31 de julho de 2011

Dama Bier München

Outra clássica receita da escola alemã que segue a lei de pureza de 1516 da Baviera, muito bem produzida pela Dama. Como é sabido, estou falando de um estilo que não é dos meus preferidos. Porém a cervejaria de Piracicaba desenvolveu outra boa receita. Seguem as impressões da Dama Bier München:

Dama Bier München
Deg. 19/03/2011
Família – Lager
Estilo – Munich Dunkel.
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, bege clara.
Aroma – Maltes intensos, doce, caramelo, biscoito, (lúpulo leve ???).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, maltes seguidos de leve e agradável amargor em ótima harmonia, biscoito e levíssimo caramelo.
Veredicto – Boa escura de Munique produzida no Brasil!! A Dama está fazendo cervejas que tem personalidade, mas que não “assustam os viajantes de primeira viagem”. Entenderam??? São cervejas de estilos mais elaborados, com mais informações, mas sem extremos!! Indico esta versão também, que tem a cor bonita e característica do estilo herdada apenas dos maltes, sem caramelo!!

28 de julho de 2011

Dama Bier Weiss

Inaugurada em 2009, pelos Bazzo, sobrenome conhecido no mundo cervejeiro com história ligada a da Bamberg e também da Burgman, a Dama Bier está em Piracicaba/SP (cidade demais com aquele riozão e boas cervejarias). Com aproximadamente 1189 m2, produz cerca de 50.000 litros de cerveja por mês. Do bar da fábrica é possível visualizar toda a produção das cervejas Dama. Quando visitei a fábrica quatro versões eram engarrafadas e uma Stout estava quase pronta para encontrar os amantes de boas cervejas. Começo hoje a apresentar as cervejas da fábrica piracicabana. Seguem as impressões da Dama Bier Weiss suando:

Dama Bier Weiss
Deg. 19/03/2011
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Amarelo pálido, turva.
Espuma – Média formação e média duração, branca.
Aroma – Cravo, banana, doce, fermento.
Sabor – Médio corpo e média/boa carbonatação, doce de malte, banana e cravo, certa adstringência, evidente acidez, leve fermento, levíssimo amargor de lúpulo.
Veredicto – Para uma cerveja de trigo, o creme deixa um pouco a desejar. Mas é bem saborosa e aromática trazendo a tona as características principais do estilo. Algumas versões de weizen são adocicadas demais, já a Dama de trigo apresenta-se bem equilibrada, destacando o cravo, que particularmente, me agrada. Também poderia ser mais carbonatada contribuindo para a refrescância. No geral, ótimo custo/benefício!!

26 de julho de 2011

Heineken Star Bottle

Produzida desde 1990 no Brasil, a cerveja Heineken é puro malte e não utiliza conservantes. Sempre inovando, a última criação da cervejaria é a Star Bottle, uma cerveja envasada numa garrafa de alumínio que tem como “vedete”, a própria garrafa!! Esta versão produzida na Holanda, uma vez exposta à luz negra (comumente encontrada em casas noturnas e motéis, rsrsr), revela várias estrelas cadentes no gargalo da garrafa, até então ocultas!! A grande estrela destacada no rótulo, símbolo da marca, faz jus ao nome desta versão baladeira da boa e velha Heineken. Fiquei na expectativa de haver alguma diferença em razão da produção da cerveja se dar no país de origem. Então, seguem as impressões da Heineken Star Bottle:

Heineken Star Bottle
Deg. 26/07/2011
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (Premium American Lager)
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourado intenso, límpida.
Espuma – Média formação e média duração, branca.
Aroma – Doce dos maltes intenso, cereais, leve lúpulo.
Sabor – Médio corpo e boa/média carbonatação, adocicada, maltes, leve amargor.
Veredicto – Diferentemente das Heineken envasadas nas garrafas de vidro que estamos acostumados, e mesmo das envasadas em lata (com menos aroma característico), esta versão apresentou o mínimo de “lightstruck”, aroma comum da marca e considerado defeito sensorial em outras cervejas. A Star Bottle também é menos amarga, menos carbonatada e mais adocicada. Lógico, precisamos nos ater ao objetivo da cervejaria quando lançou a garrafa de alumínio com estrelas que brilham no escuro!! A festa e comemoração é o foco! Mas se quiser beber uma boa Heineken, escolha a garrafa de sempre.

24 de julho de 2011

Lucan Export

A cidade tcheca de Zatec, com aproximadamente 20.000 habitantes (censo 2004), produz lúpulos de fama mundial desde o século X. No fim do século XVIII, havia trinta maltarias e quatro cervejarias na cidade. Em 1800 uma nova cervejaria, também de nome Zatec, iniciou sua produção nas ruínas de um castelo na cidade. Com o tempo, os antigos tanques de fermentação foram reformados, uma moderna sala de brassagem foi construída e investiu-se em alta tecnologia para engarrafamento e envase. Dentre os vários rótulos produzidos, apenas um, por enquanto, chegou ao Brasil. Seguem as impressões da Lucan Export:

Lucan Export
Deg. 21/07/2011
Família – Lager
Estilo – Bohemian Pilsener.
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourado intenso/âmbar, leve turbidez.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege clara, cremosa.
Aroma – Maltes, biscoito evidente, mel agradável, leve lúpulo fino floral.
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, doce dos maltes, amargor fino do lúpulo em segundo plano, mas equilibrando o dulçor, final amargo e relativamente seco com leve adocicado maltado.
Veredicto – Antes, as bolhas formadas no fundo da taça poderiam indicar uma limpeza deficiente do vidro. Mas no caso em questão não foi o que ocorreu. A taça estava muito bem limpa. Não sei ainda o que pode ter acontecido. Fora isso, é uma cerveja surpreendente!! É muito boa! E o biscoito que o importador chamou a atenção na divulgação do produto, realmente aparece muito evidente e agradável no aroma. O mel levemente percebido, é o diacetil presente e necessário para o estilo proposto. É isso, outra pilsen tcheca muito bem feita como de praxe. Defeito?? O rótulo não traz qualquer informação!! Nem as básicas como teor de álcool, por exemplo. Aí é necessário recorrer ao site da cervejaria para sanar as dúvidas!

22 de julho de 2011

Chimay Première

Todas as Chimay estão de “roupa nova”, com rótulo um pouco modificado e com cores mais “brilhantes”. Eu achava mais elegante e “medieval”, antes!!! Mas o que importa mesmo é a... Cerveja!!!! Isso mesmo! E esta versão arrolhada batizada de Premiere é boa! Sobre a cervejaria, informações podem ser encontradas em posts anteriores sobre a Chimay. Estava devendo só este rótulo! Seguem as impressões da Chimay Première:

Chimay Première
Deg. 20/07/2011
Família – Ale
Estilo – Dubbel (Authentic Trappist).
Teor de álcool – 7,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus. (pela cervejaria, 10º C a 12º C ou mais ou menos 8ºC, caso queira uma refrescância maior).
Cor – Acobreada/marrom claro, turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Maltes, doce, caramelo, álcool, frutas vermelhas/morango, (lúpulo?), chocolate.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, doce dos maltes, chocolate, frutas vermelhas/cereja, leve acidez, amargor de lúpulo final com certa adstringência.
Veredicto – Apresentou maior turbidez no segundo cálice! Realmente recomendo as versões arrolhadas da Chimay! Pode ser coincidência, mas todas as garrafas com rolha que degustei estavam infinitamente melhores do que as garrafas com as conhecidas “tampinhas”. Não sou fã número um da Chimay, mas uma Chimay é sempre uma Chimay!!! Seminarista Cerveja !! Não Santa !!

21 de julho de 2011

Arsenalnoye Traditional

As cervejas Arsenalnoye são produzidas pela Baltika Breweries desde de 2000 e desde junho de 2008 toda a linha ganhou novo rótulo. O escudo com linhas concisas serve para fortalecer o posicionamento tradicional da marca. E esse escudo, não é apenas um símbolo de força, mas também de “proteção” da qualidade da cerveja. Segundo a cervejaria, o próprio rótulo traz: “Protected Quality” (qualidade protegida) que eu particularmente não consegui encontrar (talvez por estar em russo rsrsr). A marca Arsenalnoye tem mais de 25 prêmios em vários concursos russos e internacionais. Além do rótulo “Traditional”, que é o único disponível, por enquanto, no Brasil, a Arsenalnoye tem mais três versões (Gold, Strong e Live). Seguem as impressões da Arsenalnoye Traditional:

Arsenalnoye Traditional
Deg. 21/07/2011
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (Premium American Lager).
Teor de álcool – 5,1 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa, branca.
Aroma – Maltes evidentes, doce, (mel?), notas leves de lúpulo, cereais.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, doce dos maltes seguido de leve amargor de lúpulo, final amargo moderado e levemente adocicado.
Veredicto – Outra boa pale lager com amargor agradável principalmente no final. Esta versão também é do grupo Carlsberg, produzida pela mesma russa, a Baltika. O provável mel percebido no aroma é o único detalhe negativo do rótulo se pensarmos em inscrevê-la num concurso!! No mais, é uma boa cerveja que leva também cereais não maltados na receita. Embora traga sensação refrescante, seu drinkability é razoável!

19 de julho de 2011

Baltika 7 Export

Em dezembro de 2008, a Baltika Breweries participou do World Beer Championships in the USA, considerado o campeonato de cervejas mais antigo do mundo e o júri do concurso, formado por profissionais especialistas, concedeu à Baltika 7 Export a medalha de prata na categoria "Dortmunder Lager". A Export russa é considerada uma versão inovadora em razão de detalhes em suas embalagens. Note que a tampa utilizada para a garrafa é do estilo ring crown (sistema finlandês) e também é conhecida como a primeira cerveja russa em lata. Seguem as impressões da Baltika 7 Export:

Baltika 7 Export
Deg. 14/07/2011
Família – Lager
Estilo – Dortmunder/Export.
Teor de álcool – 5,4 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, branca.
Aroma – Malte e lúpulo equilibrados, picante, levíssimo “vegetal cozido”.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, leve malte, lúpulo mais pronunciado (mas não exagerado), final de “mosto”com leve amargor de lúpulo.
Veredicto – Outra versão puro malte da cervejaria russa e uma boa Dortmunder lançada em São Petersburgo/Rússia, no ano de 1994! De todas as Baltika, esta versão 7 Export e a 5 Gold Lager são as menos expressivas, mas muito bem produzidas também. O grande objetivo do estilo em questão, segundo o BJCP, é alcançar o equilíbrio de amargor de lúpulo com a doçura dos maltes! Alguns entendem que este equilíbrio é característica buscada em uma Helles. O fato é que a Baltika Export é realmente equilibrada no referido aspecto. Também é refrescante. Vale a pena, e o bolso não dói!

17 de julho de 2011

Baltika 8 Wheat

A Baltika 8 Wheat foi lançada em 2001 e é exportada para 29 países. A versão de trigo não filtrada da cervejaria russa tem traços fortes de personalidade como vocês verão na degustação. A Baltika 8 também é premiada. Em 2008, ganhou medalha de bronze na categoria Wheat Beer Packaged, no Australian International Beer Awards, bem como a Osiris de Ouro na categoria Melhor Wheat Beer no concurso de degustação profissional no X Big Moscow Beer Festival. Seguem as impressões da Baltika 8 Wheat:

Baltika 8 Wheat
Deg. 09/07/2011
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,0%.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Alaranjada, turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, branca.
Aroma – Fermento bem evidente, seguido de banana moderada e leve cravo, doce, cítrico, frutada, (frutas vermelhas???).
Sabor – Médio corpo e boa carbonatação, doce agradável, banana e fermento outra vez evidentes, especiarias/cravo, cítrico, leve acidez.
Veredicto – Muito saborosa!!! Uma cerveja de escola alemã feita na Rússia que se não contar (e não levar em conta características muito peculiares deste rótulo), ninguém duvida que é genuinamente alemã! É menos doce do que normalmente é uma weizen! Também “acredito” que percebi algo diferente do que se tem em cervejas do estilo!!! Estou falando de aroma de “frutas vermelhas”. A visão tende a dominar os outros sentidos. Digo isso, porque alguém pode achar impossível “encontrar aroma e sabor de morango, por exemplo, em uma cerveja alaranjada!!! Devemos nos “despir de preconceitos” quando degustamos cervejas!!! O bom desta versão é que não empapuça como normalmente ocorre com as weizen! Este estilo sempre trouxe a sensação de me deixar alimentado!! Por último, interessante que a Baltika 8 não apresentou turbidez a frio! Isso só ocorreu no copo depois de homogeneizado o fermento!! Nota dez!! Santa Cerveja !!

15 de julho de 2011

Baltika 9 Extra

Produzida desde 1998, a Baltika 9 Extra é exportada para quase 40 países e utiliza cevada não-maltada na receita, além claro, de lúpulo, maltes, levedura e água. Com mais de nove prêmios na bagagem, a Extra foi prata em 2008, numa das mais conceituadas competições de cerveja que acontece anualmente em Bruxelas, na Bélgica. O Taste Award Superior tem grande credibilidade principalmente pela formação do corpo de jurados, composto por representantes de prestigiados institutos europeus de culinária e por Sommeliers da Associação Internacional de Sommeliers (ASI). Seguem as impressões de mais uma russa, a Baltika 9 Extra:

Baltika 9 (Nine) Extra
Deg. 07/06/2011
Família – Lager
Estilo – Malt Liquor.
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Doce, leve frutado, frutas amarelas, (pêssego?), (abacaxi??), levíssimo álcool.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, doce, baixa licorosidade, leve frutado, levíssimo amargor de lúpulo, álcool, “sensação quente”, final de álcool e doce.
Veredicto – Outra boa cerveja russa. Tenho que admitir que é a primeira malt liquor que realmente me agradou e me fez pensar em comprar outra garrafa. Não é um estilo para muitos sabores e aromas, mas esta versão até mostrou alguns encantos sensoriais!!! É de um brilho sem igual!! Bonita na taça! Mas é condição indispensável degusta-la mais aquecida mesmo! Ideal aos 10 graus! Como é bom surpreender-se positivamente, não?! Das quatro russas degustadas até agora, três são recomendáveis!

13 de julho de 2011

Baltika 4 Original

A Baltika 4 Orininal, feita com malte de centeio, é uma das mais antigas receitas produzida pela Baltika Breweries desde abril de 1994, daí o “Original”. Esta versão da cervejaria russa é elaborada somente na unidade situada na cidade de St. Petersburgo. Exportada para mais de 30 países a Original foi medalha de prata em 2007 e 2008 no Australian International Beer Awards Contest, na categoria lager. No mesmo ano de 2008, recebeu medalha de ouro no Beer Star Award, na categoria Amber Beer. E deve mesmo ter merecido cada conquista. É uma cerveja diferenciada. Seguem as impressões da Baltika 4 Original:

Baltika 4 Original
Deg. 07/06/2011
Família – Lager
Estilo – American Rye Lager.
Teor de álcool – 5,6 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Caramelo, leve torrado, leve lúpulo, pão, biscoito, toffee.
Sabor – Leve/médio corpo e média carbonatação, doce de maltes, caramelo, pão, amargor do malte torrado, levíssima adstringência, certa acidez, final doce agradável, fácil de beber.
Veredicto – Como já disse, leva malte de centeio na receita e acredito que pelo menos 20%. Por isso a classificação American Rye Lager. O malte de centeio também traz certo amargor específico e agradável pra esta versão. Excelente cerveja com linda cor! Por enquanto, a melhor Baltika apresentando-se muito equilibrada e com ótimo drinkability. Viu como os prêmios foram merecidos!!!! Santa Cerveja !!

11 de julho de 2011

Baltika 6 Porter

Hoje o Santa Cerveja !! faz 3 anos de vida postando cervejas de todo o mundo. É o blog que não repete cervejas! Sempre uma novidade!!! E vamos seguindo... Lançada em 1994, a Baltika 6 utiliza velhas receitas inglesas, mas com toque “Báltico”!!! Assim como todas as versões da cervejaria russa, esta Porter é exportada para vários países e conquistou vários prêmios em campeonatos pelo mundo. Só para citar um momento, em 2007 esta cerveja conquistou a medalha de prata na categoriaLow Fermentation Beer with the Alcohol Content of more than 6%” na X Beer Festival in Helsinki. Outro fato de orgulho para a Baltika, é que sua Porter foi a única cerveja russa a constar no “Great Beer: 500 Classic Brews”, do saudoso caçador de cervejas Michael Jackson. Então vamos lá... Seguem as impressões da Baltika 6 Porter:

Baltika 6 Porter
Deg. 06/06/2011
Família – Lager
Estilo – Baltic Porter
Teor de álcool – 7,0 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro, quase preto, com reflexos avermelhados.
Espuma – Boa/média formação e boa/média duração, bege, cremosa.
Aroma – Chocolate, caramelo, “melado”, malte torrado, “fumaça”, levíssimo álcool.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, amargor do malte torrado, caramelo, doce, chocolate, “sensação quente”, leve licorosidade, notas leves frutadas (frutas secas??), moderada acidez.
Veredicto – Uma cerveja boa e intrigante! Pelo BJCP (vejam a descrição de uma baltic porter na Larousse da Cerveja, que é baseada expressamente no BJCP) não é uma Baltic Porter, mas pelo Brewers Association... a conversa é outra! Outra experiência que tive com o referido estilo, foi com a Utenos Porter, que era mais clara e com outras notas aromáticas. A graduação alcoólica desta Baltika fica 0,5 % abaixo do mínimo indicado pelo B.A. Mas como sabemos isso é só um parâmetro. De qualquer forma, é intensa e cativante! Quando se pensa em outro gole, outro copo, outra garrafa, significa que estamos diante de uma excelente cerveja!! No caso, russa. Por lá a vodka talvez domine, mas as cervejas não deixam a desejar!!! Nastrovie (ou saúde, se preferir!!! Rsrsr).

9 de julho de 2011

Baltika 5 Gold Lager

As cervejarias da Rússia tiveram que se adequar ao novo mercado de economia capitalista. Considerada a segunda maior cervejaria da Europa e a primeira na Rússia, a Baltika, hoje pertencente ao Grupo Carlsberg A/S, não perdeu tempo e hoje, exporta para mais de 60 países e possui cervejas puro malte premiadas em várias competições. Sua versão nº 6 Porter, foi considerada a melhor do estilo no mundo pela revista Beers of the World em 2009. Originária de São Petersburgo, tem embalagens modernas com gravação em alto relevo nas garrafas e tampa diferenciada para sua nº 7 Export. Pra começar, seguem as impressões da Baltika 5 Gold Lager, adiantando que muita coisa boa dessa cervejaria virá adiante:

Baltika 5 Gold Lager
Deg. 06/06/2011
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (também como Premium American Lager).
Teor de álcool – 5,3 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, branca.
Aroma – Vegetais cozidos, maltes, cereais, levíssimo herbal.
Sabor – Médio/leve corpo e média carbonatação, doce, maltes, amargor quase desprezível, final adocicado.
Veredicto – Alguns a classificam como Premium American Lager. E está dentro do que é definido pelo Brewers Association. Lógico que não se trata de uma pilsen, seja alemã ou tcheca. É sim, um exemplo de uma velha e razoável pale lager, puro malte, que talvez mostre um pouco do que os russos bebem por lá!! A garrafa é o que se destaca nesta versão!! Porém, é o que deve ser uma representante do estilo proposto.

7 de julho de 2011

La Maline

A França também sabe fazer cervejas da escola inglesa!! É verdade! Esta versão da cervejaria Thiriez confirma o que estou dizendo. Seguem as impressões da La Maline:

La Maline
Deg. 12/02/2011
Família – Ale
Estilo – Porter
Teor de álcool – 5,8 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Excessiva formação e ótima duração, bege, algumas “bolhas grandes” (e o copo não estava sujo, não!!).
Aroma – Chocolate, torrado, (caramelo?), lúpulo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, torrado, chocolate, aveludada, início doce seguido de amargor de lúpulo e torrado, leve adstringência, certa acidez aceitável.
Veredicto – Primeira porter francesa que degusto e a impressão não poderia ser melhor. Cerveja equilibrada com sabores que não enjoam, mas que não deixa de ter personalidade. Você sabe que está bebendo uma porter!! Interessante como é fácil de beber mesmo com todo sabor e corpo do estilo.

5 de julho de 2011

Etoile du Nord

A Braserie Thiriez teve como início de sua história o ano de 1996, quando Daniel Thiriez instalou a cervejaria numa velha fazenda situada na vila de Esquelbecq, a 20 km de Dunkirk (Dunquerque, em português), na França, que por sua vez fica a 10 km da fronteira com a região de Flandres, na Bélgica. Apaixonado pelos estilos belga, essa tendência é notada claramente em algumas das cervejas produzidas por Thiriez. Essa cervejaria se fez conhecer por sua Blonde D’esquelbecq, uma bière de garde. Porém as versões encontradas no Brasil são outras duas que não a Blonde. Seguem as impressões da Etoile du Nord:

Etoile du Nord
Deg. 12/02/2011
Família – Ale.
Estilo – Belgian Pale Ale.
Teor de álcool – 5,5%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja pálido, turva.
Espuma – Ótima formação e duração, branca, não é densa (apresenta grandes bolhas).
Aroma – Lúpulo cítrico e floral frescos, fermento, condimentado.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, deliciosamente amarga, doce do malte se encaixa perfeitamente no conjunto, leve coentro, fermento, leve cítrico, levíssimo picante, seca, final amargo.

Veredicto – No momento da abertura da garrafa ocorreu “gushing” (espumamento no momento da abertura da garrafa que pode ter algumas causas que não vem ao caso). Esquecendo este problema, pude degustar uma ótima belgian pale ale. O rótulo com flores de lúpulo indica o que você encontrará ao degustá-la. Aroma de lúpulo e fermento comandam esta versão. No sabor outra vez as duas matérias primas aparecem agraciando a receita! Bela cerveja que tem sabores e aromas a oferecer sem ser enjoativa! Santa Cerveja !!

2 de julho de 2011

Cas Coffee Beer

O Cassiano já se tornou um amigo que prezo e respeito pelo conhecimento que ele tem da arte de produzir cervejas artesanais especiais! Porém, as avaliações das cervejas continuam com o mesmo rigor e seriedade!! Sempre inovando em suas receitas, logo teremos uma cerveja com chocolate amargo, branco e amêndoas... As cervejas Cas tem variados rótulos de todas as escolas cervejeiras, mas hoje vamos tratar da porter com café! Essa cerveja tipicamente inglesa acrescida do café ficou bem interessante. Assim como a Colorado, de Ribeirão Preto/SP, temos agora outra representante genuinamente (mais) artesanal. Seguem as impressões da Cas Coffee Beer:

Cas Coffee Beer
Deg. 29/06/2011
Família – Ale
Estilo – Coffee-Flavored Beer (Robust Porter).
Teor de álcool – 7,0 % a 8,0 %
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom bem escura, quase preta.
Espuma – Média/pouca formação e pouca duração, cor de café com leite.
Aroma – Café intenso, levíssimo caramelo, leves notas frutadas, (vinho??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, café intenso, cacau, leve/médio amargor do malte torrado, do café e de lúpulo, moderadamente seca, aveludada, acidez razoável.
Veredicto – Por fim, mas por enquanto, já que receberei outros rótulos da Cas, provei a porter com café, que também é boa!!! Talvez um pouco menos de café equilibrasse mais o conjunto. Mas de qualquer forma, uma cerveja prazerosa de beber! Os sabores e aromas do estilo como cacau e frutado, aparecem com o café sempre “falando um oi!”. No geral, mais uma boa receita do cervejeiro Cassiano! Que venha a Cas Beet Beer (aquela com beterraba!!).