30 de março de 2009

Colorado Cauim

Mais uma e a última cerveja de Ribeirão Preto/SP que faltou para o Santa Cerveja !! postar!!!! Cerveja interessante que segue a linha da Colorado de adicionar matérias primas nacionais/regionais em suas cervejas!!!! Todas as versões se deram bem, inclusive esta com a adição de mandioca. Seguem as impressões da Cauim, nome ou termo que vem do Tupi e se refere a uma antiga bebida fermentada de cereais e mandioca:

Colorado Cauim
Deg em 26/03/2009
Família – Lager
Estilo – Pale Lager com mandioca
Teor de álcool – 4,5%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Dourada clara.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Frutado, doce, malte, leve lúpulo. Não é muito aromática.
Sabor – Corpo leve, média carbonatação, ótimo drinkability, refrescante, (levemente seca??), muito leve amargor final, (cereais/pão?).
Veredicto – A menos expressiva das quatro versões da Colorado, mas também muito boa!! O que chamou a atenção foi a espuma que é muito cremosa e duradoura. Provavelmente, a mandioca colabora com o corpo desta cerveja e faz também lembrar pão no seu sabor! Santa Cerveja !!

27 de março de 2009

Super Bock e Super Bock Abadia Gold

Desde que foi lançada em 1927, a marca Super Bock passou por vários relançamentos.
Produzida pela Unicer, era inicialmente encontrada apenas no Norte do país.
Hoje, a Super Bock está presente em 95% dos pontos de venda em Portugal. A Super Bock foi a primeira bebida portuguesa a editar um livro, "Dois dedos de espuma", no qual retrata toda a história da marca ao longo de seus 75 anos que fizeram da Super Bock referência em Portugal. A Super Bock conquistou 23 medalhas consecutivas no concurso "Monde Selection de la Qualité" e produz várias versões: Super Bock Original com mais de 75 anos de existência, Super Bock Stout lançada em 2003, Super Bock Green em 2004, Super Bock Abadia (em 2006), Super Bock Tango, Super Bock Cool, Super Bock Garrafa de Alumínio. Dentro do universo sem álcool três cervejas: Super Bock Sem Álcool Pilsener; Super Bock Sem Álcool Preta e Super Bock Sem Álcool Pêssego, esta última com teor alcoólico de 0,0%. E ainda lançou em 2007 a versão sem álcool limão, seguida de duas cervejas Gourmet: Abadia Rubi e Abadia Gold, “estreadas” em março de 2008. Seguem as impressões de duas das versões da cervejaria “purrtuguesa” com certeza, que consegui encontrar:

Super Bock "Original"
Deg. em 27/03/2009
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (para alguns = Standard American Lager)
Teor de álcool – 5,6%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Frutado, doce, malte, floral de lúpulo.
Sabor – Leve corpo, média carbonatação, cereais, doce agradável, levemente seca.
Veredicto – Não posso dizer que é uma maravilhosa cerveja, até porque trata-se de uma pale lager que é em estilo que não tem muito o que apresentar de complexidade!!! Mas também não vou dizer que é uma cerveja ruim. Tem suas virtudes: é fácil de beber, seu dulçor não é enjoativo e seu corpo é agradável...

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Super Bock Abadia Gold
Deg. em 27/03/2009
Família – Lager
Estilo – Strong Lager
Teor de álcool – 6,8%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – "Dourado alaranjado" intenso, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege clara.
Aroma – Doce, maltes, “compota de frutas”, levíssimo álcool, (leve cravo????).
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce evidenciado, laranja, frutado, levemente seca, (levemente licorosa?) .
Veredicto – Embora tenha sido batizada de Abadia Gold, esta novidade no Brasil trata-se de uma strong lager, estilo completamente diferente das conhecidas e boas abadias disponíveis inclusive em nosso mercado. Tudo indica que o objetivo da cervejaria foi lançar cervejas gourmet para harmonização com bons pratos. É uma cerveja razoável que deve ser degustada com peixes como indicado na própria embalagem para eventualmente ratificarmos a referida indicação. Nada mais!! Já disse acima, mas vale ressaltar, além da Abadia Gold, também lançaram a Abadia Rubi... Santa Cerveja !!

25 de março de 2009

Fuller's ESB e Golden Pride

Em 1845, após uma parceria frustrada, John Fuller juntamente com seu filho, John Bird Fuller, se associou a Henry Smith, da Cervejaria Romford Ind & Smith e o cervejeiro John Turner, formando assim a Fuller Smith & Turner, como aliás, é conhecida até hoje.
A Fuller´s construiu através dos anos uma reputação de ter ótimos pubs e maravilhosas cervejas, como a London Pride, a ESB e a 1845, todas ganhando inúmeros prêmios. Inclusive, três das cervejas Fuller´s (London Pride, ESB e Chiswick Bitter ) foram nomeadas cervejas campeãs da Grã-Bretanha, uma façanha nunca alcançada por outra cervejaria.
Em novembro de 2005, a Fuller´s anunciou a maior aquisição da história da Companhia, a George Gale & Co Ltd (Gales), de Horndean, Hampishire. Com a compra da Gales foram adicionadas 111 casas à propriedade, elevando o número total de pubs para 360. Isso também significa que um grande número de cervejas, inclusive as premiadas HSB e a Festival Mild foram adicionadas ao portfólio.
Até um livro com a história da Cervejaria Fuller´s, chamado London Pride (orgulho londrino) foi publicado em 1995, para marcar o aniversário de seus 150 anos.
No Brasil temos disponíveis oito versões Fuller’s: ESB, Golden Pride, London Pride, Porter, Honey Dew, 1845 e a especialíssima Vintage Ale.Iniciaremos a degustação dessas maravilhosas cervejas pelas duas primeiras, ESB e Golden Pride. As impressões das inglesas top:

Fuller’s ESB
Família – Ale
Estilo – ESB/Extra Special Bitter (alguns a classificam como Strong Ale)
Teor de álcool – 5,9%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Vermelho acobreado, límpida.
Espuma – Ótima formação e duração, firme e cremosa. Excelente creme!
Aroma – Frutado pronunciado, lúpulo evidente, toffee, malte, doce.
Sabor – Médio corpo/encorpada, média carbonatação, doce, caramelo, madeira, frutado, malte, com final amargo do lúpulo e residual também de lúpulo.
Veredicto – Muito boa cerveja produzida desde 1971. A cervejaria Fuller’s possui maravilhosas receitas, sendo que esta ESB fica entre as minhas favoritas. Cerveja equilibrada com bom corpo e muito saborosa, sem falar do creme que “sem a ajuda de nitrogênio” é bastante generoso! O que, como já disse várias vezes, conta pontos!!

Fuller’s Golden Pride
Deg. 18/12/2008
Família – Ale
Estilo – Barley Wine
Teor de álcool – 8,5%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Vermelho alaranjado, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege e cremosa.
Aroma – Maltes intensos, doce intenso, (madeira?), baunilha, lúpulo.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce no início dos maltes, com amargor de lúpulo final, leve álcool, madeira, licorosa, “idéia de envelhecida”.
Veredicto – Boa cerveja que respeita o estilo a que se propõe representar. Doce pela grande quantidade de malte utilizada compensada com a adição também generosa de lúpulo, como normalmente são as Barley Wine (“vinho de cevada”), estilo da escola inglesa de cervejas. Pra mim, poderia ser um pouco menos doce, um pouco mais equilibrada. Uma cerveja bonita e gostosa pra fazer “moral” com sua nova namorada... rsrs.

22 de março de 2009

Pfungstädter 1831 Schwarzbier e Justus Weizen

A Cervejaria Pfungstädter produz cervejas desde 1831. A história começou quando Justus Hildelbrand abriu um restaurante e iniciou a produção de suas próprias cervejas. Satisfeito com o resultado de sua receita, decidiu construir a cervejaria. Depois de conhecer Justus Ulrich e perceber que se tratava de um empreendedor, Hildebrand buscou conquistar definitivamente o mercado alemão e europeu. A cervejaria alemã cresceu, e hoje produz dezessete tipos de cerveja, inclusive uma Weizenbier com grapefruit. No Brasil encontramos quatro versões da Pfungstädter: Golden Premium, Export Classic, 1831 Schwarzbier e Justus Weizen. Seguem as impressões das duas últimas:

Pfungstädter 1831 Schwarzbier
Deg em 18/03/2009
Família – Lager
Estilo – Schwarzbier
Teor de álcool – 5,3%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Marrom.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Lúpulo, levíssimo caramelo, levíssimo torrado.
Sabor – Médio/leve corpo, boa carbonatação, leve doce do malte, torrado, amargor de lúpulo, com final também amargo.
Veredicto – O aroma desta cerveja é pobre e a cor marrom não lembra as de outras Schwarzbier já degustadas pelo Santa Cerveja !! Existem melhores exemplares, inclusive nacionais, no mercado, por preço mais justo. E Justus é a próxima cerveja degustada abaixo.
 

Justus Weizen Hefe Hell
Deg em 18/03/2009
Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 4,9%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Laranja pálido, turva.
Espuma – Ótima formação e duração, muito cremosa.
Aroma – Banana evidente, leve cravo, doce, fermento. Muito agradável.
Sabor – Encorpada, ótima carbonatação, banana destacada, leve cravo, levíssimo amargor final com residual também de cravo.
Veredicto – Bonita cor, belo corpo e creme denso!! Quem não gosta de cerveja assim??? Quem se odeia!!!! Bela cerveja e a melhor das versões disponíveis no Brasil, considerando que, como já disse, a Pfungstädter produz dezessete tipos deferentes. Também é uma das minhas preferidas de trigo.

19 de março de 2009

Gaffel Kölsch

Esta cerveja alemã da cidade de Colonia, produzida pela cervejaria Pravatbrauerei Gaffel Becker e Cia, é conhecida por ser de estilo “híbrido”, ou seja, utiliza-se levedura de alta fermentação em temperatura de maturação de leveduras de baixa fermentação.
A Convenção Kölsch, assinada em 1986, por vinte e quatro representantes de cervejarias de Colônia produtoras do estilo, determinou que somente na referida cidade poderia ser produzida uma Kölsch, tornando-se além de um estilo, uma denominação de origem.
O documento assinado também especifica exatamente como deve ser feita e servida (em copo cilíndrico) a cerveja e lógico, deve seguir a lei da pureza alemã de 1516. Seguem as impressões da "duas caras" da Alemanha:

Gaffel Kölsch
Deg. 05/03/2009
Família – Ale
Estilo – Kölsch
Teor de álcool – 4,8%.
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Dourado claro.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Floral de lúpulo, leve malte, levemente frutada, pão.
Sabor – Corpo leve, boa carbonatação, amargor balanceado, adstringente, refrescante, herbal de lúpulo, frutada, levemente seca, maltes.
Veredicto – Boa cerveja, mas dispensável!!! É uma Kölsch e esse estilo é exatamente assim. Sem muitas declarações. Mas não deixa de ser gostosa eventualmente e com certeza agrada os apreciadores do estilo... A Eisenbahn tem uma versão Kölsch muito bem feita que aliás, já foi postada pelo Santa Cerveja !!

17 de março de 2009

Schmitt Barley Wine

Depois da Ale, apresento hoje, a versão Barley Wine da Cervejaria Schmitt, de Porto Alegre/RS. Lembro que a breve história da cervejaria encontra-se em post anterior. Seguem as impressões desta excelente cerveja, porém, antes chamo a atenção para uma pequena curiosidade sobre a embalagem das garrafas:

Do lado esquerdo, a antiga embalagem que não fazia referência ao estilo "Barley Wine" (antes tal referência era encontrada apenas no verso da garrafa).
Do lado direito, a embalagem atual, sendo mais "incisiva" em apresentar o estilo da cerveja.












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Schmitt Barley Wine
Deg. 17/03/2009
Família – Ale
Estilo – Barley Wine
Teor de álcool – 8,5 %
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus.
Cor – Laranja, turva.
Espuma – Boa formação e duração.
Aroma – Maltes, doce, fermento, álcool, frutada, maçã, compota de frutas amarelas.
Sabor – Encorpada, média carbonatação, álcool pronunciado, malte, doce, fermento, frutada com notas cítricas, leve amargor final.
Veredicto – Muito boa cerveja referentada na garrafa e com teor alcóolico elevado, o que confere vida longa à cerveja (esta venceria em 03/07/2012)!! Minha preferida da Schmitt e a melhor barley wine nacional. O álcool está presente do início ao fim, mas não agride!! Experimentem esta cerveja e descubram o referido estilo!!!

14 de março de 2009

La Trappe Dubbel

Quando postei a La Trappe Blond, contei como foi meu primeiro contato com as cervejas trapistas holandesas.
Hoje posto a La Trappe Dubbel (também em garrafa de cerâmica como a Quadrupel - já postada), cerveja que me apresentou o mundo das trapistas, declinando minhas impressões que, já adianto, foram excelentes como em todas as vezes que tive o prazer de degustá-la:

La Trappe Dubbel
Degustada em 13/03/2009
Família – Ale
Estilo – Authentic Trappist (Dubbel)
Teor de álcool – 7,0 %
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus (ideal 10 graus)
Cor – Marrom avermelhado/ rubi, turva.
Espuma – Boa formação e média/ pouca duração, cremosa, dourada.
Aroma – Fermento característico da La Trappe, frutas pretas, madeira, doce, levíssimo álcool.
Sabor – Corpo médio, pouca carbonatação, fermento, madeira, ameixa, doce, maltes, leve e agradável amargor final, aftertaste agradável de madeira.
Veredicto –Esta cerveja, especificamente, foi "guardada" por mais de dois anos. Tanto nova quanto envelhecida, é maravilhosa. É a minha preferida da La Trappe. Mas, se quiser me presentear pode me dar qualquer uma delas. O aroma das La Trappe é inebriante. A Dubbel não foge à regra. Experimentem mais este sabor do silêncio!! Saúde! Santa Cerveja!!

11 de março de 2009

Chopp do Fritz

Segundo história do próprio site da cervejaria, Jörg trabalhou em grandes cervejarias até 1992, quando decidiu investir nos próprios sonhos. O mestre-cervejeiro queria fazer uma cerveja típica alemã, adaptada ao clima tropical brasileiro.
Fundada em 1993, a Cervejaria Chopp do Fritz começou como um hobby do mestre-cervejeiro Jörg Franz Schwabe que começou a produzir, artesanalmente, cervejas para ele mesmo consumir.
A qualidade do produto foi melhorando cada vez mais, quando então, a produção precisou ser aumentada em maior escala, até chegar ao ritmo industrial de hoje.
Degustei os quatro tipos de chope oferecidos no bar localizado no Cambuí, na cidade de Campinas/SP e as impressões foram estas:
 
Fritz Klar
Família – Lager.
Estilo – Pale Lager
Teor de álcool – 4,0%.
Temperatura de serviço – 2 graus.
Cor – dourado claro.
Espuma – Cremosa, boa formação e pouca duração.
Aroma – Frutada, fermento, massa de pão.
Sabor – Mais doce no final que outras pale lagers, frutada, amargor agradável.
Veredicto – Desequilibrada. Muito doce.








Fritz Dunkel
Família – Lager.
Estilo – American Dark Lager
Teor de álcool – 4,0%.
Temperatura de serviço –4 graus
Cor – Marrom intenso/preta
Espuma – Boa formação e duração, cremosa e dourada
Aroma – Doce delicado, leve torrado, leve café.
Sabor – Mesmas sensações do aroma, (sem amargor?), com médio corpo e média carbonatação.
Veredicto - Razoável cerveja!! Qualquer chope Antarctica bem tirado não fica devendo!







Fritz Natur
Família – Lager.
Estilo – Pale Lager não filtrado
Teor de álcool – 4,8%.
Temperatura de serviço – 2 graus.
Cor – Alaranjada, turva pelo fermento.
Espuma – Boa formação e duração.
Aroma – Frutado, mel, massa de pão.
Sabor – Muito parecida com a “pilsen” Klar, mas com um pouco mais de corpo e menos doce, levíssimo amargor.
Veredicto – É um pouco melhor que sua “irmã” filtrada e o melhor dos quatro chopes degustados.
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Fritz Köelsch
Família – Ale
Estilo – Kölsch???
Teor de álcool – 6,0%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Laranja intenso, turva.
Espuma – Boa formação com média/baixa duração, cremosa.
Aroma – Doce, frutado, malte.
Sabor – A mais encorpada das quatro, média carbonatação, frutado, com doce equilibrado, malte, levíssimo amargor.
Veredicto – Depois do Fritz Natur esse foi meu preferido! Não mostra o álcool que tem. Desavisados podem ser pegos no bafômetro depois de um único copo!!! Cuidado! Não lembra qualquer Kölch que experimentei. A "regra" diz que devem ser levemente douradas, leves, secas, com médio amargor apresentando algum aroma e paladar de lúpulo, com corpo leve e raramente possuindo características frutadas. Além do teor alcóolico entre 4,4% e 5,0%. É a famosa cerveja híbrida produzida em Colônia/Alemanha. Ou seja, este chope nada se aproxima de uma Kölsch. Embora seja agradável!!!

9 de março de 2009

Schmitt Ale

As cervejas Schmitt são produzidas artesanalmente na cidade de Porto Alegre/RS. Gustavo Dal Ri, sócio da cervejaria, iniciou a produção de cervejas especiais em sua própria residência, utilizando uma receita exclusiva de uma vizinha, descendente de alemães. Desde então, o candidato a mestre cervejeiro, dedicou-se as pesquisas para aperfeiçoar suas cervejas, primeiro formando-se em química e depois fazendo um curso de mestre cervejeiro nos EUA e conseguindo informações técnicas na Alemanha e Bélgica.
Hoje são produzidas quatro versões pela microcervejaria gaúcha: Schmitt Ale, Schmitt Barley Wine, La Brunetti e Schmitt Sparkling Ale. Todas as cervejas seguem a Lei de Pureza de 1516, utilizando apenas água, malte e malte torrado, lúpulo e fermento em suas fórmulas. Seguem as impressões da Ale, primeira degustada pelo Santa Cerveja !! da excelente microcervejaria do Rio Grande do Sul:

Schmitt Ale
Família – Ale
Estilo – American Pale Ale
Teor de álcool – 4,5%
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus
Cor – Amarelo intenso com turbidez pela presença do fermento.
Espuma – Boa formação e duração.
Aroma – Cítrico, lúpulo, leve malte, leve doce.
Sabor – Corpo médio, leve amargor equilibrado de lúpulo, cítrico, especiarias, leve doce.
Veredicto – Cerveja nacional muito boa. Feita com cuidado e excelentes ingredientes. Deve ser interessante para harmonização com queijos azuis (devemos provar)!!!

6 de março de 2009

Aecht Schlenkerla Rauchbier Märzen

As cervejas defumadas alemãs originárias de Bamberg, mais conhecidas como Rauchbier, tem uma forte ligação com a história da cerveja. Nesta época o malte era secado em fornos abastecidos com madeira.
A cidade de Bamberg ainda mantém a tradição de secar e defumar o malte utilizando um tipo de madeira especifica da região. Isso faz com que as cervejas produzidas, as Rauchbier (cerveja “de fumaça”, em alemão), apresentem intensas notas de defumado, o que as torna referencia mundial no estilo.Existem três opção do estilo disponível no Brasil. Além da alemã Schlenkerla (considerada a mais tardicional), a Eisenbahn e a Bamberg (esta mais recentemente), produzem suas “rauch”. Lembro que as duas últimas já foram postadas no Santa Cerveja !!Para ser considerada uma rauchbier a cerveja deve conter malte defumado, podendo seguir receitas de vários estilos diferentes e com proporção do malte defumado também diferentes. Esta alemã, da cidade de Bamberg, que hoje apresento, possui o defumado mais potente de todas. Segue a receita do estilo Märzem e possui 98% de maltes defumados na sua composição.Nas duas brasileirinhas degustas, é facilmente notado que a quantidade de malte defumado utilizado é muito menor do que na alemã. Com isso ficam mais leves e mais fácil agradar o paladar geral. O estilo base desta Schlenkerla é o märzen, mas a Bamberg e a Eisenbahn utilizam o estilo schwarzbier para suas rauch. No caso da Bamberg, informação do próprio Alexandre, que é o cevejeiro e proprietário da cervejaria paulista. Seguem as impressões desta muito boa alemã:

Aecht Schlenkerla Rauchbier Märzen
Deg. em 06/03/2009
Família – Lager
Estilo – Rauchbier (por excelência) - estilo base Märzen
Teor de álcool – 5,1%
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus
Cor – Marrom claro, límpida .
Espuma – Ótima formação e boa duração, dourada.
Aroma – Defumado muito evidente, fumaça, doce.
Sabor – Médio/leve corpo, média/baixa carbonatação, defumado pronunciado, seca, leve amargor do lúpulo.
Veredicto – Cerveja para quem já aprecia a bebida, considerando sua personalidade marcante!!! Deste estilo, de longe é a melhor. Não que as nacionais sejam ruins. Muito pelo contrário, também são muito boas. Mas esta alemã é realmente uma rauchbier como já comentei acima. Aroma e sabor extremamente defumados mascarando qualquer outros. Legal para apreciar ocasionalmente, harmonizando com pratos defumados ou com carnes de caça (Divaguei... mas não comprovei tais harmonizações). Saúde!!

4 de março de 2009

John Smith's Extra Smooth

A Scottish Newcastle, fabricante da cerveja John Smith’s Extra Smooth, de alta fermentação, é a quarta cervejaria da Europa e tem sido vendida em mais de 130 paises do mundo. O processo de fusão com a Heineken, caso seja confirmado, fará surgir o terceiro maior grupo cervejeiro do mundo. Seguem as impressões desta Bitter Ale inglesa que “utiliza” o mesmo sistema de injeção de nitrogênio da Guinness:

1º momento - quando se "derrama" a cerveja no copo e o nitrogênio começa a "trabalhar"- Início do espetáculo!!


















2º momento - quando a cerveja começa a ficar pronta para o primeiro gole na metade do "ilusionismo" criado pelo nitrogênio injetado - Apreensão!!
















3º momento - Só observar e degustar!!! Bonita cerveja, com um belo e delicioso creme, mas não tão saborosa!!!

John Smith’s Extra Smooth
Família – Ale
Estilo – Bitter Ale.
Teor de álcool – 4,0%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (ideal a 2)
Cor – Castanho.
Espuma – Boa formação e ótima duração, muito cremosa, por conta do nitrogênio, como na Guinness.
Aroma – Doce, maltes, toffee, compota de frutas.
Sabor – Médio corpo e baixíssima carbonatação, toffee, maltes, início doce, final com amargor do lúpulo e residual também amargo.
Veredicto – Cerveja gostosa sem muita "pompa". Acaba sendo leve e fácil para harmonizar com vários pratos leves. É bastante neutra embora tenha o doce acentuado no início, até porque utiliza-se xarope de glucose em sua receita. A baixa carbonatação já era esperada considerando a injeção de nitrogênio a que é submetida no momento da abertura da lata, assim como ocorre com a Guinness Draught e a Wexford Irish Ale.

2 de março de 2009

Coopers Sparkling Ale

Assim como todas as outras Coopers disponíveis no Brasil (Coopers Extra Stout, já postada pelo Santa Cerveja !! e Coopers Original Pale Ale), esta Sparkling Ale também é produzida sem adição de conservantes e corantes e também é refermentada na garrafa. Um pouco da história da australiana Coopers, que produz cervejas desde 1862, pode ser lida no post da Coopers Stout. Seguem as impressões da Sparkling Ale:

Coopers Sparkling Ale
Deg. 24/02/2009
Família – Ale
Estilo – Golden Ale (também classificada como American Pale Ale)
Teor de álcool – 5,8%.
Temperatura de serviço – 4 a 6 graus.
Cor – Cor de mel, turva pelo fermento
Espuma – Boa formação e boa/média duração.
Aroma – Cítrico, maçã, laranja, lúpulo, doce do malte.
Sabor – Médio corpo, boa carbonatação, leve doce, levemente seca, refrescante, leve amargor do lúpulo, cítrico/laranja.
Veredicto – Muito gostosa esta ale. O nome Sparkling foi “criado” pela Coopers indicando tratar-se de um a cerveja mais refrescante. No Brasil a Cervejaria Schmitt pegou carona com o lançamento da Schmitt Sparkling Ale... O fermento utilizado pela cervejaria australiana é bastante peculiar, considerando que várias partículas desta levedura ficam em suspensão quando servimos a cerveja. Por isso uma dica: a cerveja fica mais bonita, visualmente, quando servida toda a garrafa de uma só vez, desprezando-se o último “dedo” de cerveja. Mas em nada, o fermento compromete o sabor da bebida se for servido juntamente com o líquido. Das três versões disponíveis no Brasil é a mais “inusitada”. Mas a melhor é a Extra Stout.