Lembro que meu primeiro contato com cervejas trapistas foi em um bar, no conhecido “mercadinho” da cidade de Campinas/SP em 2006. A primeira experiência foi com a La Trappe Dubbel e foi uma grata e divina surpresa... Não há como não conversar com Deus depois de degustá-la!
Existem apenas sete cervejarias Trapistas no mundo e a La Trappe, a única holandesa, é uma delas. Todas as outras são belgas.
Berkel-Enschot é o local onde nasceu a La Trappe e onde fica o monastério trapista “Onze Lieve Vrouwe van Koningshoeven” fundado em 1881, por uma ordem trapista refugiada da França. Para sobreviver, os monges começaram a cultivar a terra pobre de Koningshoeven, mas logo perceberam que as atividades da fazenda (Koningshoeven = fazendas reais) já não poderiam suprir as necessidades básicas do monastério. Assim, em 1884, o monge superior Nivard Schweykart, decidiu iniciar a produção de cervejas. Esse foi o começo da cervejaria e até hoje, a venda de cervejas é a principal fonte de renda do monastério.A receita criada pelos monges trapistas utiliza somente ingredientes puros e naturais (lúpulo, cevada, fermento e água, da fonte de Koningshoeven). Todas as cervejas são Ale, ou seja, de alta fermentação e sofrem uma segunda fermentação dentro da própria garrafa, o que faz com que o sabor e o aroma continuem evoluindo durante todo o tempo.
Os monges trapistas já não trabalham mais na produção das cervejas, mas continuam supervisionando todo o processo e são os proprietários da marca registrada La Trappe. A cerveja somente é considerada trapista quando produzida por monges trapistas ou sob a supervisão deles.
Existem apenas sete cervejarias Trapistas no mundo e a La Trappe, a única holandesa, é uma delas. Todas as outras são belgas.
Berkel-Enschot é o local onde nasceu a La Trappe e onde fica o monastério trapista “Onze Lieve Vrouwe van Koningshoeven” fundado em 1881, por uma ordem trapista refugiada da França. Para sobreviver, os monges começaram a cultivar a terra pobre de Koningshoeven, mas logo perceberam que as atividades da fazenda (Koningshoeven = fazendas reais) já não poderiam suprir as necessidades básicas do monastério. Assim, em 1884, o monge superior Nivard Schweykart, decidiu iniciar a produção de cervejas. Esse foi o começo da cervejaria e até hoje, a venda de cervejas é a principal fonte de renda do monastério.A receita criada pelos monges trapistas utiliza somente ingredientes puros e naturais (lúpulo, cevada, fermento e água, da fonte de Koningshoeven). Todas as cervejas são Ale, ou seja, de alta fermentação e sofrem uma segunda fermentação dentro da própria garrafa, o que faz com que o sabor e o aroma continuem evoluindo durante todo o tempo.
Os monges trapistas já não trabalham mais na produção das cervejas, mas continuam supervisionando todo o processo e são os proprietários da marca registrada La Trappe. A cerveja somente é considerada trapista quando produzida por monges trapistas ou sob a supervisão deles.
Importadas desde 2006, as primeiras cervejas La Trappe que chegaram ao Brasil, não possuíam o selo de Autenticidade Trapista. Hoje, o selo pode ser encontrado no rótulo de algumas delas.
Seis são as cervejas produzidas pela La Trappe: Blond, Dubbel, Tripel, Quadrupel, Witte (a única de trigo trapista no mundo) e Bockbier (que apesar do nome é uma ale).
Seguem as impressões da La Trappe Blond, que pode ser degustada ouvindo um bom canto gregoriano:
La Trappe Blond
Degustada em 03/01/2009
Família – Ale
Estilo – Authentic Trappist (Blond)
Teor de álcool – 6,5%
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus
Cor – Alaranjada, perolada, límpida com leve turbidez na última taça.
Espuma – Média formação e pouca duração.
Aroma – Frutado, doce, fermento, (laranja?), levíssimo lúpulo.
Sabor – Corpo médio, boa carbonatação, doce, malte, leve amargor, especiarias, com aftertaste amargo.
Veredicto – O ideal é não misturar o fermento depositado no fundo da garrafa ao líquido quando servido. Mas dificilmente a última taça ficará livre do resíduo, o que em nada atrapalha a qualidade da cerveja. De todas as La Trappe, a Blond só fica à frente da Witte. Não quero dizer com isso que não é uma boa cerveja, muito pelo contrário, é uma ótima cerveja, mas as outras ainda conseguem ser melhores. Possui corpo agradável e aroma refrescante, além de um sabor, diria até, suave. Tudo bem, me rendo!!!!!!!! Tenho um carinho especial pelas La Trappe. Não deixem de experimentar “ o sabor do silêncio”.