A Brakspear Brewing foi fundada em 1779 por parentes distantes de Nicholas Brakspear, único papa britânico, conhecido como Adriano IV. Após seu fechamento, foi adquirida pela cervejaria Wychwood (hoje pertencente ao Grupo Marston’s PLC) em 2002, que transferiu para Witney, todo equipamento original da Brakspear, inclusive os famosos tanques de fermentação “double drop”, que continuam a ser utilizados na produção das cervejas. A linhagem de leveduras Brakspear também é aproveitada. Vamos começar com a versão que chegou no Brasil. Seguem as impressões da Brakspears Triple, refermentada na garrafa que é numerada. As garrafas com numeração de 1651658 a 1682511, onde se “encaixa” a minha amostra, foram envasadas em 08/01/2011. E a aveia faz parte da receita. Esses detalhes também fazem uma boa cerveja.
Garrafa 1652994
Deg. 23/09/2011
Família – Ale
Estilo – Old Ale
Teor de álcool – 7,2 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (melhor a 7 graus)
Cor – Castanho escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa/ótima duração, bege, cremosa.
Aroma – Toffee, caramelo, doce, lúpulo, levíssimo álcool, picante, banana passa/bananada, (condimentada?), (fermento?), leve mel.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, doce, “caramelo queimado”, castanhas/nozes, leve “sensação quente”, final seco e amargo de lúpulo.
Veredicto – Aroma fantástico! Diferente de tudo que li e vi, o creme é de excelente formação e duradouro. Refermentada na garrafa e com adição de lúpulo em três momentos diferentes, faz desta versão uma cerveja muito equilibrada e com ótimo drinkability. Mesmo com seus 7,2 % de álcool e adocicada em alguns momentos na boca, é facilmente consumida. Doce no primeiro contato com a boca seguido de delicioso final amargo. Quase não se percebe o álcool no sabor que se faz presente mesmo pela sensação de calor que provoca. Santa Cerveja !!