinger Weibbier é melhor do que a versão engarrafada e gravem: Sempre gostei muito mais das cervejas do que dos chopes!!

18 de novembro de 2008

Backer Pilsen

Quando achei que havia degustado todas as Backer, descobri que foi lançada a Backer Medieval, uma blond ale, que com certeza deve ser uma bela cerveja. Por hora, vamos às impressões desta última Backer que encontrei, que não é exatamente uma pilsen como estampa em seu rótulo, lembrando que um pouco da história da cervejaria mineira pode ser lida em post anterior:

Backer Pilsen
Família – Lager
Estilo – Pale lager (também classificada como Standard American Lager)
Teor de álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus
Cor – Dourada clara.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, cremosa.
Aroma – Bastante frutada (maçã), doce, maltes, levíssimo lúpulo.
Sabor – Refrescante, corpo leve, doce, malte, frutado, boa carbonatação, final doce e suave com lúpulo quase imperceptível.
Veredicto – Boa cerveja, mas muito doce para uma pilsen que se intitula ser!! A estrela da cervejaria Backer é realmente a Brown e quem sabe a nova Medieval. É importante dizer também que recentemente alguns estudiosos de cerveja "sub-dividiram" o estilo pale lager (ou Light Lager) em cinco novos estilos, dos quais dois são realmente diferenciados (Munich Helles e Dortmunder Export); um é o light propriamente dito (Lite American Lager); e outros dois que se confundem: premium american lager para as cervejas que utilizam até 25% de adjuntos sendo portanto, um pouco mais encorpadas e standard american lager para as cevejas com um pouco mais de corpo e álcool que as lite american lager. Não vejo razão para tanto e por este motivo continuo classificando as cervejas apenas como pale lager quando trata-se de uma premium ou standard american lager.

14 de novembro de 2008

Cervejas Urthel

As cervejas Urthel são produzidas desde 2000, pelo casal Hildegard e Bas van Ostaden, proprietários da Cervejaria Leyerth. Hildegard, a mestre cervejeira, formula as receitas e produz as cervejas, enquanto Bas, o artista, desenha os rótulos, embalagens e materiais de venda. Inicialmente as cervejas eram produzidas na própria casa dos Ostaden ,em Ruiselede, Flanders – Bélgica. Depois abriram sua própria cervejaria, a Leyerth, na mesma cidade e agora produzem suas cervejas em parceria à Cervejaria de Koningshoeven, na Holanda, onde fica também o monastério trapista responsável pela produção das cervejas La Trappe.
As figuras dos gnomos que simbolizam a cerveja, nasceram antes dela. Bas já desenhava os personagens Erthels e criava contos de fadas para os “tempos modernos” quando então decidiram combiná-los com a nova cerveja. E assim nasceu a Urthel. Curiosidade “meiga” é o brinde tradicional de Erthel, onde diz-se: PACHÉ, que significa apenas: desejo-lhe toda a sorte, amor, saúde e felicidade do mundo!!! Seria bom se existisse um único palavrão que incluísse todos os outros, né!!!??? rsrsrsrs
Ahhhh! E mais um ponto para estas cervejas por conta da brincadeira com seus nomes que remetem ao latim!! Seguem as impressões dessas maravilhosas cervejas holandesas com um toque belga, que passam por uma segunda fermentação na garrafa e que são importadas desde junho de 2007:

Urthel Samaranth (Quadrium)
degustada em 17/10/2008
Família – Ale
Estilo – Quadrupel (Belgian Quadrupel)
Teor de álcool – 11,5%.
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus.
Cor – Marrom avermelhado, levemente turva, com maior turbidez na terceira taça.
Espuma – Ótima formação e boa duração, dourada
Aroma – Doce, muito malte, álcool.
Sabor – Encorpada, robusta, pouca carbonatação, quente, álcool, (licorosa?), doce do malte intenso, levíssimo lúpulo.
Veredicto – Ótima cerveja para fãs do estilo. Não é o meu caso. Forte, com malte vigoroso e com personalidade como deve ser uma quadrupel, embora apresente notas de lúpulo e sensação seca, que não são comuns no estilo.


Urthel Hibernus Quentum (Tripel)
degustada em 18/10/2008
Família – Ale
Estilo – Tripel (Belgian Tripel)
Teor de álcool – 9,0%.
Temperatura de serviço – rótulo sugere 6 a 8 graus (melhor de 8 a 10 graus)
Cor – Dourada/laranja, com terceira taça apresentando média/baixa turbidez.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa.
Aroma – Cítrico, laranja, especiarias, doce do malte, leve álcool, (fermento?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, leve amargor de lúpulo, leve álcool, frutas cítricas/laranja, especiarias/(coentro?) – cravo.
Veredicto – Excelente tripel. Para o meu gosto é a segunda melhor cerveja produzida por essa cervejaria, ficando atrás somente da Hop-it.


Urthel Hop-it
degustada em 24/10/2008
Família – Ale
Estilo – “Belgian IPA” (Classificada também como Strong Golden Ale ou ainda Belgian Specialty Ale)
Teor de álcool – 9,5%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Laranja claro, límpida na primeira taça e turva na terceira.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa tipo chantili
Aroma – Cítrico, floral de lúpulo, malte, excelente aroma de lúpulos finos.
Sabor – Lúpulo acentuado, cítrico/laranja, médio corpo, média carbonatação, final seco e deliciosamente amargo dos lúpulos finos utilizados.
Veredicto – Cerveja com corpo agradável e lupulada de forma muito marcante. Para apreciadores de cerveja lupulada, como eu, é a indicação!! Não se percebe os 9,5% de álcool nem de longe... É a minha preferida da família Urthel seguida da Hibernus Quentum. O amargor desta cerveja não incomoda , muito pelo contrário, faz pensar em mais uma garrafa.


Urthel Parlus Magnificum (Donker)
degustada em 08/11/2008
Família – Ale
Estilo – Dubbel (Belgian Dubbel)
Teor de álcool – 7,5%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Marrom intenso, levemente turva na terceira taça.
Espuma – Boa formação e média duração, dourada.
Aroma – Queimado, doce, toffee, ameixa, levíssimo álcool, (fermento?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, leve doce, maltes torrados, leve amargor dos maltes torrados, chocolate, ameixa, final e residual seco
Veredicto – A primeira vez que tomei essa cerveja não gostei tanto. Mas, errei feio!! É uma ótima dubbel. Saborosa, aromática e “leve”. É fácil de beber e os 7,5% de álcool enganam. Todas as Urthel são muito boas. Recomendo as quatro para um contato inicial com essas cervejas holandesas, que poderiam ser belgas tranquilamente.

10 de novembro de 2008

Colorado Indica

Já degustei a saborosa Demoiselle, a cerveja tipo porter da Colorado. Hoje apreciei a Indica, uma índia pale ale. Esse estilo tradicional da escola inglesa foi desenvolvido na época do Império Britânico afim de ser enviada a Índia para consumo dos seus cidadãos e soldados. Para que a cerveja pudesse ser armazenada e conservada por mais tempo, devido a longa distância percorrida por embarcações da Inglaterra até a Índia, adicionava-se bastante lúpulo. E esta é a grande característica desse tipo de cerveja, o amargor intenso do lúpulo. Mas a brasileira Indica ainda tem um diferencial, a adição de rapadura!! Sim, eu disse rapadura!! Então você questionaria: Mas como ficou essa cerveja? A resposta é simples: Excelente, a ponto de receber elogios do maior conhecedor de cervejas do mundo, o saudoso Michael Jackson (recebeu três estrelas no seu Pocket Beer Guide). E mais, recebeu também o prêmio de TOP 50 das cervejas nacionais e importadas mais consumidas no Brasil, pela Revista Prazeres da Mesa/ Fevereiro 2008. Vamos às impressões:

Colorado Indica
Família – Ale
Estilo – IPA – Índia Pale Ale (com rapadura)
Teor e álcool – 7,0%
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus
Cor – Cobre.
Espuma – Boa formação e ótima duração, cremosa, bege bem clara.
Aroma – Doce, toffee, maltes, lúpulo, frutado, “garapa” (obviamente por conta da rapadura)
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce seguido de amargor mais pronunciado, caramelo, maltes, médio/alto amargor final do lúpulo.
Veredicto – Muito boa cerveja. Creme muito bom. Não fica tão alto, mas acompanha o líquido até o final do copo (com certeza a rapadura tem participação direta na espuma). Com ótimo corpo, bastante aromática e saborosa. Além de um belo rótulo!! Fácil, fácil de beber... Parabéns, Marcelo, proprietário da Colorado, Santa Cerveja !!

6 de novembro de 2008

Leffe Radieuse

Depois de degustadas a Leffe Blonde e a Brune para o Santa Cerveja !!, tive o prazer de experimentar a Leffe Radieuse. Infelizmente somente essas três versões estão disponíveis no Brasil, sendo que essa última não é encontrada facilmente. A Radieuse é uma cerveja bonita, com aroma diferenciado e corpo agradável. As impressões foram estas:

Leffe Radieuse
Família – Ale
Estilo – Abadia (Strong Dark Ale)
Teor de álcool – 8,2%.
Temperatura de serviço – No rótulo 5 graus. Pra mim, de 8 a 10 graus.
Cor – Cobre escuro/marrom avermelhado.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege e cremosa.
Aroma – Malte, frutas vermelhas (morango, cereja), cravo, condimentos/coentro.
Sabor – Médio corpo, alta/média carbonatação, malte, cravo, caramelo, menos doce que a Blonde, final levemente amargo e seco com residual adstringente e pouco amargo.
Veredicto – Boa cerveja! Das três versões da Leffe disponíveis no Brasil, não tenho como escolher a melhor! Todas são muito boas, cada uma com seu particular... A Radieuse talvez seja a mais “diferente” delas. É uma cerveja de coloração muito bonita com sabor carregado do malte e aroma agradável. Não deixe de experimentar!!

4 de novembro de 2008

Warsteiner Dunkel

Produzindo desde 1753, a Warsteiner nasceu em Warstein, um pequeno povoado localizado em Westfalia/Alemanha e foi inicialmente uma fábrica de cerveja local e de orientação artesanal. Hoje é em uma das maiores e mais modernas cervejarias em propriedade privada da Alemanha. A Warsteiner também possui instalações próprias na Argentina, facilitando a distribuição e diminuição de custos para toda a América Latina.Infelizmente, nem todas as cervejas produzidas pela Warsteiner estão disponíveis no Brasil que as importa desde 1993. Na verdade apenas três são encontradas: a Warsteiner Premium Verum, que é uma boa pilsen, Warsteiner Dunkel, uma Munich Dunkel e a Warsteiner Fresh, não alcoólica. Todas as cervejas seguem a lei de pureza alemã de 1516. Degustei a Dunkel e as impressões foram as seguintes:

Warsteiner Dunkel
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel
Teor e álcool – 4,8%
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus
Cor – Cobre escuro.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Malte, caramelo, doce, queimado.
Sabor – Médio/leve corpo, média carbonatação, toffee (bala de caramelo), malte torrado, doce, com final amargo de lúpulo (e café?).
Veredicto – Boa cerveja como outras do estilo sendo bastante fácil de beber. Faz parte da minha lista de estilos que não aprecio muito, mas é a melhor para saborear depois da Weiheinstephaner Tradition.

1 de novembro de 2008

Petra Aurum e Schwarzbier

Quando recebi a notícia do lançamento de novas cervejas da Petrópolis, conforme comentei em post anterior, imaginei que degustaria boas bebidas, considerando o objetivo da Cervejaria em entrar no mercado premium. A primeira que provei, foi a Petra Bock, já analisada anteriormente e que não gostei. Hoje exponho as impressões da Petra Aurum (ouro, em latim) e Schwarzbier, que infelizmente não empolgaram. Mas lembrem-se, gosto é gosto e a iniciativa de fabricar cervejas para o seguimento premium merece nosso apoio.

Petra Aurum
Família – Lager.
Estilo – Pale lager (Também classificada como Premium American Lager) Teor de álcool – 6,2%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourado intenso.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Malte, leve lúpulo, doce.
Sabor – Médio corpo, bastante carbonatada, doce do malte pronunciado, levíssimo amargor.
Veredicto – As únicas virtudes dessa cerveja são a cor e a espuma. Não vale o valor cobrado, em média R$ 11,00. Consegui comprar por R$ 4,99, que é o preço justo pra essa cerveja que não é equilibrada. Se quiser tomar uma puro malte, prefira a Bavária Premium. Não segue a lei da pureza alemã de 1516, considerando que usa na sua fórmula antioxidante e estabilizante. Seu teor alcoólico está acima da média para o estilo, que é de 4% a 5%.


Petra Schwarzbier
Família – Lager.
Estilo – Schwarzbier.
Teor de álcool – 6,2%.
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege.
Aroma – Doce, toffee, queimado, leve lúpulo, (levíssimo café?), (cheiro de final de vinho na taça?).
Sabor – Encorpada, média carbonatação, doce, queimado, amargor do lúpulo e do malte torrado.
Veredicto – Esta cerveja também possui teor alcoólico acima da média para o estilo, que é de 3,8% a 5%. Não é muito saborosa e tem o mesmo preço da Aurum. Também não vale o preço praticado. Quando quiser tomar uma schwarzbier mais em conta e razoavelmente boa, peça a Bohemia escura.