30 de março de 2011

König Ludwig Dunkel

A arte cervejeira está ligada diretamente à história da família real bávara Wittelsbacher. Os negócios da família, hoje, são administrados por Luitpold, príncipe da Baviera. Uma das marcas da cervejaria familiar é a König Ludwig juntamente com a Kaltenberg. Das cervejas alemãs produzidas pela Schlossbrauerei Kaltenberg disponíveis no Brasil, temos esta ora apresentada versão Munich Dunkel. Seguem as impressões da König Ludwig Dunkel:

König Ludwig Dunkel
Deg. 03/06/2010
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel
Teor de álcool – 5,1 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Marrom/cobre escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e duração, bege.
Aroma – Chocolate, toffee, doce, torrado.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, toffee, torrado, chocolate, doce, leve amargor final de lúpulo e malte torrado, retrogosto amargo e de toffee.
Veredicto – Cerveja interessante. Munich Dunkel dentro dos padrões para o estilo. Note que na formulação desta versão é utilizado extrato de lúpulo, mas o amargor fica em segundo plano assim mesmo, sendo lembrado quase que só no final. Sabor de maltes e chocolate bastante agradáveis. Para quem é fã do estilo, é uma boa pedida.

Flensburger Dunkel

Mais um estilo tradicional alemão, agora uma escura de Munique. Seguem as impressões da Flensburger Dunkel:

Flensburger Dunkel
Deg. 27/02/2011
Família – Lager.
Estilo – Munich Dunkel
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho avermelhado, límpida.
Espuma – Pouca formação e pouca duração, bege.
Aroma – Mosto, caramelo, leve torrado, (levíssimo chocolate?), (pão-de-mel??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce do malte, levíssimo amargor, caramelo,leve acidez do malte torrado, final doce com amargo de lúpulo equilibrado.
Veredicto – Cerveja de estilo que não me arrebata!!! Honesta, mas com outras disponíveis no Brasil que são tão competentes quanto. As Flensburger são cervejas típicas aos estilos propostos, e por conta disto merecem respeito!

Flensburger Weizen

Continuando com a escola alemã, apresento mais uma opção para os amantes de cervejas de trigo. Seguem as impressões da Flensburger Weizen:

Flensburger Weizen
Deg. 27/02/2011
Família – Ale.
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 5,1 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Cor de mel, turva.
Espuma – Boa/ média formação e boa duração, branca, cremosa.
Aroma – Banana e cravo, leve fermento, (maçã madura?).
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, cravo e adocicado evidentes, banana, acidez equilibrada.
Veredicto – Embora o rótulo informe apenas com a inscrição weizen, trata-se de uma cerveja de trigo não filtrada (com fermento – “hefe”) que é menos turva do que normalmente são as cervejas do estilo. Provavelmente a melhor versão da Flensburger, que tem o cravo dominando aroma e sabor. Tem baixa drinkability, considerando sua doçura excessiva.

23 de março de 2011

Flensburger Gold

Alguns estilos alemães me agradam. Outros, como a versão da Flensburger que apresento hoje, não me entusiasmam muito. Embora seja ótima opção para o estilo. Seguem as impressões da Flensburger Gold:

Flensburger Gold
Deg. 27/02/2011
Família – Lager.
Estilo – Dortmunder/ Export
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, branca.
Aroma – Malte (lembrando mosto) mais destacado que o lúpulo herbal, doce, (“sucrilhos”?), leve milho cozido que não compromete o conjunto.
Sabor – Médio/ leve corpo e boa carbonatação, doce do malte, leve amargor de lúpulo, discreta acidez, final levemente seco e adocicado do malte.
Veredicto – Uma cerveja sem muito que enaltecer. É uma boa dortmunder, porém existem outras tão boas quanto. Umas mais adocicadas (caso desta), outras remetendo mais ao amargo. A garrafa é bem “bonitinha” e a versão fácil de beber.

20 de março de 2011

Flensburger Winter Bock

Outra versão disponível no Brasil produzida pela alemã Flensburger é uma maibock. É um estilo considerado novo e para alguns estudiosos da cerveja, o termo correto é helles bock, por considerarem a versão uma munich helles mais intensa, sendo utilizado o termo maibock para os exemplares sazonais. Seguem as impressões da Flensburger Winter Bock:

Flensburger Winter Bock
Deg. 05/02/2011
Família – Lager.
Estilo – Maibock (ou Helles Bock).
Teor de álcool – 7,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja escuro/âmbar, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, bege clara.
Aroma – Caramelo, malte intenso, doce, levíssimo álcool, leve tostado.
Sabor – Médio corpo e média/ baixa carbonatação, doce do malte, “sensação quente”, levemente licorosa, final também doce com leve amargor de lúpulo e retrogosto maltado, (certa adstringência??).
Veredicto – Vejam que se trata de um estilo que não me agrada. Porém, me surpreendeu positivamente. O álcool não aparece no sabor, embora traga a sensação de calor depois do gole. É doce mas sem enjoar. Para quem gosta de uma boa helles bock, esta é a opção que indico!! Santa Cerveja !! para os apreciadores do estilo.

18 de março de 2011

Flensburger Pilsener

Cervejaria fundada em 1888, pelos cidadãos de Flensburg, localiza-se no extremo norte da Alemanha e é controlada até hoje pelas famílias fundadoras. As cervejas lá produzidas são distribuídas por todo o país e são conhecidas pelo típico e diferente fechamento "flip-top" (conhecidas também como "swing top") de suas garrafas com o carinhoso apelido "Flens". A cervejaria continua se abastecendo, até hoje, do mesmo reservatório de água que data da “Era do Gelo”, resultante do degelo dos “glaciares escandinavos”. Quer mais história????? O brasão da Flensburger evoca a tradição naval da região de Hamburgo e o Mar do Norte. Começo a apresentar as respeitáveis alemãs!! Seguem as impressões da Flensburger Pilsener:

Flensburger Pilsener
Deg. 05/02/2011
Família – Lager.
Estilo – German Pils.
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, branca.
Aroma – Cereais, malte destacado, doce, leve lúpulo.
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, início doce a agradável de malte, final amargo de lúpulo, com retrogosto de lúpulo e leve adocicado. Relativamente seca.
Veredicto – Espuma muito boa na formação e duração. Bela garrafa que me assustou quando abri. Explico: Não fez o “tchiii” (barulhinho característico das cervejas). Pensei que a amostra estivesse com problemas. Mas, não! É uma boa pilsen alemã, mas um pouco mais de aroma da “trepadeira” (lúpulo), deixaria a versão da Flensburger mais definida no estilo proposto.

17 de março de 2011

Rogue Morimoto Soba Ale

Acabo com a apresentação das americanas Rogue que encontrei no Brasil. Algumas que não postei estiveram disponíveis, mas não consegui compra-las. Espero que voltem!!! Então vamos lá!!!! A derradeira traz novamente o “soba”, trigo-sarraceno que é rico em potássio, fósforo, vitamina B, proteína e também é isento de gordura. É também muito utilizado na cozinha japonesa e reconhecido pelo seu valor nutricional. Seguem as impressões da Rogue Morimoto Soba Ale:

Rogue Morimoto Soba Ale
Deg. 22/11/2010
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer (também classificada como Spice/Herb/ Vegetable Beer??)
IBU – 30
Teor de álcool – 4,8 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Cor-de-mel, levemente turva.
Espuma – Média formação e média/boa duração, bege clara.
Aroma – Doce, maltado, aroma específico provavelmente de “soba” tostado, cítrico, casca de laranja cristalizada, lúpulo floral fresco.
Sabor – Médio corpo, média/baixa carbonatação, leve doce, seca, gengibre, bom drinkability, leve amargor de lúpulo final, certa adstringência.
Veredicto – Tão boa quanto sua irmã, a Black Soba. Assim como a versão escura, apresenta aroma e sabor característico da “soba” utilizada na receita. Com bom drinkability. Mas, como já disse, os preços das Rogue não ajudam nas vendas.

16 de março de 2011

Rogue Morimoto Black Obi Soba

Hoje e amanhã postarei duas Rogue bastante inusitadas. A de hoje utiliza na receita o “soba”(trigo sarraceno) torrado, que traz aroma e sabor diferenciado para esta cerveja e que a faz ser classificada da maneira como foi. Seguem as impressões da Rogue Morimoto Black Obi Soba:

Rogue Morimoto Black Obi Soba
Deg. 13/11/2010
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer (já vi como Specialty Grain??)
IBU – 30
Teor de álcool – 4,8 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Boa formação e duração, cremosa, bege.
Aroma – Chocolate, torrado, leve lúpulo floral, aroma específico e diferente provavelmente de (“soba” torrado??)
Sabor – Médio corpo, média/baixa carbonatação, torrado, chocolate, leve café, amargor de lúpulo, certa adstringência, final amargo de torrado e lúpulo, com sabor peculiar por conta, provavelmente, do “soba torrado”.
Veredicto – Diferente e agradável. O ingrediente “soba” faz realmente a diferença trazendo sabor e aroma incomuns nas cervejas. Ótimo drinkability. O creme apresenta bolhas pequenas e duradouras, coroando o líquido até o gole final!!!! Santa Cerveja !!

14 de março de 2011

Flying Dog Raging Bitch

Só pra descontrair dentre as americanas Rogue, lanço mão de outra yankee. Para comemorar 20 anos da cervejaria, a Flying Dog criou outra receita. Para tanto, utilizou como base a versão Snake Dog India Pale Ale, aumentou a carga de lúpulo ao “extremo” e valeu-se do fermento de inspiração belga “El Diablo”. O resultado foi uma boa cerveja, porém não tão equilibrada. Seguem as impressões da Flying Dog Raging Bitch:

Flying Dog Raging Bitch
Deg. 08/03/2011
Família – Ale
Estilo – Imperial IPA (classificada também como Belgian IPA).
IBU - 60
Teor de álcool – 8,3 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja escuro/Castanho claro, levemente turva.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, bege bem claro.
Aroma – Lúpulos evidentes remetendo ao cítrico e floral, frutado, abacaxi e pêssego, caramelo, (condimentada?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, amargor e sabor de lúpulos evidentes, cítrico, leve caramelo, álcool percebido pela “sensação quente”, (condimentos??), doce de maltes se faz lembrar, mas não sobrepõe o amargor, final seco e amargo/doce persistente.
Veredicto – Turbidez a frio que melhora com o aquecimento. Camada perene de espuma acompanha a cerveja até o último gole. Álcool só perceptível pela sensação de calor. Sem contar o álcool, que é até “discreto” no conjunto, pode-se considerar uma Imperial IPA, embora a cervejaria a tenha classificado como belgian IPA. De qualquer forma, nesta versão é o lúpulo quem brilha!!! Bons exemplos de Belgian IPA são: Gouden Carolus Hopsinjoor e Urthel Hop-it. Seminarista Cerveja !!

13 de março de 2011

Rogue Brutal Bitter

Continuo com as americanas Rogue. Outra versão muito boa!!!! Seguem as impressões da Rogue Brutal Bitter:

Rogue Brutal Bitter
Deg. 12/11/2010
Família – Ale
Estilo – Extra Special Bitter (ESB)
IBU – 59
Teor de álcool – 6,0 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja, turva, mais turva no último copo.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege clara.
Aroma – Lúpulo evidente, doce, cítrico e floral do lúpulo.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, leve dulçor acompanhado de amargor evidente de lúpulo agradável, final amargo com certa adstringência, residual maltado.
Veredicto – Embora de um estilo mais “enjoado”, tem bom drinkability. Muito boa. Pena que as cervejas da marca parecem não ter tido boa aceitação, provavelmente por serem mais caras (graças também aos impostos brasileiros). O fato é que esta versão e a brown ale, a juniper e a red ale da cervejaria são minhas eleitas!! Santas Cervejas !!

11 de março de 2011

As cervejas de Piracicaba/SP

Quem acompanha o Santa Cerveja !! sabe que este blog tem como objetivo degustar cervejas e apresentá-las de forma simples e sincera. Não é comum encontrar postagens com visitas nas cervejarias ou noticiar terremotos que destruíram cervejarias. Pra isso, existem outros blogs que dão conta do recado muito bem. Porém, fui pra Piracicaba/SP e não poderia deixar de mostrar um pouco da Cevada Pura e da Dama Bier, cervejarias onde fui extremamente bem recebido. Na primeira, onde a marca tem um simpático camelo, fui recepcionado pelo Chico, que trabalhou na saudosa Alles Bier, de Campinas. Enquanto observava os equipamentos da fábrica e experimentava as boas cervejas (stout, trigo, pilsen filtrado - este com 70% cevada e pilsen tradicional – puro malte sem filtrar), o proprietário e cervejeiro, Alexandre Moraes, chegou e como bom anfitrião contou de sua trajetória no mundo da cerveja mostrando alguns detalhes de sua cervejaria. Alexandre também falou do Cevada Chopp Bar, que infelizmente abriria só as 17h. Na saída adquiri algumas cervejas que serão postadas futuramente. Na seqüência, rumei para a Dama Bier. Lá o cervejeiro estava atarefado cuidando dos últimos detalhes para o lançamento da Dama Bier Stout (que já tem até rótulo definido), e não pode nos ciceronar, função que coube ao Antonny, novo funcionário da cervejaria. Depois de nos acompanhar por toda a fábrica com toda paciência do mundo, tive a oportunidade de “beber na teta da vaca”. Expressão tosca, mas que define muito bem quando se toma a cerveja (ou chope, mais correto tecnicamente) extraído direto do tanque de maturação. Não tem coisa mais gostosa. Experimentei as versões IPA (excelente), trigo (muito bom) e o München (um perfeito Munich dunkel). Fomos apresentados ao bar da fábrica e em seguida, lógico, adquiri minhas amostras para futuras postagens. A Dama também é da família Bazzo. Pra quem se esqueceu, a Bamberg (que visitarei em 19/03 pelo curso Doemens/Senac) de Votorantim/SP, também é de um Bazzo, o Alexandre. Família de sorte, hein!!?? A decepção ficou por conta da Cervejaria Leuven, que não informa seu endereço ou telefone no site. Não consegui encontrá-la de maneira alguma. Abaixo, algumas fotos das cervejarias e dos personagens desse cervejeiro dia!!
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..............................................O proprietário e cervejeiro, Alexandre.



......................................Minha esposa, com a versão trigo e eu com a IPA.

.......................................... Antonny, que apresentou a Dama pra mim.

10 de março de 2011

Rogue American Amber Ale

Cheguei de Piracicaba como anunciado ontem e já tratei de cumprir com meu compromisso de postar com freqüência. Amanhã, falo sobre a Cevada Pura e a Dama Bier. Infelizmente a Leuven foi impossível de encontrar. Não havia piracicabano que soubesse do seu paradeiro. Hoje vou de Rogue, mais uma... Seguem as impressões da Rogue American Amber Ale:

Rogue American Amber Ale
Deg. 06/11/2010
Família – Ale
Estilo – American Amber Ale/Red Ale
IBU – 53
Teor de álcool – 5,2 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar/acobreado, turva.
Espuma – Média formação e média duração, dourada.
Aroma – Lúpulo evidente, caramelo, toffee, cítrico e floral do lúpulo.
Sabor – Médio corpo, baixa carbonatação, início amargo de lúpulo evidente, caramelo, final amargo/doce com retrogosto também amargo do lúpulo.
Veredicto – Boa Rogue que lembra muito as ales inglesas. Menos intensa que a Dry Hopped St. Rogue Red Ale, já postada no Santa Cerveja !! Esta versão é mais “leve” (menos lúpulo, menos malte, menos álcool), porém, digna de vestir o rótulo Rogue, que faz excelentes cervejas.

9 de março de 2011

Rogue Hazelnut Brown Nectar

Todas as versões da americana Rouge não utilizam antioxidantes, corantes e estabilizantes. São cervejas muito bem produzidas e até o momento não me decepcionei com as que degustei. Hoje, seguem as impressões da Rogue Hazelnut Brown Nectar, uma brown ale de tirar o chapéu:

Rogue Hazelnut Brown Nectar
Deg. 05/11/2010
Família – Ale
Estilo – American Brown Ale
IBU – 33
Teor de álcool – 5,6 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro, turva.
Espuma – Média formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Nozes, avelãs, doce de leite, “torrado fino”.
Sabor – Médio corpo, baixa carbonatação, avelã, nozes, castanhas, delicioso torrado, notas de chocolate, (levíssima nota de café??), amargor final do malte torrado com doce em harmonia perfeita.
Veredicto – Melhor brown ale da minha vida!!! Um aroma de doce de leite também percebido no sabor, com respaldo das avelãs. Tudo isso oferecido em um corpo deliciosamente aveludado. Com bom drinkability, mesmo tratando-se de um estilo que não tem essa característica. Uma das melhores versões da Rogue. Santa Cerveja !!

8 de março de 2011

Rogue Juniper Pale Ale

Depois de três dias afastado do meu blog (por justo motivo- estava fazendo cerveja em Serra Negra/SP), voltei com mais Rogue. Hoje, falando da Juniper Pale Ale. O gim, recebeu esse nome por conta da palavra "genievre", a expressão francesa para a fruta do junípero, que lhe dá sabor característico. Os britânicos diziam que uma infusão de gim tinha a função de restaurar a juventude bem como a de proteger. Era uma planta tradicionalmente cultivada na entrada das casas para protegê-las do mal. Os ramos de junípero eram queimados como forma de evitar doenças contagiosas e os médicos medievais mascavam seus frutos quando trabalhavam para evitar infecções. A madeira do junípero é ainda utilizada para fazer lápis e com propriedades semelhantes ao cedro pode repelir traças. O junípero apresenta fragrância herbácea, apimentada, lembrando pinho e cânfora. É considerado um anti-séptico, adstringente, com possibilidade de aliviar as dores do reumaticas, a artrite e dores musculares, além de melhorar a circulação. Mas atenção aos desavisados: o junípero pode estimular excessivamente os rins. Assim, evite-o se os seus rins estiverem inflamados ou infectados. A cerveja da americana Rogue produzida com este fruto merecia toda esta atenção. É uma cerveja única, saborosa e aromática por conta da “frutinha” destacada neste post. Seguem as impressões da Rogue Juniper Pale Ale:

Rogue Juniper Pale Ale
Deg. 26/10/2010
Família – Ale
Estilo – American Pale Ale
IBU – 34
Teor de álcool – 5,2 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja, cor-de-mel, turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Frutada, doce de malte, lúpulo floral evidente, aroma específico destacado provavelmente pelo junípero.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce suave, frutada, laranja, (mel?), gosto floral evidente, final seco com médio amargor de lúpulo persistente.
Veredicto – Nunca vi nem comi “juniper berries”, mas esta cerveja tem aroma e sabor diferenciado, bastante floral, que talvez seja por conta desta fruta. Já desisti de achar que não vou mais me surpreender. Esta versão da Rogue é muito boa. Pale ale americana de tirar o chapéu ou estender o copo, se preferir!!! Tudo na Juniper Pale Ale é superlativo, inclusive a espuma. Delícia!!! Diferente, aromática e saborosa. Santa Cerveja !!

4 de março de 2011

Rogue Dead Guy Ale

O atual rótulo da Dead Guy Ale foi criado nos anos 90, para comemorar o Dia dos Mortos Maia, na Casa U Betcha, em Portland, Oregon. O design fez tanto sucesso entre os consumidores da versão, que a americana Rogue o adotou como rótulo oficial. Seguem as impressões da Rogue Dead Guy Ale:

Rogue Dead Guy Ale
Deg. 01/10/2010
Família – Lager
Estilo – Maibock
IBU – 40
Teor de álcool – 6,8 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Cobre, límpida, turva na última taça.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, densa, cremosa, bege clara.
Aroma – Lúpulo, doce, leve álcool, notas de biscoito, (nozes???), caramelo, toffee.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, doce, leve/médio amargor de lúpulo, álcool mais perceptível que no aroma, final amargo/doce mais intenso que nas bocks tradicionais, bastante maltada.
Veredicto – Cerveja que se aproxima de uma maibock. A lembrança de nozes faz fugir do referido estilo. É uma versão que não se encontram tantos rótulos disponíveis no mercado nacional. Aliás, se não me engano, é a primeira a aparecer por aqui! Para amantes de cervejas mais alcoólicas e intensas, é a pedida.

3 de março de 2011

Rogue Mocha Porter

Interessante nas Rogue, é como se chega ao teor de álcool das versões produzidas. No próprio site da Rogue é informado que deve-se dividir o grau plato indicado na garrafa por 2,5 e obter-se-á o valor aproximado do teor alcoólico. Seguem as impressões da Rogue Mocha Porter:

Rogue Mocha Porter
Deg. 30/09/2010
Família – Ale
Estilo – Porter
IBU – 54,51
Teor de álcool – 5,2%
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro intenso.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Torrado, caramelo, toffee, leve chocolate, doce, (lúpulo leve?).
Sabor – Médio/ leve corpo, média carbonatação, certa acidez, torrado, chocolate, (amargor de lúpulo leve?), (café?), final de chocolate e amargo de malte torrado, aftertaste doce de malte leve com amargor de lúpulo e malte torrado.
Veredicto – Mais uma boa Rogue. A versão porter é quase que fiel ao estilo, lembrando pouco café (que não deve ser percebido em porters) com ênfase no chocolate. Esta versão situa-se entre uma brown porter e uma robust porter. Sua acidez incomoda um pouco.

2 de março de 2011

Rogue Dry Hopped St. Rouge Red Ale

O lúpulo é tão importante para os americanos que a maioria das cervejarias por lá indicam nos rótulos de suas cervejas o IBU (unidade internacional de amargor). A Rogue não foge a regra. Seguem as impressões da boa Rogue Dry Hopped St. Rouge Red Ale:

Rogue Dry Hopped St. Rouge Red Ale
Deg. 29/09/2010
Família – Ale
Estilo – American Red Ale.
IBU - 44
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho avermelhado, levemente turva.
Espuma – Boa formação e ótima duração, Cremosa, bege, densa.
Aroma – Lúpulos americanos evidentes, doce, leve caramelo.
Sabor – Médio corpo, baixa carbonatação, malte, caramelo, amargor de lúpulo, final persistente de lúpulo floral e doce do malte.
Veredicto – Excelente cerveja de um estilo que remete a IPA. A espuma desta versão é fantástica. Passa pelo processo de "Dry Hopping" como informa no próprio nome. Com certeza ótima para harmonizar com carnes vermelhas. As Rogue estão me surpreendendo. Por enquanto 100%. As duas versões que degustei estão aprovadas.