27 de abril de 2011

Schöfferhofer Hefeweizen

As cervejas Schöfferhofer fazem parte da linha de produtos do Grupo Radeberger. Tratei do referido grupo na postagem do dia 25/01/2011, quando apresentei a DAB Original. Partimos hoje para as versões Schöfferhofer e iniciamos com a Schöfferhofer Hefeweizen:

Schöfferhofer Hefeweizen
Deg. 02/06/2010
Família – Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Alaranjada pálida/ cor de mel, turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, pérola.
Aroma – Fermento, frutada, banana, leve cravo.
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, doce, fermento, cravo, banana, leve amargor final. Tudo muito sutil.
Veredicto – É inacreditável como lembrou minha Phanton´s Weizenbier (cerveja produzida por mim), tanto em aroma com em sabor. Só a cor da Phanton’s que ficou mais clara. Boa cerveja! Mais uma alemã pra poder apreciar, principalmente pelos simpatizantes do estilo.

24 de abril de 2011

Gouden Carolus Easter Beer

Eu me lembro quando comecei a estudar cervejas e pesquisando na internet, me deparei com o “antigo” site (hoje o desenho do site mudou totalmente) da Carolus. Lá me chamou atenção uma versão de Páscoa, mas na época, poucas cervejas da belga Het Anker chegava no Brasil. A minha curiosidade depois de muita paciência (deixei a garrafa guardadinha por bom tempo) foi satisfeita. E posso dizer que valeu muito esperar. Este é o meu presente de Páscoa pra vocês. Seguem as impressões da Gouden Carolus Easter Beer:

Gouden Carolus Easter Beer
Deg. 17/04/2011
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale (também classificada como Specialty Beer)
Teor de álcool – 10,5%.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (cervejaria sugere de 6 a 9 graus).
Cor – Marrom avermelhado, límpida, turva na última taça.
Espuma – Boa formação e boa duração, cremosa.
Aroma – Leve álcool, caramelo, Vinho do Porto, doce, frutas cristalizadas, leve fermento, (pimenta?), açúcar queimado com leite.
Sabor – Encorpada, baixa carbonatação, leve álcool, sensação quente, doce, maltes, toque de madeira, (caramelo?), frutas vermelhas, morango, levíssima acidez, complexa.
Veredicto – Depois de deixar esta garrafa descansando por mais de dois anos (“venceria” em 17/02/2012), decidi que era a hora de abri-la. O resultado depois do sono??? O melhor!!! Ótima versão, para inclusive harmonizar com chocolate. Cerveja de Páscoa muito especial como a data pede. É refermentada na garrafa, mas a turbidez é percebida somente na última taça. Perigosa, pois esconde os 10,5% de álcool que tem. Na verdade o álcool é mais percebido no aroma que no sabor. Doce, mas com ótimo drinkability. O creme desta versão é excelente, acompanhando o líquido até o último gole. O rótulo da Easter também faz alusão à data destacando ovos e coelho da Páscoa. Por último não poderia deixar de tratar do estilo desta cerveja. Vejam a foto! Podemos dizer que é uma strong golden ale? Obviamente não! Necessário um pouco mais de critério para tratar dos diferentes estilos e classificar as cervejas de acordo com eles.

23 de abril de 2011

Grado Plato Strada San Felice

Em Chieri, onde surgiu a cervejaria, existe uma rua chamada Strada San Felice e quando criaram esta receita com castanhas, foi inevitável lembrar de um menino que as utilizava  para fazer seu próprio caldarroste (prato típico italiano, feito com castanhas grelhadas encontradas, na época, na Strada San Felice, preenchida de castanheiras). As Grado Plato tem uma apresentação impecável!!! Todas em garrafas com fechamento "flip-top" e belos rótulos sóbrios!!!! A versão que trago hoje, é sazonal e realmente especial principalmente pela adição das castanhas italianas. Seguem as impressões da Grado Plato Strada San Felice:
 
Grado Plato Strada San Felice
Deg. 13/04/2011
Família – Lager
Estilo – Specialty Beer ( Já vi como Chestnut Strong Lager)
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (cervejaria sugere a mesma temperatura).
Cor – Castanho avermelhado, leve turbidez a frio.
Espuma – Boa formação e duração, bege.
Aroma – Maltes, castanhas destacadas, frutada, (ameixa?), doce, caramelo, leve álcool, (madeira?).
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, álcool, castanhas, certa licorosidade, “sensação quente”, doce, leve acidez, “compota de frutas”, leve e perceptível amargor final bem como seca no final também.
Veredicto – Antes, este é o exemplo de uma cerveja com temperatura mais elevada que é muito mais gostosa assim!! Seguindo orientação do Brewers Association, é uma specialty beer em razão da utilização de outra fonte de açúcar fermentável, a castanha (4,8%), além do malte de cevada!!! Excelente criação italiana!! Cerveja diferenciada, forte, encorpada com delicioso aroma e sabor de castanhas. Embora uma lager, é bastante frutada com ameixa aparente no aroma e compota de frutas no sabor!!! Diferentemente de outras strong lagers, esta definitivamente não é enjoativa. É mais uma prova da diversidade cervejeira!!!! Santa Cerveja !!

19 de abril de 2011

Grado Plato Sveva

A história da Grado Plato teve início em Chieri, perto de Turim/Itália. A responsabilidade da produção é de Sergio Ormea e Gabriele, seu filho. Tudo começou com a fabricação caseira pelas mãos de Sergio, quando um vizinho sugeriu que ele abrisse a fábrica. Foi inaugurado então, um brewpub em 2003, com produção de cerveja para consumo no local que também é conhecido pela gastronomia especializada em escargots que são preparados em mais de vinte receitas. As cervejas eram fabricadas com cevada e lúpulo plantados na região e logo começaram a ser engarrafadas. A demanda aumentou no final de 2008. Houve então, a transferência da fábrica para Montaldo Torinese, com conseqüente aumento da capacidade de armazenamento, mantendo a qualidade. Infelizmente algumas versões ainda não estão disponíveis no Brasil como a Weizentea, Nanorò, Melissa e Spoon River. Vamos ao que temos. Seguem as impressões da Grado Plato Sveva:

Grado Plato Sveva
Deg. 16/03/2011
Família – Lager
Estilo – Dortmunder/Export (também classificada de Munich Helles).
Teor de álcool – 4,9 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus. (cervejaria sugere de 7 a 9 graus).
Cor – Dourada/alaranjada, leve turbidez a frio que se manteve após aquecimento. Mais turva no último copo.
Espuma – Ótima formação e boa duração, branca.
Aroma – Leve lúpulo, medianamente maltada, leve cereal.
Sabor – Médio corpo e média/boa carbonatação, doce do malte discreto, sabor de lúpulo baixo e médio amargor do mesmo, final amargo evidente e agradável equilibrado com o malte.
Veredicto – Esta é uma das primeiras receitas da cervejaria. Segundo a Grado Plato, tem como “fonte” as Helles bávaras, mas com lupulagem mais agressiva. O nome Sveva remete aos povos do norte da Europa chamados “Svevi” (suábios – da região alemã da Suábia), na época das invasões bárbaras. Boa versão italiana para um estilo tipicamente alemão. Trata-se de uma Dortmunder que segue a cartilha do estilo. Tirando a turbidez, que é até aceitável, considerando que é refermentada na garrafa e sedimentos são naturalmente formados. No final misturei todo o sedimento depositado na garrafa e o resultado foi cor laranja pálido, alta turbidez, aroma e sabor de fermento acrescido ao todo! Boa cerveja!!

17 de abril de 2011

Christoffel Nobel

Faz tempo que degustei esta versão da holandesa Christoffel, mas estava esquecida nos meus arquivos. Tem muita cerveja pra postar... Assim como as outras versões (já postadas) da Christoffel, a cerveja Nobel é uma cerveja puro malte, não filtrada e não pasteurizada e sua garrafa tem o fechamento “flip-top”. Trata-se de uma Lager com teor alcoólico maior do que normalmente se vê. Já vi esta versão classificada como Bohemian Pilsener (provavelmente pelo seu fino amargor, mas diga-se, não é essa a única característica que define uma Bohemian), o que é um grande engano, pois cervejas deste estilo tem por característica principal a não turbidez e a graduação alcoólica entre 4,2 % e 5,4 %, além de apresentar notas amanteigadas (as vezes de mel). A cerveja em questão apresenta 8,7%. Dito isto, seguem as impressões da Christoffel Nobel:

Christoffel Nobel
Deg. 29/05/2010
Família – Lager
Estilo – Strong Lager (também classificada como european strong lager ou bohemian pilsner??)
Teor de álcool – 8,7 %
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (melhor a 4ºC)
Cor – Alaranjada escura, turva.
Espuma – Média formação e média/pouca duração, cremosa.
Aroma – Lúpulo herbal e cítrico intensos, doce, fermento, frutado, leve mel.
Sabor – Médio corpo/encorpada e média carbonatação, amargor e sabor de lúpulo vigorosos, fermento, cítrico, frutado, leve sensação quente, final doce de malte e amargo.
Veredicto – Cerveja bastante lupulada em aroma e sabor que passa pelo processo de Dry Hopping e matura durante três meses antes de ser distribuída. Diferente!! Tem pinta de cerveja ale, mas trata-se de uma lager com bastante personalidade e alto teor alcoólico que não é percebido a não ser pelo calor que provoca. O mel notado no aroma poderia induzir a classificá-la como Bohemian Pilsener, mas também não é só isso que define o estilo. Boa, principalmente para amantes de lúpulo, mas o preço... R$18,00 em média. A cor também não colabora... Especial mesmo pelo fato de não ser filtrada nem pasteurizada, além, claro, da carga de lúpulo que apresenta.

15 de abril de 2011

Belgoo Maxus

Acho que esta versão não é mais produzida pela cervejaria belga. Uma pena!!! Seguem as impressões da Belgoo Maxus:

Belgoo Maxus
Deg em 10/04/2010
Família – Ale.
Estilo – Strong Golden Ale
Teor de álcool – 8,1 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Alaranjada, levemente turva com partículas em suspensão.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração.
Aroma – Cítrico, laranja, doce de maltes, fermento.
Sabor – Médio corpo, boa carbonatação, cítrico, laranja, leve álcool, mel, leve amargor.
Veredicto – Boa cerveja classificada como Strong Golden Ale, mais pela “crocância” e álcool, do que pelo todo!!. Em sua composição são utilizados aveia e cevada. É refermentada na garrafa. Ótima cerveja da "nova safra".

13 de abril de 2011

Belgoo Magus

Faz tempo que degustei as belga Belgoo. Mas precisava mostrar pra vocês. A Belgoo é uma cervejaria nova, que se dedica a produzir cervejas artesanalmente e em quantidades limitadas, dentro das antigas tradições de produção das cervejas belgas. A cervejaria inova utilizando ingredientes diferenciados na fabricação de suas cervejas, como no caso da Belgoo Magus, em que é utilizada a Espelta, um tipo de gramínea próxima do trigo. Todas as cervejas Belgoo passam por uma segunda fermentação na garrafa, com adição de fermentos selecionados. Seguem as impressões da Belgoo Magus:

Belgoo Magus
Deg em 10/04/2010
Família – Ale.
Estilo – Belgian Pale Ale
Teor de álcool – 6,6 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus
Cor – Cor de mel, turva, partículas em suspensão.
Espuma – Ótima formação e média duração.
Aroma – Especiarias, doce, cítrico, laranja, maltes fermento.
Sabor – Médio corpo/encorpada, média carbonatação, cítrica, laranja, leve amargor, maçã, (coentro??).
Veredicto – Muito boa cerveja que utiliza em sua formulação quatro cereais, aveia, trigo, cevada e espelta (tipo de gramínea próxima do trigo, também conhecida como trigo rústico ou trigo vermelho). Belo exemplar de Pale Ale belga. Quase uma tripel. Só o álcool de 6,6 impede classifica-la como tal, pois seria pouco para o referido estilo. É uma nova cervejaria belga fabricando ótimas cervejas, seguindo a tradição e história das maravilhosas versões do pão líquido daquele país. As Belgoo são refermentadas na garrafa.

11 de abril de 2011

Cevada Pura Stout

Das três versões engarrafadas da piracicabana Cevada Pura, esta stout é a mais interessante. Mas devemos considerar que trata-se de um estilo que me agrada!! Seguem as impressões da Cevada Pura Stout:

Cevada Pura Stout
Deg. 14/03/2011
Família – Ale
Estilo – American Stout.
Teor de álcool – 5,2 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus
Cor – Marrom escuro avermelhado.
Espuma – Boa formação e média duração, bege.
Aroma – Café, torrado, leve caramelo, leve adocicado, levíssimo lúpulo.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, café, torrado, doce inicial, seca, amargor de lúpulo médio, final levemente amargo do malte torrado com leve adocicado.
Veredicto – Outra criação do cervejeiro bem sucedida!! Uma boa stout seguindo mais os padrões americanos para o estilo. É uma cerveja que não enjoa. No resumo, o que fica de bom é a capacidade demonstrada pelos cervejeiros brasileiros em produzir ótimas cervejas dos mais variados estilos. E Piracicaba, assim como Sorocaba, saem na frente no estado de São Paulo.

9 de abril de 2011

Cevada Pura Trigo

Uma das boas cervejarias artesanais brasileiras, a Cevada Pura chegou a produzir uma versão India Pale Ale, mas infelizmente não cheguei a tempo de prova-la. Seguem as impressões da Cevada Pura Trigo:

Cevada Pura Trigo
Deg. 14/03/2011
Família – Ale
Estilo – Weizenbier
Teor de álcool – 5,2 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (cervejaria indica de 5 a 7 graus)
Cor – Cor de mel, turva.
Espuma – Boa formação e média duração, bege claro.
Aroma – Fermento evidente, cravo e banana equilibrados (“puxando para a banana”), doce destacado.
Sabor – Médio corpo e ótima carbonatação, fermento, bom adocicado, banana mais pronunciada que o cravo que também é perceptível, levíssima acidez, final doce.
Veredicto – Uma boa cerveja de trigo com equilíbrio no aroma e com adocicado mais razoavelmente presente no sabor. Particularmente gosto do sabor do fermento e nesta versão ele é evidenciado. Uma ótima opção de trigo nacional!!! Interessante que a cor (“leitosa”) desta cerveja lembra um pouco a versão de trigo clara da Paulaner, uma excelente cerveja!!

8 de abril de 2011

Cevada Pura Pilsen

Tudo começou com o químico e apaixonado por cervejas, Carlos Colombo e o engenheiro de alimentos e cervejeiro, Alexandre Moraes, quando decidiram produzir cerveja com foco principalmente na qualidade dos ingredientes que resultassem num ótimo produto final. O projeto era construir a própria cervejaria, convencidos de que poderiam unir a teoria e a prática em uma empreitada de sucesso e produzir chope de alto padrão para consumidores exigentes. Em 1998 iniciou-se o projeto. No final de 2000 visitaram Piracicaba/SP e decidiram fixar lá a fábrica. A Cevada Pura abriu as portas em 19/09/2001 e hoje, quase 10 anos depois, a cervejaria do simpático camelo (sim, tem duas corcovas!!!) continua produzindo bons chopes. Hoje já é possível encontrar as versões da cervejaria também engarrafadas. Tive o prazer de conhecer pessoalmente essa cervejaria (vide post de 11/03/2011). Pra começar com as piracicabanas, seguem as impressões da Cevada Pura Pilsen:

Cevada Pura Pilsen
Deg. 14/03/2011
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (Premium American Lager).
Teor de álcool – 4,8 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, branca.
Aroma – Malte, cereais, levíssimo lúpulo, adocicado.
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, adocicada, maltes, levíssima lembrança de amargo com final adocicado, levíssima acidez.
Veredicto – A amostra que degustei na fábrica estava melhor. Mas a pasteurização pode ter contribuído negativamente... Porém, é uma boa pale lager pra um belo churrasco e um bom bate-papo e diga-se, acima das cervejas “maisntream” espalhadas por aí!!!!

5 de abril de 2011

Burgman Stout

A derradeira e não menos interessante, pelo menos antes de degustar a versão trigo. Seguem as impressões da Burgman Stout:

Burgman Stout
Deg. 01/03/2011
Família – Ale
Estilo – Sweet Stout.
Teor de álcool – 7,0 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus
Cor – Marrom escuro com leves reflexos avermelhados.
Espuma – Boa formação e duração, bege mais escuro, cremosa.
Aroma – Torrado, café, chocolate, doce, caramelo.
Sabor – Médio corpo/ encorpada e baixa carbonatação, torrado, café, leve adocicado, razoável acidez pelos maltes torrados, leve amargor de malte torrado também.
Veredicto – Cream/sweet stout que segue a cartilha!!!! Cremosa e relativamente encorpada, é um bom exemplo do estilo. Inclusive uma das ótimas stouts nacionais disponíveis no mercado. Não tem o peso da versão apresentada pela Baben (uma foreing extra stout) que serve de parâmetro para os iniciantes, considerando ter sido uma das primeiras stouts brasileiras. Boa cerveja!

Burgman Flanders Red

Outra Burgman, e desta vez ousada. As impressões da Burgman Flanders Red:

Burgman Flanders Red
Deg. 01/03/2011
Família – Ale
Estilo – Flanders Red Ale.
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus
Cor – Vermelho alaranjado, turva.
Espuma – Média formação e média/pouca duração, bege.
Aroma – Maltes, doce, frutada, ameixa, (baunilha?), leve picante, madeira, especiarias.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, leve acidez, doce, frutada, levíssimo amargor.
Veredicto – Bastante aromática e relativamente saborosa. É uma flanders red muito bem produzida pelo ex-cervejeiro da Universitária de Campinas/SP. Pelo que conheço, é a única do estilo produzida em terras brasileiras. As notas frutadas, de madeira e baunilha características do estilo estão presentes. Uma bela cerveja produzida em Sorocaba/SP, que diga-se, é uma linda cidade e apresenta cervejas de estilos "arrojados"!!

Burgman Lager Beer

Antes de falar da cervejaria, provando que nem tudo são “flores de lúpulo” no mundo cervejeiro (o que é uma pena), vejam o comentário de Reynaldo Fogagnolli no link abaixo,  um dos ótimos mestres cervejeiros atuantes em nosso mercado que é ex-Cervejaria Universitária e agora Burgman. http://www.cervejariaburgman.com.br/blog/2010/04/palavras-do-mestre-cervejeiro/
A cervejaria Burgman nasceu em Sorocaba/SP em outubro de 2010, inaugurando seu bar da fábrica pouco depois. Paulo Roberto e Edite Bazzo (olha os Bazzo aí outra vez rsrsr), proprietários da cervejaria, elegeram a cidade paulista principalmente pela sua localização e os empreendedores tem objetivo de torná-la referência no setor. Inicialmente produziram três tipos de chope (Lager, Flanders Red e Stout), sempre utilizando matérias primas de qualidade, inclusive algumas importadas da Alemanha. Hoje, segundo informações do distribuidor na cidade de Campinas/SP, a versão trigo juntou-se a família Burgman. Seguem as impressões dos três estilos engarrafados quando da minha visita à distribuidora da cervejaria: Burgman Lager Beer e na seqüência,  Burgman Flanders Red e Burgman Stout:

Burgman Lager Beer
Deg. 01/03/2011
Família – Lager
Estilo – Pale Lager ( Premium American Lager).
Teor de álcool – 4,5 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus (cervejaria indica de 4 a 7 graus)
Cor – Dourado claro, límpída.
Espuma – Média formação e duração, branca.
Aroma – Maltes, lúpulo, cereais, leve milho cozido e amanteigado que não comprometem o conjunto.
Sabor – Leve corpo e boa carbonatação, doce do malte, leve amargor de lúpulo final.
Veredicto – Pale Lager interessante que é puro malte (segundo o rótulo). Não segue a lei de pureza alemã de 1516 como também divulga, posto que no mesmo rótulo explicita a utilização de antioxidante. Boa como outras pale lagers. Com certeza não é a mais interessante da Burgman.

3 de abril de 2011

Kirin Ichiban

Fundada perto de Tókio, em 1870, pelo norueguês William Copeland, a Kirin Brewery Co. atua principalmente no Japão, Filipinas, Austrália e China. A intenção de seu fundador foi relacionar sua “pilsen”, lançada em 1888, com as virtudes do kirin (animal mitológico oriental, metade unicórnio e metade cavalo, com parte da pele coberta de escamas, dotado de grande generosidade e respeito à vida) que estampa o rótulo da cerveja. Seguem as impressões da Kirin Ichiban:

Kirin Ichiban
Deg. 18/06/2010
Família – Lager
Estilo – Pale Lager (classificada também como japanese rice lager).
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Dourada, límpida.
Espuma – Boa formação e boa duração, branca, cremosa.
Aroma – Lúpulo, maltes, frutada, doce.
Sabor – Leve corpo e média carbonatação, frutada, doce, maltes, médio amargor final, bom drinkability.
Veredicto – Honesta pale lager japonesa produzida nos Estados Unidos (a que vem para o Brasil). Amido de milho e arroz fazem parte da receita. Nada de especial, mas também não decepciona. Esta versão usa somente os primeiros mostos que saem da cuba de maceração com objetivo de reforçar o sabor e aroma de malte.

1 de abril de 2011

Lucifer

Depois da "invasão" alemã, uma bela belga!!!! E não é mentira, hein...rsrr. A Lucifer foi criada pela cervejaria Riva na década de 80, passando para o controle da Duvel Moortgat que em acordo com a cervejaria Het Anker, decidiu-se que esta última ficaria responsável pela produção e comercialização da “versão endiabrada”. Quem busca conhecer estilos da escola belga de cervejas, esta é uma ótima opção. E mais, o custo/benefício é muito vantajoso!! Seguem as impressões da Lucifer:

Lucifer
Deg. 03/07/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Golden Ale.
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Alaranjada/dourada, turva.
Espuma – Excelente formação e duração, branca, firme.
Aroma – Cítrico, fermento, cravo, especiarias, laranja, doce, leve álcool.
Sabor – Médio corpo e boa e fina carbonatação, álcool, cítrico, laranja, maçã, doce equilibrado, sensação quente, final agradavelmente amargo, noz moscada, retrogosto também quente, de álcool leve e suave amargor.
Veredicto – Muito boa strong golden ale. Seu creme é muito firme e abundante, o que conta pontos para o estilo. Tudo muito bem inserido, inclusive o álcool e o dulçor. Arrisco a dizer até que tem uma certa drinkability, mesmo com os 8% de álcool que são percebidos discretamente (mais pelo calor) e tendo personalidade. Lucifer realmente esquenta como o fogo que deve existir no inferno (pesada essa comparação??? rsrsr). Cerveja que vem na toada da Duvel (que é um pouco mais ácida), digamos, a “mãe” das cervejas do estilo e que significa em neerlandês (ou dialeto flamengo), Diabo. Lúpulos como Saaz, Magnum e Spalt são utilizados. Santa Cerveja !!