29 de setembro de 2011

Green's Mission

Mais uma versão sem glúten da inglesa Green’s. Seguem as impressões da Green’s Mission:

Green’s Mission
Deg. 08/07/2011
Família – Ale
Estilo – Gluten-Free Beer (BA)/ Specialty Beer (BJCP) - (para alguns, é uma amber lager??)
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro, turva.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Fermento, álcool, “xarope pra tosse”, doce, vinho, frutado, leve lúpulo terroso e herbal.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, amargor médio/leve de lúpulo, leve acidez, fermento característico da Green’s, frutado, leve adstringência, final adocicado de malte com fermento.
Veredicto – Assim como a Endeavour, esta versão da Green’s também é indefinida. Algumas características como cor, intensidade de malte e o álcool, remetem a uma Amber/Red Ale. Outras como o leve aroma herbal e terroso, fazem lembrar uma English Pale Ale. Mas somado a isso tudo, tem-se ainda aroma e sabor de vinho, fermento e um frutado bem destacado. Por isso a considerei uma cerveja especial e assim a classifiquei! Uma boa cerveja sem glúten. Bem melhor que a experiência anterior com a Endeavour.

27 de setembro de 2011

Green's Endeavour

A cerveja Green’s Free Gluten foi criada por Derek Coopers que possui intolerância ao glúten. Pessoas que sofrem com esse problema são conhecidas como celíacas. O mestre cervejeiro da Green’s utiliza receitas muito antigas e secretas, além de técnicas também não divulgadas para conseguir como resultado, cervejas sem glúten, mas com sabor. Pertencente à Associação de Celíacos de Londres e da Comunidade Européia, é a cervejaria mais premiada na categoria “gluten free”. Essa introdução é encontrada no site da cervejaria. Nesse site, também indicam seus produtos para adeptos de dietas vegetarianas e vegan. De qualquer forma, acho sempre prudente procurar seu médico, caso tenha interesse em degustar esses rótulos. Oito versões chegaram no Brasil. Então vamos começar as experimentações lembrando que todas são refermentadas na garrafa. Seguem as impressões da Green’s Endeavour:

Green’s Endeavour
Deg. 25/12/2010
Família – Ale
Estilo – Gluten-Free Beer (BA)/ Specialty Beer (BJCP) - (alguns defendem como sendo uma Dubbel).
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma – Pouca formação e duração, bege.
Aroma – “Xarope de tosse”, vinho tinto evidente, leve álcool, leve torrado, (chocolate??), madeira.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, seca, leve amargor, uvas frescas, chocolate, madeira, vinho tinto seco.
Veredicto – Me perdoem os celíacos, mas esta não é a melhor cerveja pra vocês!! A Green’s tem rótulos melhores!! Esta versão lembra mais vinho tinto que cerveja. Alguns a classificam como dubbel, que tirando os reflexos avermelhados da cor, em nada lembra o estilo. Resumindo, trata-se de um “vinho tinto” frisante disfarçado de cerveja sem glúten. Prefira outras!! Ahhh!! Minha esposa gostou!! O que me faz lembrar do meu jargão: GOSTO É GOSTO!!! E ninguém é dono da verdade!!! Que bom...

24 de setembro de 2011

Brassagem a 4 mãos!! Santa Cerveja !! e Cas Cervejas Especiais !

Já postei algumas cervejas da Cas Cervejas Especiais e acabei por conhecer, hoje meu amigo, o Cassiano, responsável pela produção das boas versões de São Manuel/SP. A novidade é que decidimos produzir uma cerveja em conjunto, em Serra Negra/SP, numa dobradinha “Cas/Santa Cerveja !!”. Lá em Serra produzo minhas versões e receberei o “mestre Cas” para o nascimento da “HaickCas”, uma IPA americana. O rótulo em primeira mão pra vocês, logo abaixo. Outras novidades como novo equipamento para produção de minhas cervejas e novas parcerias serão divulgadas em breve. Saúde!!!

22 de setembro de 2011

Warsteiner Premium Verum

Mais uma versão de qualidade da alemã Warsteiner. Esta verdadeira german pils é muito boa. Detalhe que esta garrafa da foto é de 660ml e é produzida na Alemanha mesmo. Diferentemente da “litrão”, que vem da Argentina. Se interessar, leia sobre a Warsteiner Dunkel e um pouco da história da cervejaria aqui. Seguem as impressões da Warsteiner Premium Verum:

Warsteiner Premium Verum
Deg. 22/09/2011
Família – Lager
Estilo – German Pils.
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, branca, relativamente cremosa.
Aroma – Lúpulo, malte menos intenso, leve mosto, cereais.
Sabor – Médio/ leve corpo e boa carbonatação, "crocante", moderado sabor e amargor de lúpulo, leve doce, refrescante, leve acidez e certa adstringência.
Veredicto - Mais uma foto que muita gente vai copiar e postar em seus blogs e sites, como se deles fossem. Mas lembrem-se, é uma foto do Santa Cerveja !! Belo creme! Uma pilsen honesta e uma das minhas preferidas. Não há o que inventar! Uma verdadeira pilsen alemã com lúpulo em evidência e o malte coadjuvante, porém tudo em harmonia. Vale experimentar! Boa cerveja para quem pretende experimentar algo diferente de uma mainstream, sem assustar!

19 de setembro de 2011

Gavroche

Outra cerveja da francesa St. Sylvestre. Desta vez uma bela representante de bière de garde escura, que fica entre uma ambrée e uma brune. No livro “Lês Miserables” (Os Miseráveis), de Victor Hugo, o personagem Gavroche é um garoto rebelde que é ignorado pela família. Nasceu na França do Século XIX, num período de revolução e acaba morrendo quando recolhia balas próximas às barricadas. Triste??!! Mas a cerveja é excelente!! Note que o rosto do menino Gavroche aparece no rótulo e na tampa da cerveja. Seguem as impressões da Gavroche:

Gavroche
Deg. 19/09/2011
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde.
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 10 a 12 graus. (Cervejaria sugere de 10 a 12 graus)
Cor – Castanho claro pouco alaranjado, turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Doce, caramelo, torrado muito leve, frutas vermelhas, levíssimo chocolate, leve álcool, condimentos, (madeira??).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, certa licorosidade, chocolate, frutada, leve acidez, nozes, leve álcool, leve amargor, final seco com leve “sensação quente”.
Veredicto – Excelente cerveja!! Muito rica em aromas e sabores! É até complexa, mas diga-se, a temperatura aqui é fundamental. Tem que ser servida a pelo menos 10 graus. Embora adocicada e com o lúpulo não tão evidente em amargor e sabor, é equilibradíssima! Desta vez acertei na expectativa! A Gavroche é mesmo uma bela cerveja francesa, bonita no copo com corpo aveludado. Vocês acham que eu gostei!!!??? Demais!

17 de setembro de 2011

3 Monts

A Brasserie St Sylvestre é uma clássica cervejaria francesa, localizada na aldeia de St Sylvestre Cappel, próxima a uma região de cultivo de lúpulos e perto fronteira belga. Dados históricos mostram que já existia uma cervejaria nesta região antes do início da Revolução Francesa em 1789. Porém não se tem a data precisa de sua fundação. Vários rótulos são produzidos pela St Sylvestre, mas apenas duas cervejas, por enquanto, chegaram ao Brasil. Ambas da linha “Les Bières Spéciales”, sendo que a Gavroche, é refermentada na garrafa. Seguem as impressões da 3 Monts, que assim foi batizada devido aos três “montes” que circundam a cervejaria ( Monte Noir, Monte des Cats e Monte Cassel):

3 Monts
Deg. 17/09/2011
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde (blonde).
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus. (Cervejaria sugere de 8 a 10 graus). Melhor a 10 graus ou mais quente.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, bege bem claro.
Aroma – Malte, mosto, álcool moderado, lúpulo menos evidente que os maltes, porém equilibrados, (característico aroma de celeiro levíssimo?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, evidente doce dos maltes, álcool, sabor e amargor de lúpulo suaves, final doce/ amargo com “sensação quente” e álcool, (frutada?).
Veredicto – Talvez tenha criado uma expectativa exagerada para este rótulo francês. È uma boa bière de garde e talvez impressionasse se tivesse sido a primeira do estilo que degustei. Mas o equilíbrio de malte e lúpulo é quase que perfeito. O final desta cerveja com sensação quente e outra vez, equilibrando malte e lúpulo, faz dela uma versão especial. A grande diferença fica por conta do fechamento da garrafa. Bem interessante! Aposto na Gavroche !!

15 de setembro de 2011

1698 Bottle Conditioned Ale

A 1698 foi desenvolvida para celebrar os 300 anos da cervejaria Shepherd Neame. Embora seja uma boa strong ale inglesa, prefiro outras, e alguns a consideram uma ESB. Seguem as impressões da 1698 Conditioned Ale:

1698 Bottle Conditioned Ale
Deg. 12/09/2011
Família – Ale
Estilo – English Strong Ale
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Acobreada, límpida, pouquíssima turbidez na último copo.
Espuma – Média formação e média duração, bege.
Aroma – Caramelo, lúpulo terroso, levíssimo álcool, (pão?), frutada, nozes.
Sabor – Médio corpo e baixa carbonatação, frutada, nozes, doce, terroso/ resinoso, caramelo, sensação licorosa, (lembra “St Remy”), leve acidez, médio amargor, (leve álcool?), final relativamente seco e também doce/ ácido.
Veredicto – Aí a boa representante Neame da versão English Strong Ale. Tem certa complexidade. É refermentada na garrafa e não é envasada em Cask. No resumo dos quatro rótulos da cervejaria inglesa, fico com a Bishops. Excelente! Porém, a 1698 é intensa e tem muita personalidade que com certeza agrada os apreciadores do estilo.

13 de setembro de 2011

Spitfire Premium Kentish Ale

Esperei por um bom tempo a oportunidade de fazer a inevitável comparação entre a inglesa Spitfire e a Baden 1999, que foi inspirada na primeira. Já postei a 1999, na época em que a graduação alcoólica era 5,2% e quando começava meus estudos da cerveja! Antes porém, um pouco sobre esta deliciosa bitter ale inglesa. A Spitfire, produzida pela primeira vez em 1990, para comemorar os 50 anos da “Batalha da Grã-Bretanha”, ocasião em que os aviões “Spitfire” foram protagonistas na vitória contra os alemães, fez tanto sucesso que passou a ser fabricada sem interrupção até hoje. A tampinha da garrafa lembra o símbolo impresso nos aviões caça ingleses. Veja na foto!! Seguem as impressões da Spitfire Premium, medalha de ouro no Monde Selection, em 2009:

Spitfire Premium Kentish Ale
Deg. 08/09/2011
Família – Ale
Estilo – Special Bitter.
Teor de álcool – 4,5 % (4,2 % quando em Cask).
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege.
Aroma – Lúpulo floral moderado, toffee, caramelo, frutada, (terroso?).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, leve caramelo, sabor e amargor de lúpulo moderado, levíssima acidez, frutada, residual maltado, (terroso??).
Veredicto – Ótima cerveja que é mais elegante que a brasileira Baden Baden 1999. Todos os sabores e aromas são mais “calibrados” do que a “cópia” brasileira. Mais intensa que a Master Brew e mais tímida do que a Bishops. É o que se espera de uma Special/Best Bitter com toda elegância inglesa. Ahh!! O creme com boa formação e duração foge a regra das cervejas da Inglaterra, mas isso não é demérito. Também imagino o “casamento” desta versão com um bom gorgonzola!!! Pergunta se não vou experimentar isso!!??!! 

Baden Baden 1999
Deg. 08/09/2011
Família – Ale
Estilo – Special Bitter
Teor de álcool – 6,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Âmbar escuro, límpida.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, bege.
Aroma – Doce, caramelo moderado, lúpulo, leve frutado, malte.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, caramelo, doce, amargor e sabor de lúpulo sensivelmente menos intenso que na Spitfire, médio/alto residual maltado.
Veredicto – Cor idêntica (embora a foto não ratifique o que digo, no momento da degustação não era possível dizer qual era qual) e espuma muito parecida, embora também mais cremosa, que a da inglesa. O mestre cervejeiro da Baden na época, fez o “clone” muito bem feito. Já sabor e aroma, embora parecidos, não escondem a supremacia da “original” britânica, que é mais equilibrada e fácil de beber. Resumidamente, de forma simplista, a Spitfire é mais equilibrada em lúpulo e malte, enquanto que a 1999, embora também amarga, como pede o estilo, faz lembrar o malte um pouco mais destacado.

11 de setembro de 2011

Bishops Finger Kentish Strong Ale

O "nonic", copo parecido com o pint ingles (mas com "anel" mais saliente) é, sem dúvida, o melhor para degustar as inglesas de categoria da Shepherd Neame. Eu tenho utilizado um half pint (ou "nonic menorzinho"rsrs), como vocês podem ver nas fotos. Seguem as impressões da Bishops Finger Kentish Strong Ale:

Bishops Finger Kentish Strong Ale
Deg. 07/09/2011
Família – Ale
Estilo – ESB (já vi como English Strong Ale).
Teor de álcool – 5,4 % (quando em Cask, 5,0 %).
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Castanho escuro, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, bege, cremosa.
Aroma – Caramelo, toffee, leve torrado, biscoito, lúpulo moderado, levemente frutada, (morango??, pera?).
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, sabor e amargor de lúpulo médio, maltada, frutada, frutas secas, moderada acidez, leve toffee, (terroso??), final adocicado/ amargo.
Veredicto – Embora mais intensa em todos os sentidos que a irmã Brew Master (que é de estilo também “irmão”, mas diverso) também é equilibrada e com bom drinkability. Com certeza uma das melhores inglesas que já degustei. A cor da Bishops é muito bonita, com creme abundante, até incomum nas ales inglesas. A experiência vale cada centavo. Classifiquei-a como uma ESB, primeiro pela graduação alcoólica e depois por todo exposto. Porém, alguns entendem tratar-se de uma strong ale inglesa que na minha opinião é representado pela 1698 Bottle Conditioned Ale, que veremos adiante.

8 de setembro de 2011

Master Brew kentish Ale

A cervejaria que é considerada a mais antiga da Inglaterra ainda em funcionamento, foi fundada em 1698 pelo prefeito da cidade de Faversham/ Kent, ao redor de um poço com água de excelente qualidade. Vários sócios passaram pela cervejaria que foi batizada de Shepherd Neame somente em 1864. A administração da cervejaria continua nas mãos da família Neame até os dias de hoje. Desde 1914, a Shepherd Neame utiliza cubas de maturação de madeira de teca russa. Por enquanto, no Brasil, temos quatro versões disponíveis. Vamos começar pelas impressões da Master Brew Kentish Ale:

Master Brew kentish Ale
Deg. 07/09/2011
Família – Ale
Estilo – Ordinary Bitter.
Teor de álcool – 4,0 % (quando em Cask, 3,7 %)
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Cobre claro, límpida.
Espuma – Boa formação e média duração, bege clara.
Aroma – Lúpulo herbal moderado, leve malte, levíssimo caramelo.
Sabor – Leve/ médio corpo, média carbonatação, médio amargor e leve sabor de lúpulo, leve malte residual, leve acidez, refrescante, final agradavelmente amargo.
Veredicto – Cerveja com excelente drinkability. Leve, com amargor agradável embora aparente, equilibrado com os maltes. Refrescante e com apenas 4% de álcool pode até fazer as vezes das nossas pale lagers, mas lógico, com mais sabor e aroma. Porém sem exagero de informações. Muito boa!

7 de setembro de 2011

Page 24 Ambrée - Réserve Hildegarde

Embora não seja um apreciador inveterado do estilo bière de garde, tenho preferência pelas versões ambrée às versões blonde. E a Page 24 seguiu a regra. Um pouco sobre a cervejaria pode ser lido na postagem da Blonde. Seguem as impressões da Page 24 Ambrée - Réserve Hildegarde:

Page 24 Ambrée - Réserve Hildegarde
Deg. 06/09/2011
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde.
Teor de álcool – 6,9 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (rótulo sugere também estas temperaturas).
Cor – Âmbar escuro, levemente turva.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa, bege.
Aroma – Maltes, caramelo, adocicada, levíssimo lúpulo, (madeira?), “celeiro”, levíssimo álcool, (fermento?), condimentada/picante.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, agradavelmente doce, leve acidez e adstringência, leve “sensação quente”, leve álcool, final seco e amargo, retrogosto levemente adocicado.
Veredicto – Quer dois rótulos bière de garde ambrée de categoria?? Fácil, a Jenlain Ambrée e esta excelente Page 24 com uma cor que te empurra para o primeiro gole assim que é derramada na taça. Falar em aroma de “celeiro” e mofo, pode assustar num primeiro momento, mas isso não é demérito destas cervejas, mas qualidade que se espera do estilo em questão. O referido aroma definiu-se assim, “celeiro”. Eu que não sou fã do estilo, sucumbi! Não se assuste e experimente!!

5 de setembro de 2011

Brooklyn Pilsner

Por enquanto é a última Brooklyn que chega ao meu copo. Um pouco da história da cervejaria americana, “regida” pelo excelente mestre cervejeiro Garrett Oliver, pode ser lida aqui, onde também apresento a IPA e a Brown Ale. Na seqüência das postagens, outras versões da cervejaria americana podem ser conhecidas, como a Lager, a primeira cerveja produzida pela Brooklyn. Seguem as impressões da Brooklyn Pilsner, inspirada no estilo pilsen, no período anterior a Lei Seca dos EUA:

Brooklyn Pilsner
Deg. 05/09/2011
Família – Lager
Estilo – German Pils.
Teor de álcool – 5,1 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, levissimamente turva.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa, branca.
Aroma – Floral e herbal de lúpulo moderado/intenso, cereais, malte, doce.
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, sabor e aroma de lúpulo fresco moderado, doce de malte menos evidente e equilibrado com os maltes, final agradavelmente amargo pedindo outro gole!
Veredicto – Excelente cerveja. Aroma e sabor extremamente frescos. Ótimo drinkability. A Brooklyn mais uma vez mostra porque é uma das melhores cervejarias dos EUA. Também, com o mestre cervejeiro que tem... E preciso dizer: É minha pilsen preferida quando se pensa no estilo German Pils. Santa Cerveja !!

2 de setembro de 2011

Page 24 Blonde - Réserve Hildegarde

A cervejaria francesa Saint Germain, que produz nove rótulos da Page 24, foi inaugurada em 2003, por dois jovens cervejeiros. As primeiras receitas foram do estilo bière de garde e duas delas, a Hildegarde Blonde e a Hildegarde Ambrée que chegaram ao Brasil, homenageiam a “santa” (alguns dizem que ela foi beatificada somente) Hildegarde (abadessa alemã, que segundo a história da cerveja, introduziu o lúpulo nas receitas da bebida). As bière de garde são cervejas que podem ser guardadas por bons períodos, sempre apresentando boa evolução. Todas as versões da cervejaria são refermentadas nas garrafas, não são pasteurizadas e tem fechamento “flip-top”. Seguem as impressões da Page 24 Blonde - Réserve Hildegarde:

Page 24 Blonde - Réserve Hildegarde
Deg. 29/08/2011
Família – Ale
Estilo – Bière de Garde.
Teor de álcool – 6,9 %.
Temperatura de serviço – 6 a 10 graus (rótulo sugere de 6 a 8 graus).
Cor – Dourada/alaranjada, turva, com partículas suspensas na última taça.
Espuma – Boa formação e média duração, cremosa.
Aroma – Cítrico, leve condimento, doce, leve álcool, “celeiro”/mofo, terroso, leve lúpulo, fermento.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce, maltes evidentes, leve/médio amargor de lúpulo, terroso, (herbal?), leve acidez, leve frutado, levíssimo álcool, levíssima “sensação quente”, final adocicado.
Veredicto – Antes, trata-se de um estilo que não é dos meus preferidos. O “aroma de celeiro” ou mofo, a que me referi, é característico das farmhouse ales. E esta seja talvez a melhor do estilo que tenha degustado até agora. Bastante equilibrada, mesmo com ênfase nos maltes, como deve ser. Ainda assim, traz o lúpulo muito bem inserido no aroma e amargor sem ofuscar o que se quer de uma bière de garde.