31 de janeiro de 2012

Leffe Triple

Esta Leffe, diferentemente das outras versões, não é filtrada e a cervejaria sugere que a levedura que fica depositada na garrafa precisa ser homogeneizada com a cerveja. Deve-se servir metade da garrafa e depois fazer movimentos circulares com a outra metade antes de derramá-la na taça. Seguem as impressões da Leffe Triple:

Leffe Triple
Deg. 22/12/2011
Família – Ale
Estilo – Tripel.
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (Leffe sugere de 6 a 8 graus).
Cor – Âmbar, turva, várias partículas suspensas.
Espuma – Boa formação e boa/média duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Especiarias, coentro, cravo, doce, cítrico leve, frutada, levíssimo álcool.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, especiarias, coentro, adocicada, cítrica, leve amargor de lúpulo, álcool, certa acidez, final adocicado com “sensação quente”, leve sensação seca.
Veredicto – Este rótulo da Leffe vem com leveduras na garrafa e a cervejaria, como disse, sugere a homogeneização delas com o líquido, parecido com o procedimento quando se degusta uma Weiss. Ótima cerveja onde as especiarias e a doçura comandam a receita, com respaldo na medida, do amargor de lúpulo!! A “crítica” se resume no fato de ser menos atenuada do que se espera!! No Brasil, já é rotina encontrar as versões Blonde e Brune nas prateleiras dos supermercados, mas infelizmente a Tripel não é tão acessível assim!!! Digo isso porque esta versão não deixa nada a dever às outras belgas do estilo. Sempre gostei das cervejas Leffe, mas a Tripel mostra a capacidade da cervejaria belga. Santa Cerveja !!

28 de janeiro de 2012

Leffe 9º

Fui pra São Paulo em busca das Leffes que faltavam para apresentar no Santa Cerveja !! com a esperança de encontra-las todas!! Infelizmente, a versão de Natal só pude provar lá no Beer Paradise, na pressão! As garrafas que vieram ao Brasil, foram trocadas, e nas caixas haviam apenas Radieuse e não a Noel. Mas trouxe na bagagem, a Leffe  9° e a Triple. Vamos ao trabalho, seguem as impressões da Leffe 9º:

Leffe 9º
Deg. 22/12/2011
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer.
Teor de álcool – 9,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (rótulo sugere de 6 a 8 graus).
Cor – Cobre/alaranjado escuro, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Doce, álcool, levíssimo lúpulo, compota de frutas.
Sabor – Médio/leve corpo e baixa carbonatação, doce, leve amargor de lúpulo, certa acidez, (frutada?), moderadamente licorosa, final intensamente adocicado com leve amargor e álcool.
Veredicto – Poderia ser uma Strong Golden ale?? Entendo que até poderia, mas talvez seja mais acertado classifica-la como uma cerveja especial. As razões começam com a cor, passam pela pouca carbonatação e terminam com a falta de sensação seca!! Pra quem gosta de sentir o álcool evidente e o doce intensamente, esta é a receita! Leffe 9º é boa, potente e dispensável!

24 de janeiro de 2012

Belzebuth Extra Forte

A mais forte da “família dos diabos” produzida pela francesa Grain d’Dorge, ficou pro final, é claro! Posso garantir que este rótulo surpreende bastante positivamente. Seguem as impressões da Belzebuth Extra Forte:

Belzebuth Extra Forte
Deg. 29/12/2011
Família – Ale
Estilo – Specialty Beer.
Teor de álcool – 13,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus. (cervejaria sugere de 6 a 8 graus)
Cor – Cobre claro/castanho claro.
Espuma – Excelente formação e ótima duração, bastante cremosa (lembra shake), bege clara.
Aroma – Caramelo queimado, doce, álcool bastante evidente, leve frutado, (maçã??), picante de álcool.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, bastante adocicada, álcool evidente, caramelo, leve amargor, pouco licorosa, final adocicado e “quente” moderado.
Veredicto – Cerveja bastante forte no quesito álcool como era de se esperar!! Os 13% são claros no aroma, sabor e sensação quente! Mas não é só álcool engarrafado, não!!!! Tem frutado aparecendo nos atributos sensoriais deste rótulo! Um leve amargor é percebido, ajudando a equilibrar um pouco o conjunto. Porém, não sei precisar se é amargor de lúpulo. Melhor quando mais aquecida!!

19 de janeiro de 2012

Belzebuth Extra Strong

Já falei um pouquinho no post anterior sobre as endiabradas Belzebuth. Tudo foi muito bem pensado e os rótulos das cervejas fortes da Grain d’Dorge tem um detalhe muito legal. Ahhh, qual será o detalhe!!!!!??? O rabinho maldito que faz as vezes da vírgula quando indica o valor alcoólico!!! Bem legal! Vamos pra mais uma, mais forte que a anterior e tão boa quanto. Seguem as impressões da Belzebuth Extra Strong:

Belzebuth Extra Strong
Deg. 20/12/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale (ainda dá pra classificar assim)
Teor de álcool – 11,8 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus. (cervejaria sugere de 6 a 8 graus)
Cor – Âmbar/alaranjada, turva a frio.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Doce, frutada, malte, picante, álcool evidente, damasco, (mamão?), leve lúpulo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, álcool evidente (sabor), cítrico leve, amargor de lúpulo também leve, certa acidez, licorosa, “sensação quente” leve e menos intensa que na versão com 8,4%.
Veredicto – Obviamente mais forte que a “irmã” Super Forte. Também é mais doce e mesmo assim, continua gostosa. Outra vez o amargor do lúpulo aparece para equilibrar o conjunto, com nada de sabor da trepadeira. Interessantemente, nesta versão com 11,8 %, o álcool, embora evidente, é menos percebido do que na versão 8,4%. É extremamente perigosa!! Mais uma surpresa, agradável, diga-se!!! É a prova de que uma cerveja extremamente alcoólica também pode ter sabor e bom equilíbrio. Santa Cerveja demoníaca !!

16 de janeiro de 2012

Belzebuth Super Strong

A cervejaria francesa Grain d’Orge gosta de divulgar que é a cerveja mais forte do mundo, principalmente considerando o teor alcoólicos rótulo “do diabo”. Sabemos que hoje existem cervejas no mercado com mais de 40% de álcool, que deixa no referido quesito, as francesas no “chulé”. Porém, diferentemente do que se espera de cervejas agressivas em álcool, as Belzebuth que levam nas suas receitas o trigo, arroz e também açúcar (este, comum ao estilo proposto) tem muito mais a oferecer. Seguem as impressões da Belzebuth Super Strong:

Belzebuth Super Strong
Deg. 19/12/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale.
Teor de álcool – 8,4 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus. (cervejaria sugere de 6 a 8 graus)
Cor – Âmbar/alaranjada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege clara, cremosa, .
Aroma – Doce, maltes, leve cítrico, especiarias, álcool, moderadamente frutada, (picante??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, “sensação quente”, álcool, doce, maltes, acidez moderada, final levemente amargo seguido de intenso dulçor com retrogosto bastante agradável e sensação de aquecimento.
Veredicto – Surpreendente com linda coloração. Todas as cervejas deste estilo tem a Duvel como “espelho”. E esta Belzebuth é mais “satânica” que o “espelho” no quesito álcool (sabor e força), embora com 0,1 % menos. O doce intenso não incomoda, pelo contrário, é equilibrado no conjunto, assim como o álcool e o lúpulo (que trabalha como equilibrador mesmo, sem “aparecer”), porém é pouco atenuada. Este rótulo da francesa Grain d’Dorge é terrivelmente agradável e recomendada.

13 de janeiro de 2012

Weiss Damm

Antes que você diga: a cervejaria espanhola Damm já tem uma cerveja de trigo, pra que outra? É verdade, mas esta Weiss é de estilo alemão, uma weizenbier (inclusive produzida na Alemanha) e a Inedit, uma witbier, cerveja da escola belga. Particularmente, entendo que a grande criação da Damm foi realmente a Inedit, muito boa! Já a Weiss, uma experiência a mais!! Seguem as impressões da Weiss Damm, que para não ter dúvida da escola inspiradora do estilo, segue a lei de pureza da Baviera:

Weiss Damm
Deg. 20/12/2011
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Âmbar/alaranjada, turva, com partículas de fermento em suspensão (assim como a Paulaner).
Espuma – Média formação e média/boa duração, cremosa.
Aroma – Banana intenso, frutada, adocicado, leve cravo, fermento.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, doce agradável, fermento, banana, pouca acidez, levíssimo cravo.
Veredicto – A versão de trigo alemã da espanhola Damm!! Boa weizen que tem aroma mais intenso que o sabor, mas ambos trazendo as mesmas sensações com destaque para banana, adocicado e fermento. Diferentemente das cervejas do estilo, tem carbonatação moderada, principalmente se comparada com ícones do estilo como Paulaner e Weihenstephaner. Hoje, temos boas cervejas de trigo, inclusive nacionais, e esta cerveja da Espanha aparece como mais uma opção!

8 de janeiro de 2012

Wychwood Hobgoblin

Esta cerveja que é o “carro chefe” da Wychwood Brewery agradou em cheio o mercado mais jovem de bebedores de ales tradicionais. Inicialmente encontrada somente em Cask com 4,5% de álcool, passou a ser envasada também em garrafas a partir de 1996.  Seguem as impressões da Wychwood Hobgoblin:

Wychwood Hobgoblin
Deg. 16/12/2011
Família – Ale
Estilo – Mais próxima de uma ESB (Ruby Beer para a cervejaria)
Teor de álcool – 5,2 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (melhor a 7 graus).
Cor – Rubi escuro/ castanho escuro, média turbidez.
Espuma – Média formação e pouca duração, bege.
Aroma – Tostado, chocolate, maltes, lúpulo, cítrico, (leve picante?), caramelo.
Sabor – Médio corpo e média/pouca carbonatação, maltada, toffee, amargor moderado de lúpulo, chocolate, torrado, biscoito/pão, final seco e amargo.
Veredicto – Como são as coisas!! Esperei tanto pela Hobgoblin e a Scarecrow me surpreendeu positivamente bem mais. Mas esta cerveja escura com o famoso duende no rótulo tem seus encantos. Sem falar da linda coloração, consegue equilibrar muito bem o amargor dos lúpulos com a doçura dos maltes, trazendo o chocolate e biscoito agregados!!! Tudo muito agradável. E antes que alguém diga: o creme tem média formação e pouca duração! Esta é uma característica das tradicionais ales inglesas. Vale a pena!!!

5 de janeiro de 2012

Wychwood Scarecrow

A Cervejaria Wychwood foi “teoricamente” fundada em 1990 (já que existia antes desta data com o nome de Eagle) e ocupa as instalações de uma antiga maltaria que pertencia a Clinch’s Brewery. Foi batizada com o mesmo nome da floresta vizinha que é conhecida por sua tradição em preservar a cultura medieval na região de Oxfordshire. Com uma produção média de 50.000 barris por ano, a cervejaria inglesa se autointitula a primeira entre as produtoras de ales orgânicas do Reino Unido. A Wychwood se vale de slogans debochados para promoção de seus produtos. Um dos mais conhecidos é o protagonizado pelo Hobgoblin, o famoso e sinistro duende, que, segurando um pint de Ale diz: "What's the matter Lagerboy, afraid you might taste something?" (ou: Qual o problema “bebedor de lager”, medo de sentir gosto de algo diferente?). Algumas poucas cervejas da Wychwood desembarcaram no Brasil. Duas consegui adquirir e outras duas encontrei, mas faltava “tempo” (conhecido com Real – R$) para compra-las. Começo com a boa cerveja orgânica que, assim como os outros rótulos da cervejaria é envasada em bela garrafa com lindo rótulo também “medieval”. Seguem as impressões da Wychwood Scarecrow, a antiga Wychwood Circle Master:

Wychwood Scarecrow
Deg. 16/12/2011
Família – Ale
Estilo – Organic English Pale Ale (para alguns, golden pale ale orgânica)
Teor de álcool – 4,7 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (melhor a 7 graus).
Cor – âmbar/ dourado intenso, média/ pouca turbidez.
Espuma – Média formação e média duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Lúpulo, maltes, frutada, biscoito, (caramelo?), (cítrico?), (herbal?).
Sabor – Médio/ leve corpo e média carbonatação, doce dos maltes seguido de médio amargor de lúpulo que persiste na boca, moderadamente seca, refrescante, pão, final doce/ amargo, (leve picante?).
Veredicto – Excelente pale ale inglesa. Independentemente de ser orgânica, provavelmente foi uma das melhores que degustei do estilo. Seca com médio e agradável amargor, é difícil enjoar dela. É um rótulo verdadeiramente orgânico, considerando que o lúpulo target e os maltes utilizados na receita são de fato orgânicos. Esta versão da Wychwood não é envasada em Cask.