28 de dezembro de 2008

Eisenbahn Lust

Não haveria data mais apropriada para degustar esta cerveja que lembra os bons espumantes mas, que garanto, é cerveja (com malte, lúpulo e fermento), e excelente por sinal!! Realmente perfeita para grandes comemorações e festas de final de ano!!
A Lust é a primeira cerveja brasileira a ser produzida pelo método champenoise, processo utilizado na fabricação dos famosos champagnes franceses. Lust (desejo em alemão) é uma cerveja de alta fermentação, com alto teor alcoólico e bastante elegante.
A Eisenbahn inovou novamente por ser a terceira cervejaria no mundo a produzir esse tipo de cerveja. Seu processo de fabricação é bastante complexo. Inicialmente a Lust é produzida na cervejaria Eisenbahn com leveduras belgas utilizando o processo normal de fabricação de cervejas, resultando em uma “cerveja base” com 8,5% de teor alcoólico. Em seguida a cerveja é transportada para uma vinícola onde é envasada em garrafas de espumantes adicionando-se açúcar e novas leveduras, de vinho, passando por uma nova fermentação dentro da garrafa. A cerveja então, permanece por um mês nas caves da vinícola para que complete a segunda fermentação. Após a segunda fermentação a cerveja fica descansando por mais um mês para aprimoramento de seu sabor e aroma. Depois entra no processo de remuage (processo em que cada garrafa é colocada nos pupitres e girada 45 graus duas vezes ao dia com suaves inclinações, sendo que no final as garrafas ficam quase na vertical). Com o remuage a levedura se deposita no gargalo da garrafa que é congelado separando a levedura do líquido. A garrafa é, então, aberta e, com a alta pressão interna decorrente da fermentação a levedura é expulsa da garrafa, deixando o líquido límpido (processo denominado de Dégorgement). No final desse processo a Lust encontra-se com 11,5% de álcool. Por fim a rolha é colocada na garrafa ficando pronta para comercialização. Seguem impressões:

Eisenbahn Lust
deg. em 24/12/2008
Família – Ale
Estilo – Biere de Champagne (Biere Brut)
Teor de álcool – 11,5%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada
Espuma – Excelente formação e duração, firme e amarga
Aroma – Frutas cítricas/laranja, abacaxi, (pêssego?), doce, malte, leve lúpulo, especiarias. Lembra a Strong Golden Ale.
Sabor – Carbonatação “nervosa”, perlage fino e constante, corpo leve, álcool, malte, doce, cítrico de laranja, abacaxi, final seco e amargo. Também lembra a Strong Ale da Eisenbahn.
Veredicto – O que dizer desta cerveja ??!! Diferente de qualquer outra. É o tipo de cerveja que realmente se deve experimentar. Somente degustando para entender... Muito gostosa com nozes, amêndoas e avelãs. Ganhou medalha de prata no Australian International Beer Awards em março 2008.

23 de dezembro de 2008

Feliz Natal 2008 !!!

Antes de mais nada gostaria de externar meu agradecimento a minha mãe, Dona Regina, uma grande mulher que me deu condições pra hoje, poder estudar também as cervejas que tanto me realiza. Sem esquecer da minha esposa, Vivi, uma grande companheira que participa de todos meus sonhos! Amo vocês duas!
Este mês de dezembro o Santa Cerveja !! comemorou cinco meses de existência procurando sempre informar da melhor maneira possível sobre as melhores cervejas. O retorno dos amantes desta bebida maravilhosa tem sido gratificante!!!!! Adianto que ótimas novidades ocorrerão logo no início do ano, sempre com a liberdade de expor os meus sinceros sentimentos sobre as cervejas degustadas sem qualquer necessidade de agradar esse ou aquele fabricante, certo??!!.
Tenham um FELIZ NATAL, com um ano novo repleto de realizações e, claro, com boas cervejas!
M.Haicki (Equipe Santa Cerveja !!)

OBS: Postagem especial de Ano Novo, no dia 28/12/2008, última do ano!! Uma excelente cerveja nacional muito apropriada para as festas!!

21 de dezembro de 2008

Cervejas Especiais de Natal - 2008

O Natal, como sabemos, é uma comemoração cristã onde é celebrado o nascimento de Jesus Cristo. Porém, essa celebração contém diversos elementos de festividades pagãs, realizadas muito tempo antes do nascimento de Cristo, como a cerveja de Natal.
Os povos de determinadas regiões da Europa, como Alemanha e Bretanha, fabricavam sua própria cerveja e preparavam um lote especial para comemoração do Natal, com os melhores ingredientes que eram selecionados durante todo o ano.
Vejam que as cervejas, inicialmente, eram produzidas para comemorar o inverno e as divindades pagãs e com a disseminação do cristianismo os povos adaptaram sua tradição à nova religião.As cervejas de Natal costumam ser de alta fermentação, forte e com alta graduação alcoólica, perfeita para o inverno, que é a estação encontrada no hemisfério norte na época das festas.No Brasil, a antiga tradição das cervejas de Natal teve início com a produção da Eisenbahn Weihnachts Ale, do estilo amber ale, com produção em novembro e dezembro e da Baden Baden Christmas Beer, uma traditional ale. Hoje, as duas cervejarias fazem parte do Grupo Schincariol.
Seguem as impressões da Weihnachts Ale e da Christmas Beer, as nacionais especiais de Natal. Saúde!

Eisenbahn Weihnachts Ale 2008
Degustada em 20/12/2008
Família – Ale
Estilo – Belgian Pale Ale (Christmas Beer - BJCP)
Teor de álcool – 6,3%
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Acobreada.
Espuma – Ótima formação e boa duração, tipo chantili.
Aroma – Frutada, lúpulo, doce, especiarias, cítrico de lúpulo, (leve caramelo?)
Sabor – Médio corpo, boa carbonatação, doce inicial de malte seguido do amargor do lúpulo, frutado, especiarias, final doce/caramelo.
Veredicto – Boa!! Realmente indicada para harmonizar com pratos de natal!! Equilibrada. E nunca é demais lembrar, esta versão de natal da Eisenbahn também segue a Lei da Pureza Alemã de 1516.

Baden Baden Christmas Beer 2008
Degustada em 21/12/2008
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer (Christmas Beer - BJCP).
Teor de álcool – 5,5%
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Amarelo palha, levemente turva.
Espuma – Ótima formação e duração, cremosa, bege bem clara.
Aroma – Frutado, leve doce, (especiarias?), cítrico/laranja.
Sabor – Leve corpo, ótima carbonatação, frutado, doce, leve lúpulo, bastante adstringente, refrescante.
Veredicto – Corpo muito leve para uma ale. Com adição de malte de trigo, é suave e neutra. Lembra espumantes. Alguns inclusive a classificam como “beer champagne”, o que é um equívoco. Não acreditava, mas fiz o teste e posso afirmar, fica excelente com panetone, sim, eu disse panetone!! Experimente!

20 de dezembro de 2008

Santa Cerveja !! Especial de Natal

Não percam a postagem especial de Natal, amanhã, dia 21/12/2008. Duas cervejas brasileiras produzidas exclusivamente para as festas de final de ano, degustadas e analisadas pelo Santa Cerveja!!

Weihenstephaner HefeWeissbier Dunkel

Apresento hoje a versão Dunkel da cerveja de trigo da melhor cervejaria alemã, na minha opinião, em produção de cervejas weizen. Algumas informações da cervejaria encontram-se em posts anteriores. Seguem as impressões da Weissbier Dunkel:

Weihenstephaner HefeWeissbier Dunkel
Degustada em 18/12/2008
Família – Ale
Estilo – Weizenbier Dunkel
Teor de álcool – 5,3%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Castanho. Bonita cor.
Espuma – Ótima formação e duração, bege e densa.
Aroma – Banana pronunciado, cravo um pouco menos, doce, fermento.
Sabor – Médio corpo/encorpada, com boa carbonatação, refrescante, levíssimo amargor (malte), banana, cravo, doce, leve malte torrado.
Veredicto – Sou fã desta cervejaria!!! Já disse isso. Outra excelente cerveja Weihenstephan!! Gostosa e aromática na medida certa!!! Não deixem de experimentar!

17 de dezembro de 2008

Norteña

Cerveja uruguaia de razoável qualidade produzida pela FNC S/A, em Montevideo/ Uruguai e importada pela Ambev. Poucas nacionais produzidas em grande escala como Antarctica, Brahma, Primus e outras, ficam atrás dessa sul-americana com sotaque castelhano.
Às vezes vale a pena comprar pelo custo/benefício, considerando que as garrafas tem 960 ml. Porém, sempre irei preferir uma Bavária Premium, ou até uma Antarctica a esta cerveja uruguaia. As impressões:

Norteña
Família – Lager
Estilo – Pale lager
Teor e álcool – 5,0%
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa.
Aroma – Lúpulo, cereais.
Sabor – Corpo médio/leve, boa carbonatação, agradavelmente amarga com final adstringente.
Veredicto – Boa cerveja pra jogar conversa fora numa mesa com os amigos! Nada mais que isso. Nem vamos falar da desproporcionalidade da garrafa em relação ao copo...

14 de dezembro de 2008

Weihenstephaner HefeWeissbier

Mais uma da Cervejaria Weihenstephan, fundada por monges Beneditinos e situada em Freising, cidade bávara perto de Munique, que produz oficialmente cervejas de trigo desde 1040, com indícios de produção datados de 720. Para a fabricação de suas delícias, conta com o maior Banco Genético de leveduras do mundo e com a proximidade de Hallertau, maior área de plantio de lúpulo do nosso planeta. Lembro que já comentei sobre esta cervejaria em post anterior quando tratei da Vitus, uma das melhores cervejas que já tomei. Seguem as impressões desta excelente, já antecipando o veredicto, clara de trigo alemã:

Weihenstephaner HefeWeissbier
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,4%.
Temperatura de serviço – 4 graus.
Cor – Mel, turva.
Espuma – Boa formação e duração.
Aroma – Banana (++), cravo (-), doce, leve fermento, frutado.
Sabor – Médio corpo com boa carbonatação, fermento, levemente doce, cravo e banana agradáveis, discreto amargor, adstringente.
Veredicto – Definitivamente sou fanzão dessa cervejaria. Como todas as cervejas Weihenstephan, esta também é “por demais de boa”!!!! Aromática e saborosa na medida certa. Esta realmente desce redondo... Meu bem surpreendeu-se!! A preferida da minha esposa era a Franziskaner, que também é uma cerveja muito caprichada, mas depois de degustar a “Sthephan”, sua antiga queridinha ficou com a prata!!!! Coisas de uma cervejaria com receitas produzidas desde 1040...

11 de dezembro de 2008

Duvel

Em 1871, Jan-Leonard Moortgat, filho de uma família de cervejeiros, fundou junto com sua esposa, a cervejaria Duvel Moortgat. Em 1918, Albert Moortgat, filho de Jan-Leonard, então proprietário da cervejaria belga de mesmo nome, decidiu fazer uma cerveja similar as pale ales trazidas pelas tropas inglesas durante a 1ª Guerra Mundial. Depois de muitas tentativas lançou em 1923, a Victory Ale, nome dado em comemoração ao final da Guerra. A cerveja passou a ser conhecida como Duvel após um amigo de Moortgat prová-la e dizer: “Da’s nen echten Duvel” (É um verdadeiro Diabo, em flamengo). Hoje a Duvel é uma das cervejas mais conhecidas do mundo e com certeza, uma das melhores. A Moortgat também produz as cervejas de abadia Maredsous e a Vedett. As impressões desta maravilhosa cerveja belga:

Duvel
("venc. 09/2010")
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale
Teor de álcool – 8,5%.
Temperatura de serviço – 6 a 10 graus.
Cor – Dourada. Quando servida corretamente, é levíssimamente turva (a menor quantidade de levedura deve ser misturada ao líquido, deixando inclusive, um pouco de cerveja no fundo da garrafa).
Espuma – Excelente formação e duração, incrivelmente firme e cremosa.
Aroma – Cítrico, lúpulo, especiarias (cravo), fermento, laranja.
Sabor – Cítrico (laranja), maçã, doce, médio corpo e média carbonatação, levíssimo amargor do lúpulo.
Veredicto – Com certeza é precursora do estilo Strong Golden Ale, um dos que mais me agrada. Excelente corpo, sabor, aroma e com um creme que encanta até aqueles que não bebem cerveja. A Duvel é famosa por seu potente aroma de lúpulo e apesar de bastante alcoólica é bem refrescante e fácil de beber. Deliciosa também com queijos azuis. Você não pode morrer sem experimentar esta maravilha!!!!!!

8 de dezembro de 2008

Colorado Appia

Outra interessante cerveja de Ribeirão Preto/SP, produzida pela Colorado. Hoje apresento as impressões de mais uma boa opção de trigo nacional, que segue a tradição da cervejaria em acrescentar ingredientes regionais brasileiros nas suas receitas. E mais uma vez a experiência resultou em uma bebida diferenciada e gostosa. Seguem as impressões da versão trigo da Colorado:

Colorado Appia
Família – Ale
Estilo – American Wheat (com adição de mel, que diga-se de passagem, é normalmente utilizado para a elaboração deste estilo).
Teor de álcool – 5,5 %
Temperatura de serviço – 4 graus
Cor – Mel/laranja escuro, turva
Espuma – Boa/média formação e média duração.
Aroma – Mel, leve banana +, leve cravo -, doce, (laranja?)
Sabor – Boa carbonatação, médio corpo/encorpada, mel, cítrico/laranja, levíssima banana, doce com amargor quase imperceptível.
Veredicto – Boa cerveja de trigo com o diferencial e presença marcante do mel de abelhas africanas e européias. Gostosinha... Não é a melhor da cervejaria, mas indico como uma interessante e refrescante cerveja.

5 de dezembro de 2008

Equívocos do Guia da Cerveja 2008

Quando soube da publicação do Guia de Cervejas 2008 pela Editora Casa Dois, fiz o pedido rapidinho do meu! Mas quando recebi, a decepção foi na mesma proporção da ansiedade em adquiri-lo. Muitos erros foram encontrados na revista e principalmente no Guia de degustação sensorial com cervejas avaliadas pelo mestre cervejeiro do Centro de Tecnologia em Alimentos e Bebidas do Senai de Vassouras/RJ, o Sr. Álvaro Dertinate Nogueira. Razão pela qual quero acreditar que os equívocos publicados foram erros de impressão da Editora.
O cuidado para publicação de títulos destinados a um público muito específico devem ser redobrados considerando que quase sempre os leitores não serão leigos.
A idéia e iniciativa de oferecer revistas e guias para o “assunto cerveja” deve ser respeitada e apoiada por todos nós que gostamos e lutamos pelo crescimento da cultura cervejeira no Brasil. Por isso, entendam esta crítica de forma construtiva com o objetivo de melhorar cada vez mais os futuros Guias que com certeza serão publicados.
Segue a relação de alguns equívocos encontrados:

1- Na página 48, do Guia, é afirmado que todas as cervejas Weihenstephan importadas para o Brasil são de trigo. Errado!! Nós temos disponível também a Tradition, uma cerveja da família Lager, e do estilo Munich Dunkel, portanto nada a ver com as de trigo;

No livrinho da “Degustação Sensorial” que acompanha o Guia:

2- A cerveja belga Duvel, aparece classificada como pilsen na página 20. Essa cerveja é o ícone do estilo Strong Golden Ale, cerveja forte, encorpada, de alta fermentação (Ale). Nada a ver com uma pilsen que é uma lager (baixa fermentação), mais leve e com teor alcoólico bem menor;

3- Stout Baden Baden classificada como barley wine na página 07. Na verdade trata-se de uma foreign extra stout;

4- Warsteiner Dunkel classificada como pilsen escura na página 47. Na verdade é uma Munich Dunkel que nada tem de pilsen a não ser o fato de pertencerem à mesma família (ambas são lager);

5- Backer Brown apontada como lager (baixa fermentação), quando na verdade é Ale (alta fermentação), página 06;

6- Backer Trigo com informação de 4,8% de teor alcoólico, quando possui 5,0%, página 06.

3 de dezembro de 2008

Coopers Best Extra Stout

A história da Cervejaria Coopers teve início em 1852, quando Thomas Cooper, um pastor metodista de Yorkshire, cidade do interior da Inglaterra, emigrou para a Austrália. Em 1962 foi fundada em Adelaide, uma cervejaria que futuramente seria a Coopers. Hoje ela é a maior cervejaria independente da Austrália. Suas cervejas seguem a lei da pureza alemã de 1516, somente utilizando-se de água, malte, lúpulo e fermento. Todas as cervejas são refermentadas na garrafa. Nove são as cervejas produzidas pela cervejaria Australiana: Birell, Coopers Premium Light, Extra Strong Vintage Ale, Coopers Premium Lager, Coopers Mild Ale, Dark Ale, Best Extra Stout, Original Pale Ale e Sparkling Ale, sendo que somente as três últimas são importadas pelo Brasil. Seguem as impressões da boa Stout:

Coopers Best Extra Stout
Família – Ale
Estilo – Foreign Extra Stout
Teor de álcool – 6,3%.
Temperatura de serviço – 6 a 8 graus.
Cor – Preta.
Espuma – Ótima formação e boa/média duração, bege e cremosa.
Aroma – Malte tostado, chocolate, café pronunciado, caramelo, (lúpulo?).
Sabor – Médio corpo/encorpada, média carbonatação, doce, maltes torrados, fermento, amargor do malte torrado com final também torrado.
Veredicto – Esta cerveja refermentada na garrafa é bastante peculiar. Não é tão encorpada como a Stout Baden e nem tão leve como a Guinness Draught. Muito boa cerveja, mas também muito cara considerando que existem outras opções tão boas quanto e mais em conta.

1 de dezembro de 2008

Traquair House Ale

A cervejaria escocesa Traquair House Brewery foi fundada em 1965 por Peter Maxwell Stuart. No local, já havia funcionado uma cervejaria no século 18, que atendia o consumo dos funcionários e proprietários das terras de uma fazenda. Os equipamentos foram restaurados por Peter para dar continuidade à produção. A cervejaria fica localizada ao lado de um prédio histórico, o Traquair House, construído em 1107, que já chegou a ser casa de caça dos Reis e Rainhas da Escócia e também refúgio de padres católicos na época da dinastia Stuart. A “estrela” da cervejaria é a House Ale, uma Strong Dark Ale puro malte, que sofre a fermentação primária em barris de carvalho. Mais três cervejas são produzidas pela Traquair, mas infelizmente não as encontramos no Brasil. São elas: The Lairds Liquor, Traquair Bear Ale e Traquair Jacobite Ale. Seguem as impressões desta bela cerveja de guarda que no caso específico “venceria” em 2016:

Traquair House Ale
("vencimento Dez/2016")
Degustada em 03/11/2008
Família – Ale
Estilo – Strong Scotch Ale (também classificada como strong dark ale)
Teor de álcool – 7,2%.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Castanho escuro.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Malte, doce, ameixa, carvalho, baunilha, bastante complexo.
Sabor – Encorpada, média/pouca carbonatação, doce do malte no início, ameixa, carvalho, com final levemente amargo e seco. Sabor também complexo.
Veredicto – Maravilhosa cerveja escocesa. Uma das melhores que já degustei. Algumas cervejas são tão complexas que ficam sem personalidade. Não é o caso da Traquair House, que faz da sua complexidade algo único. Esta cerveja "envelhece" sete dias em barris de carvalho (oak) o que com certeza lhe confere aroma e sabores muito especiais.