29 de setembro de 2010

Dado Bier Royal Black

Mais uma da cervejaria de Porto Alegre/RS (embora seja produzida em Santa Maria/RS pela Santamate Ind. e Com. Ltda, para a Dado). Seguem as impressões da Dado Bier Royal Black:

Dado Bier Royal Black
Deg. 14/09/2010
Família – Ale
Estilo – Bock.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom bem escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Boa formação e ótima duração, bege.
Aroma – Caramelo, toffee, leve torrado, leve chocolate, (leve defumado??), (madeira???).
Sabor – Encorpada/médio corpo e média carbonatação, doce, leve torrado, levíssimo amargor do malte torrado, certa adstringência.
Veredicto – Mais escura que as bocks que as pessoas estão acostumadas (ou foram apresentadas), mas dentro da cor referente ao estilo. Também apresenta aroma e sabor um pouco fora do convencionado pelo BJCP, por exemplo. Porém, é uma cerveja bem feita. Corpo agradável, sabor e aroma nada agressivos. É melhor que a Red Ale da cervejaria.

26 de setembro de 2010

Hop Back Crop Circle

A última versão da inglesa Hop Back a chegar no Brasil até agora, foi a Crop Circle. Infelizmente minha amostra estava com defeitos. O mais evidente foi a ocorrência de “gushing”, provavelmente por conta da presença de oxalato. Seguem as impressões da problemática Hop Back Crop Circle:

Hop Back Crop Circle
Deg. 21/08/2010
Família – Ale
Estilo – English Pale Ale.
Teor de álcool – 4,2%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourado claro, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, “aerada”, branca.
Aroma – “Tampinha”(oxidação), leve frutado, doce, cítrico, leve lúpulo.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, amargor acentuado de lúpulo, “tampinha” (oxidada), (coentro?), leve doce dos maltes, final amargo e seco.
Veredicto – Na abertura da garrafa ocorreu o que chamamos “gushing” (espumou sem parar!!). Cerveja refermentada na garrafa que não apresentou grandes aromas e sabor diferenciado que merecesse atenção. Com certeza minha amostra estava com problemas. Precisarei degustar outra. Esta deixou a desejar!!!! Apresentou sedimentação na garrafa que não se misturou com a cerveja.

21 de setembro de 2010

Dado Bier Red Ale

Há tempos não tratava das cervejas Dado Bier. Pois hoje falo um pouco da versão pale ale da cervejaria gaúcha. Seguem as impressões da Dado Bier Red Ale:

Dado Bier Red Ale
Deg. 05/09/2010
Família – Ale
Estilo – American Pale Ale.
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho avermelhado, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege clara.
Aroma – Toffee, doce, torrado, lúpulo, leve cítrico.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, caramelo, leve amargor de lúpulo, final doce/amargo e adstringente.
Veredicto – Boa cerveja com razoável drinkability. Minha aposta é na versão strong golden ale da cervejaria, a Dado Bier Belgian Ale. Esta versão ora analisada, que degustei a primeira vez em Gramado/RS, é sem novidades. Porém, trata-se de uma cerveja puro malte e que segue a lei da pureza da Baviera de 1516. Muito importante dizer que o preço praticado pela cervejaria é mais do que justo.

18 de setembro de 2010

Delirium Tremens

As cervejas da belga Brouwerij Huyghe, conhecida por ostentar um simpático elefantinho rosa como sua marca, são realmente inconfundíveis em razão de suas personalidades marcantes. Não sei mais dizer qual a melhor versão, mas posso afirmar que a Tremens é a que fez a cervejaria ser considerada uma das melhores do mundo. Seguem as impressões da Delirium Tremens (com a foto um pouquinho "torta"):

Delirium Tremens
Deg. 28/05/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golgen Ale.
Teor de álcool – 8,5 %
Temperatura de serviço – normalmente indico de 5 a 7 graus para o estilo, mas esta especificamente é melhor servida ente 8 e 12 graus).
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Cítrico, frutado, doce, fermento, rico em ésteres, especiarias, (canela?), maçã evidente, laranja.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, fermento, doce, cítrico, maçã pronunciada, amargor final agradável harmonizado com o doce dos maltes.Veredicto – Que cerveja!!! Uma pena o preço, R$ 24,00 em média pra 300ml.É demais o preço e a cerveja. Apresenta uma cor muito bonita, límpida. Mas atenção, trata-se de uma cerveja perigosa, com alto drinkability e com teor de álcool de 8,5% que não é percebido em qualquer momento a não ser pela “sensação quente”. Deguste-a pelo menos uma vez, você merece! Santa Cerveja !!

15 de setembro de 2010

Baden Baden Celebration Inverno 2010

Mais uma vez não poderia deixar de adquirir exemplares da sazonal double bock da Baden Baden, já que a considero a melhor versão da cervejaria. Degustei a garrafa nº 00196 de 20.000 produzidas. Seguem as impressões da Baden Baden Celebration Inverno 2010:

Baden Baden Celebration Inverno 2010
Garrafa nº 00196
Deg. 11/08/2010
Família – Lager
Estilo – Doppelbock.
Teor de álcool – 8,2 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom avermelhado, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, densa, dourada.
Aroma – Torrado, caramelo, toffee, açúcar mascavo, café, madeira.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, torrado, notas de café e chocolate, sensação quente, leve álcool, licorosa, final alcoólico e doce.
Veredicto – No dia do advogado decidi abrir uma Celebration Inverno pra comemorar. Esta cerveja que é sazonal, todos os anos se apresenta muito boa. Em 2010, na sua 7ª edição, não foi diferente. É a melhor versão da Baden. Estrutura, sabor e aroma de gente grande!! Na foto fica evidente que os rótulos e o escudo da cervejaria mudaram. Compare o escudo do copo (como era antes) com o da garrafa (o novo). Infelizmente, mesmo no inverno, é uma cerveja difícil de encontrar. Em Campinas/SP, capturei meus exemplares no único lugar que a disponibilizava, Supermercados Dalben.

12 de setembro de 2010

Brooklyn Monster Ale e Brooklyn Black Chocolate Stout

Vamos para as sazonais da Brooklyn. Duas boas cervejas com atenção, para meu gosto, na versão imperial stout (um adendo sobre o estilo: a czarina Catarina, a Grande (que era russa), viajou para a Inglaterra e acabou por conhecer o estilo stout adorando-o imediatamente. Por conta disso, exigiu que barris da cerveja fossem enviados para sua corte em grande quantidade. Com a demorada viagem, a cerveja nunca chegaria em condições de ser consumida. Mas tudo se resolveu quando a cervejaria Barclay, em Londres, produziu uma stout encorpada e alcoólica o suficiente para agüentar a viagem e chegar em condições de ser saboreada por Catarina. A cerveja apresentava mais de 10% de álcool e fez sucesso instantâneo na corte russa. Daí em diante esse tipo de stout foi batizada de Russian Imperial Stout. Seguem as impressões da Brooklyn Monster Ale e da Brooklyn Black Chocolate Stout:

Brooklyn Monster Ale
Deg. 20/08/2010
Família – Ale
Estilo – Barley Wine.
Teor de álcool – 10,1 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus.
Cor – Castanho avermelhado, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Maltes, lúpulo, doce, caramelo, leve álcool, notas frutadas.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, álcool, sensação quente, amargor de lúpulo, licorosa, bastante maltada, final alcoólico e amargo de lúpulo.
Veredicto – Perfeito exemplar de uma barley wine americana. Ótima cerveja para os apreciadores do estilo. O problema é o preço: em média R$ 19,50. Uma pena, já que as Brooklyn estavam sendo vendidas a preço justo. O fato da Monster Ale ser sazonal não justifica o preço praticado.

Brooklyn Black Chocolate StoutDeg. 20/08/2010
Família – Ale
Estilo – Imperial Stout (ou Russian Imperial Stout)
Teor de álcool – 10,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Boa formação e ótima duração, “cor de café com leite”, densa, cremosa.
Aroma – Torrado, café, álcool, levíssimo chocolate meio-amargo.
Sabor – Encorpada, baixa carbonatação, álcool muito bem inserido, café, amargor do malte torrado, aveludada, sensação quente (menos que na Monster Ale), doce agradável, final amargo com retrogosto amargo de malte torrado.
Veredicto – Excelente russian imperial stout com creme espetacular. Belgian lace nota 10!! Sou apreciador do estilo de carteirinha!!! Corpo aveludado com álcool, doce e amargo equilibrados. Cerveja forte e marcante como deve ser. Acreditem, fica maravilhosa com sorvete de baunilha da Häagen-Dazs. Experimentem e depois me digam se sou demente como vcs estão pensando... Santa Cerveja !!

9 de setembro de 2010

Therezópolis Ebenholz

A cervejaria Claussen & Irmãos, de Teresópolis/ RJ, produzia em 1912 uma cerveja baseada numa receita de antepassados dinamarqueses e que apresentava muita qualidade em razão de ser puro malte. Com o advento da Primeira Guerra Mundial, a importação de matéria-prima ficou inviável, fazendo com que a empresa interrompesse suas atividades. Em julho de 2006 a cervejaria St. Gallen começou a produzir a Therezópolis Gold, baseada na antiga receita. Depois ainda vieram a cerveja que leva o nome da cervejaria, a versão de trigo e mais recentemente a Therezópolis Ebenholz (de ébano, escura), da qual seguem as impressões:

Therezópolis Ebenholz
Deg. 09/07/2010
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel.
Teor de álcool – 5,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom avermelhado.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Torrado, chocolate, doce, caramelo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, torrado, agradavelmente seca, doce, leve chocolate, caramelo, amargor final.
Veredicto – As três cervejas da marca Therezópolis são boas. Mas esta versão Munich Dunkel superou expectativas. É realmente uma boa versão para o estilo proposto. Assim como todas as cervejas produzidas pela cervejaria do Rio de Janeiro, esta também segue a lei de pureza alemã e é parcialmente filtrada, sobrando um pouco de levedura na garrafa.

6 de setembro de 2010

Bière du Corsaire Cuvée Speciale

Depois da excelente cerveja Delirium Nocturnum, trago mais uma boa versão da belga Brouwerij Huyghe. Seguem as impressões da Bière du Corsaire Cuvée Speciale:

Bière du Corsaire Cuvée SpecialeDeg. 07/05/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golgen Ale.
Teor de álcool – 9,4 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Alaranjada, turva, partículas em suspensão.
Espuma – Ótima formação e boa/média duração, bege clara com pontos escuros.
Aroma – Cítrico, fermento, doce, maçã, álcool evidente, especiarias.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, álcool, cítrica, sensação quente, doce, fermento.
Veredicto – Boa Strong Golden Ale. Embora bastante alcóolica, no conjunto quase tudo se equilibra. Não se percebe o amargor, ou se percebe muito pouco. Entendo que a temperatura ideal para degusta-la seja entre 8 a 10 graus (normalmente degusta-se o referido estilo entre 5 e 7 graus). Menos que isso perde-se em aroma e sabor; mais, torna-se enjoativa. Embora a Bière du Corsaire tenha mais álcool que a Duvel (9,4 X 8,5), ícone do estilo, o mesmo é mais percebido na cerveja do “Diabo”!!!

2 de setembro de 2010

Chimay Grande Réserve

Minhas experiências iniciais com as Chimay não foram muito agradáveis como já narrei em posts anteriores. Porém decidi, como sempre se deve fazer, experimentar novamente as famosas cervejas trapistas deste, que é um dos mosteiros belga. Mas dessa vez, optei por degustar todas nas versões arrolhadas. A surpresa foi totalmente positiva com a Chimay Cinq Cents (já postada no Santa Cerveja !!) e agora também com a srong dark ale da cervejaria, como veremos. Seguem as impressões da Chimay Grande Réserve:

Chimay Grande Réserve
Safra 2007
Deg. 10/07/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale – Vintage (Authentic Trappist).
Teor de álcool – 9,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus. (pela cervejaria, 10º C a 12º C ou mais ou menos 8º, caso queira uma refrescância maior).
Cor – Marrom avermelhado.
Espuma – Média formação e boa duração, cremosa, dourada.
Aroma – Vinho, doce, fermento, açúcar mascavo, frutas pretas, madeira, chocolate, leve álcool. Complexa.
Sabor – Encorpada, baixa carbonatação, doce, álcool, madeira, vinho do porto, levemente licorosa, chocolate, sensação quente, frutas pretas e vermelhas, toque de nozes, breve e leve amargor final, retrogosto “quente”. Complexa.
Veredicto – Excelente cerveja!! Uma das poucas versões de guarda disponíveis no Brasil. A safra 2007 está muito boa. Para ser degustada realmente de 8 a 12 graus. Melhor se a 12 graus, assim libera todos os aromas que tem para oferecer. Santa Cerveja!!