30 de maio de 2010

Fuller's Vintage Ale 2008

Mais uma da britânica Fuller’s, e esta, talvez a mais especial importada pelo Brasil. Trata-se de uma versão que utiliza os melhores maltes e lúpulos do ano na sua fabricação, além de fermento especial da Fuller’s. A Fuller’s Vintage vem sendo produzida todos os anos desde 1997. Todas as garrafas recebem um número de série e no caso da edição 2008, foram produzidos 145 mil exemplares. A embalagem é realmente bonita e a cerveja... Depois desta, fico devendo a postagem somente da Fuller’s IPA, que prometo, logo estará blogada. Seguem as impressões da Fuller’s Vintage Ale 2008:
...






A Fuller's Vintage e sua bela embalagem!!













Fuller’s Vintage Ale 2008
Garrafa nº 76318

Deg. 08/05/2010
Família – Ale
Estilo – Old Ale
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus.
Cor – Cobre/âmbar, turva.
Espuma – Boa formação e média/baixa duração, bege clara.
Aroma – Caramelo, doce, frutas cristalizadas, leve lúpulo, leve álcool.
Sabor – Encorpada, média/baixa carbonatação, álcool, amargor agradável, leve cítrico, doce, caramelo, toffee, fermento, frutas vermelhas/cereja, final equilibrado de doce e amargo.
Veredicto – A primeira “safra” data de 1997. A cada ano desde então, a Fuller’s inova buscando os melhores lúpulos e maltes de cada ano para formular a sua Vintage. Esta “safra 2008” utilizou malte Maris Otter e lúpulos Challenger e Northdown. Não há como falar mal desta cerveja. Realmente é fabricada com todo o cuidado e com as melhores matérias-primas. Cerveja forte, mas gostosa de beber, até por quem não imagina que uma cerveja possa ter 8,5% de álcool. Garrafa e rótulo elegante, lembrando garrafas de uísque. Além do mais vem acondicionada em uma bela caixa vermelha/vinho. Finesse ao extremo!! Lógico, o preço não ajuda e a versão 2009 já está a venda na média de R$ 60,00.

27 de maio de 2010

Steenbrugge Blond

No ano de 1898, o abade Amandus Mertens decidiu honrar a amada Abadia de St. Peter com sua própria cerveja, em memória de seu fundador, St. Arnold, o santo patrono dos fabricantes belgas de cerveja. Um grande relicário do santo permanece até hoje conservado na Abadia, localizada na província de Steenbrugge, em Flandres, Bélgica. Após um recesso durante a Primeira Guerra Mundial, as pessoas que moravam próximas à abadia pediram aos padres para que continuassem produzindo a Steenbrugge, de acordo com a receita herdada. O segredo de seu sabor encorpado foi guardado e tem sido desde então passado por gerações de mestres-cervejeiros. Primeiro, pelo irmão Gamaliël, então por seu sucessor, padre Victor. Posteriormente, aos produtores leigos, que criaram a cerveja de abadia Steenbrugge como ordenado pelos padres, foram ensinados os truques do ofício. Em 2003, o superior da Abadia de St. Peter autorizou a cervejaria Palm a produzir as Steenbrugge. Na próxima postagem, que será sobre a versão Dubbel, falarei um pouco sobre St. Arnold e também sobre um ingrediente que diferencia as cervejas Steenbrugge de outras de abadia, o Gruut. Seguem as impressões da Steenbrugge Blond:

Steenbrugge Blond
Deg. 20/04/2010
Família – Ale
Estilo – Blond Ale (Abadia).
Teor de álcool – 6,5 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (rótulo indica de 8 a 12 graus)
Cor – Dourada, levemente turva.
Espuma – Ótima formação e boa duração, cremosa, bege clara.
Aroma – Especiarias, cravo, maltes, doce, caramelo, pêssego, herbal (mas não de lúpulo).
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, doce e amargo em equilíbrio, maçã, certa adstringência, seca, estrutura aveludada.
Veredicto – Muito boa cerveja. Abadia com excelente drinkability. Porém, é mais aromática que saborosa. Apresenta uma estrutura fina e elegante, além de um belgian lace nota dez e assim como a versão dubbel, é refermentada na garrafa.

23 de maio de 2010

Meantime London Porter

Continuo firme na degustação das inglesas Meantime. Experimentei a pouco, a versão porter que não decepcionou. Seguem as impressões da Meantime London Porter:

Meantime London Porter
Deg. 19/05/2010
Família - Ale
Estilo - Porter (Robust Porter)
Teor de álcool - 6,5 %
Temperatura de serviço - 8 a 10 graus
Cor - Marrom escuro com reflexos avermelhados.
Espuma - Boa formação e ótima duração, dourada e firme.
Aroma - Chocolate meio amargo, doce, leve torrado, café, (leve lúpulo?).
Sabor - Médio corpo, média carbonatação, chocolate, café, torrado, leve acidez do malte torrado, discreto amargor com final doce e de chocolate meio amargo.
Veredicto - Uma robust porter legítima. Corpo, aroma e sabor um pouco mais intensos que nas porters mais "delicadas", mas não mais intensos que em uma stout. Esta versão refermentada na garrafa, juntamente com a versão para o estilo em questão da Fuller's foram as mais equilibradas que degustei.

19 de maio de 2010

Erdinger Urweisse

A cervejaria alemã Erdinger inovou quando lançou esta versão de trigo, com personalidade e com toda tipicidade de uma clássica cerveja de trigo bávara. Trata-se da Erdinger Urweisse, uma cerveja produzida com a receita original da cervejaria, datada de sua fundação em 1886. Enquanto toda a linha Erdinger é feita com uma exclusiva fermentação “híbrida” (utiliza-se leveduras de alta fermentação nos tanques da fábrica e de baixa fermentação nas garrafas) a Erdinger Urweisse utiliza apenas fermentos de alta (ales) nos tanques não sendo refermentada na garrafa. A versão ora analisada segue os rígidos padrões de qualidade e pureza e traz em sua embalagem referências de tradição. Estou falando da garrafa modelo Euroflasche de 500ml, rótulo antigo e copo que lembra aqueles produzidos artesanalmente, soprados um a um (note que na foto abaixo, a cerveja foi servida no copo “padrão” da Erdinger). Seguem as impressões da Erdinger Urweisse:

Erdinger Urweisse
Deg. 15/05/2010
Família - Ale
Estilo – Weizenbier.
Teor de álcool – 5,2 %.
Temperatura de serviço – 2 a 4 graus.
Cor – Cor de mel escuro, turva.
Espuma – Ótima formação e excelente duração, cremosa e branca.
Aroma – Cravo evidente, banana, doce, malte, fermento.
Sabor – Médio/leve corpo e boa carbonatação, banana, cravo também pronunciado como no aroma, leve amargor, fermento.
Veredicto – Ótimo exemplar de trigo. O creme desta versão da Erdinger é fora de série!!! Bela espuma, cremosa e duradoura. Os sabores da Urweisse (ur = velho) são bem equilibrados arrematado por um corpo bastante agradável. Minhas eleitas da Erdinger??? Urweisse e Pikantus, sem dúvida!

15 de maio de 2010

Gouden Carolus Hopsinjoor

A mais nova cria da cervejaria belga Het Anker é uma Belgian IPA refermentada na garrafa e não filtrada. Estou falando da Gouden Carolus Hopsinjoor, produzida desde 2008, da qual exponho minhas impressões:

Gouden Carolus Hopsinjoor
Deg. 07/05/2010
Família – Ale
Estilo – Belgian IPA (também classificada como Belgian Specialty Ale)
Teor de álcool – 8,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus (cervejaria indica mesma temperatura)
Cor – Alaranjada, turva.
Espuma – Ótima formação e excelente duração, cremosa, densa, bege bem clara.
Aroma – Lúpulos, doce, fermento, cítrico dos lúpulos.
Sabor – Médio corpo, média carbonatação, amargor do início ao fim evidente, cítrico, leve doce, sensação quente, álcool razoável, fermento, final e retrogosto amargos.
Veredicto – Aroma e sabor de lúpulo intensos. Utiliza em sua formulação quatro lúpulos: Golding, Spalt, Hallertau e Saaz. Além dos citados lúpulos também se utiliza malte de cevada, milho e açúcar. Excelente cerveja de um estilo que me fascina. É mais amarga que a Hop-it, da holandesa Urthel, que diga-se de passagem, é uma das minhas cervejas preferidas. Exemplar pra quem gosta do cítrico e aromas de mato dos lúpulos. Pena que é cara demais. Santa Cerveja !!

11 de maio de 2010

Marston's Double Drop

Terminando com, pelo menos até agora, a exposição das Marston’s, trago as sensações da versão Double Drop da cervejaria inglesa. Se você é esperto, as dicas pra saber um pouco sobre a cervejaria são encontradas em post anterior da Marston’s. Ou vá a parte superior esquerda do blog e digite o nome da cervejaria. Seguem as impressões da Marston’s Double Drop:

Marston’s Double Drop
Deg em 02/05/2010
Família – Ale.
Estilo – English Pale Ale
Teor de álcool – 5,0 %.
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Cobre, levemente turva.
Espuma – Boa formação e média/pouca duração, cremosa, bege.
Aroma – Maltes, mel, lúpulo, frutada.
Sabor – Médio/leve corpo, média carbonatação, caramelo, mel, maltes, leve doce, final agradavelmente amargo de lúpulo.
Veredicto – A melhor da Marston’s até agora. Apresenta um amargor final bem agradável. O mel é bem evidente em aroma e sabor, mas também agradável. Cerveja trivial!

8 de maio de 2010

Orval

A Abadia de Notre-Dame d’Orval foi fundada no século XII na província de Luxemburgo, Bélgica. Depois de ter sido consumida pelo fogo, no ano de 1252, foi reconstruída no século XVI. Porém, foi destruída novamente durante a revolução francesa. Sua nova reconstrução iniciou-se em 1926 passando a produzir sua cerveja novamente em 1934. As garrafas e cálices da Orval apresentam como símbolo uma truta com anel na boca. Segundo a lenda, em 1076, a condessa Matilde da Toscana estava a bordo de um pequeno bote em visita ao vale onde hoje se encontra o mosteiro. A condessa deixou cair na água seu anel de noivado quando começou a rezar para que pudesse recuperá-lo. Nesse momento, uma truta apareceu com seu anel na boca. Em agradecimento ela decidiu construir um mosteiro naquele lugar, o mosteiro de Orval. Seguem as impressões da trapista Orval:

Orval
Deg. 03/04/2010
Família – Ale
Estilo – Belgian Pale Ale – Authentic Trappist ( também classificada de Belgian Specialty Ale).
Teor de álcool – 6,2 %.
Temperatura de serviço – 8 a 12 graus (rótulo indica de 12 a 14 graus)
Cor – Cobre profundo.
Espuma – Média formação e média duração, bege.
Aroma – Doce, malte, lúpulo, vinho/madeira, “remédio”, cítrico, toffee, condimentos.
Sabor – Médio corpo e média/baixa carbonatação, seca, amargor de lúpulo, toffee, maltes, doce, fermento, “azedo”, (vinho??).
Veredicto – Esta cerveja da foto ao lado, ficou “descansando” quase cinco anos em minha adega. Não tenho do que me arrepender. Excelente cerveja trapista. Sou fã da Orval. O mais interessante é que, diferentemente de outras trapistas, a Orval produz esta única versão. Tudo nela é especial. A taça, a garrafa e sua complexidade... Cerveja que remete às lambics pelo seu azedume, por conta da utilização de leveduras selvagens (bretanomyces) em sua formulação. Além disso a Orval passa pelo processo de dry-hopping (onde o lúpulo é adicionado na fase de maturação da cerveja). Segundo conhecedores, a Orval somente deve ser degustada após pelo menos seis meses da data de envase, momento em que o lúpulo se equilibra e a cerveja se torna mais complexa pela atuação das leveduras contidas na garrafa. Desafio os apreciadores de vinho a experimentar a Orval envelhecida para descobrirem uma das facetas da melhor bebida do mundo. Santa Cerveja !! Santa Cerveja !! Duas vezes!!!!!!!!!

4 de maio de 2010

Meantime India Pale Ale

Depois de postar algumas das versões produzidas pela excelente cervejaria britânica, estava intrigado em experimentar sua English IPA, já que todos os comentários sobre ela indicavam para uma experiência ímpar. Valeu a pena!! Sempre gosto de lembrar que a história da cervejaria pode ser lida em posts anteriores de outras cervejas da Meantime. Seguem as impressões da Meantime India Pale Ale:

Meantime India Pale Ale
Deg. 24/04/2010
Família – Ale
Estilo – IPA
Teor de álcool – 7,5 %
Temperatura de serviço – 5 a 7 graus.
Cor – Laranja, turva.
Espuma – Boa/média formação e boa duração, bege.
Aroma – Cítrico, lúpulo, doce de maltes, laranja.
Sabor – Encorpada, boa/média carbonatação, doce seguido de amargor agradável, caramelo, toffee, cítrico com mais intensidade que no aroma, (laranja?), final amargo com retrogosto também amargo.
Veredicto – Primeira inglesa com carbonatação bastante elevada. É um exemplo, sem dúvida, de IPA inglesa refermentada na garrafa. Os 7,5% de álcool não são percebidos nem no aroma e nem no sabor. Seria muito melhor se um pouco menos doce. O bonito é o cuidado com, além das cervejas, as embalagens. Não vi uma embalagem mal feita ainda.

1 de maio de 2010

Waterloo Double 8 Dark

Depois da boa experiência em degustar a versão tripel da Waterloo, resolvi colocar a prova o "lado negro da força"!!!! Não houve qualquer decepção!!! Esta strong dark ale belga é muito bem feita. Seguem as impressões da Waterloo Double 8 Dark e vocês já sabem, um pouco sobre a cervejaria pode ser encontrado no post da Waterloo 7:

Waterloo Double 8 Dark
Deg. 29/04/2010
Família – Ale
Estilo – Strong Dark Ale
Teor de álcool – 8,5 %.
Temperatura de serviço – 8 a 10 graus (rótulo indica + ou – 8).
Cor – Castanho escuro com reflexos avermelhados, levemente turva.
Espuma – Boa formação e boa duração, dourada.
Aroma – Fermento, maltes, doce, torrado, frutas vermelhas e pretas, chocolate, caramelo.
Sabor – Médio corpo e média carbonatação, seca, leve amargor do malte torrado, leve álcool, torrado, doce, chocolate, toffee, malte, fermento, frutado, passas, (morango???).
Veredicto – Que surpresa agradável. Uma excelente strong dark ale belga. Esta é daquelas cervejas que a gente abre a garrafa pensando na próxima!!!! A carbonatação um pouco mais elevada do que normalmente são as do estilo, deixa esta versão Waterloo mais leve, mais fácil de beber!! O álcool se faz presente na medida perfeita em todo o conjunto!!! Santa Cerveja !!